De volta à Stock Car, Girolami vê “encaixe rápido” à Hot Car e fala em seguir em 2019: “Gostaria muito”

Néstor ‘Bebu’ Girolami disputou de forma completa a Stock Car em 2016 pela Carlos Alves antes de morar por um ano na Suécia para a disputa do extinto WTCC. Com o fim da categoria, o argentino voltou ao seu país e, pela Hot Car, teve a chance de regressar ao grid brasileiro

A etapa de Campo Grande marcou o retorno de Néstor 'Bebu' Girolami à Stock Car. O argentino de 29 anos foi convidado pela Hot Car para substituir Guilherme Salas, que teve seu contrato rompido pela equipe chefiada por Amadeu Rodrigues. Tendo ao lado nos boxes o novo e forte companheiro de equipe, Rafael Suzuki, 'Bebu' se destacou nos treinos livres, mas lidou com dificuldades com o motor entrando em modo de segurança na corrida 2, onde o piloto do carro #116 terminou em 14º. No entanto, Néstor se mostrou feliz com a chance de correr no restante da temporada e avisa: "Gostaria muito de continuar".

Girolami apareceu pela primeira vez com destaque na Stock Car quando teve a chance de compartilhar o volante do carro #90 de Ricardo Maurício e, junto com o bicampeão, triunfar na Corrida de Duplas que abriu a temporada 2015 em Curitiba. A boa impressão deixada pelo argentino foi determinante para que a Carlos Alves assinasse um contrato por uma temporada. Mas 2016 foi de muitas dificuldades e poucas glórias para o bicampeão do Súper TC2000. Para o ano seguinte, ‘Bebu’ deu um salto grande e foi correr no WTCC após ter sido contratado como piloto da Volvo.

 
Seu melhor resultado em 2016 foi a oitava posição em Curitiba e Goiânia. No WTCC, Girolami foi melhor e inclusive venceu uma corrida, na China, além de ter faturado pódios no Marrocos e no Japão. Mas o fim do Mundial de Carros de Turismo encerrou seus trabalhos ao fim do ano passado para dar lugar ao WTCR (Copa Mundial de Carros de Turismo da FIA, numa tradução literal). 
 
Como a Volvo só tinha contrato assinado com ‘Bebu’ para o WTCC, o argentino foi então dispensado mesmo com dois anos ainda a cumprir.
Bebu Girolami voltou à Stock Car como piloto da Hot Car (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar)

De volta à Argentina e sempre como piloto da Peugeot no Súper TC2000, Girolami recebeu uma chance inesperada. Depois do rompimento do contrato com Guilherme Salas, a Hot Car buscou o piloto de última hora para a etapa de Campo Grande e também para a fase final da temporada. Mais experiente depois de uma temporada completa na Stock Car e de ter corrido um ano inteiro no Mundial de Carros de Turismo, ‘Bebu’ falou ao GRANDE PRÊMIO em Campo Grande sobre a expectativa de ser mais competitivo e regular, além da vontade de seguir no grid nacional no ano que vem.

 
“Voltar à Stock Car é uma oportunidade muito boa. Sempre gostei desta categoria. 2016 foi um ano completamente novo para mim conhecendo todas as pistas e também o carro. E agora, com toda essa experiência, acho que posso aproveitar muito mais. Acho que em Cascavel, Tarumã, Goiânia e Interlagos vou estar muito mais perto do limite da pista, do carro”, comentou.
 
“A Stock Car é uma categoria muito competitiva. Então, se você conhece a pista e o carro, dá para virar 0s2, 0s3 mais rápido, e isso az toda a diferença sobre sair de 15º para décimo, de décimo para quinto… Então, a experiência que trago de 2016 vai me ajudar a ser mais regular”, salientou o piloto.
 
‘Bebu’ contou como recebeu o convite de Amadeu Rodrigues, chefe da Hot Car, para voltar a correr na Stock Car.
Amadeu Rodrigues fez o convite para Bebu Girolami disputar o restante da temporada (Foto: Vanderley Soares)

“Na segunda-feira, antes da corrida de Campo Grande, recebi a ligação do Amadeu sobre a possibilidade de correr, e disse que estava livre para o fim de semana. Peguei a mala e vim para cá. Não deu tempo nem de fazer o molde do assento na oficina, foi tudo muito rápido. Mas me encaixei rapidamente à equipe, e isso é muito importante para trabalharmos no futuro. Estou conhecendo os caras; o Gustavo [Câmara], que é engenheiro e também argentino, poder voltar a trabalhar com ele, no Brasil, é muito legal”, destacou.

 
Ainda novo, com 29 anos, o piloto nascido em Córdoba comemorou a chance de correr na Europa, mas lamentou por não ter conseguido dar sequência a um trabalho que parecia ser de longo prazo.
 
“Foi muito legal. Uma experiência incrível com carros em que você consegue testar muitas coisas, acumulei muito conhecimento. É outro nível. Infelizmente, a categoria acabou e tive de voltar à Argentina. Tinha ainda mais dois anos de contrato com a Volvo, mas esse contrato compreendia apenas o WTCC. Então foi uma pena, já que, na minha cabeça, estava preparado para três anos, e aí, então, acumular mais experiência e correr em pistas da Europa que são muito legais”, explicou.
 
No seu regresso à América do Sul e na esteira da chance de voltar à Stock Car, Girolami tem na mente o objetivo de conciliar a categoria brasileira com o Súper TC2000. Em 2016, ‘Bebu’ só disputou uma prova do certame argentino na corrida de duplas nas ruas de Buenos Aires.
 
“Fazer o Súper TC2000 e a Stock Car é muito bom. Em termos de América Latina, são as duas melhores categorias. Vou fazer toda a parte final da temporada, e estou muito feliz com esse chamado do Amadeu. Vai ser legal correr aqui e na Argentina ao mesmo tempo”, ressaltou o piloto, que deixa bem claro a vontade de seguir alternando entre os grids argentino e brasileiro em 2019.
 
“Gostaria demais [de continuar]. Acho que, se os calendários se encaixarem, seria muito bom fazer a Stock Car junto com o Súper TC2000”, finalizou o argentino, que vai ter a companhia do compatriota Esteban Guerrieri, convidado da Hero para a etapa deste fim de semana em Cascavel.
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