Doping vira caso de polícia, mas não leva STJD a dar efeito suspensivo para Foresti correr em Interlagos

O caso de doping de Lucas Foresti teve mais um capítulo nesta terça-feira (08). O piloto teve negado seu pedido de efeito suspensivo para correr na decisão da temporada 2015 da Stock Car em Interlagos, ainda que tenha aberto um inquérito policial contra a farmácia de manipulação que fez seu produto em Brasília

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Posted by Grande Prêmio on Terça, 8 de dezembro de 2015

A história do doping de Lucas Foresti ganhou um novo capítulo nesta semana. O piloto, que foi flagrado no exame antidoping realizado na etapa de Curitiba, abriu um inquérito policial contra a farmácia que manipulou o medicamento, mas, mesmo assim, viu seu pedido de efeito suspensivo para participar da decisão da Stock Car em Interlagos ser negado pelo STJD.

Resta agora o piloto esperar o julgamento onde vai seguir o caminho do inquérito. Foresti e a AMG até tentaram um efeito suspensivo para permitir que ele corresse no final da temporada 2015, mas o STJD decidiu não seguir adiante com a possibilidade. O tio do piloto, Constantino Jr, vai substituí-lo em Interlagos.

Lucas Foresti (Foto: Fabio Oliveira)

Procurado pelo GRANDE PRÊMIO, Lucas não quis entrar em detalhes sobre o processo e seu julgamento, mas afirmou que está se envolvendo o mínimo possível, deixando o caso nas mãos de um advogado de "total confiança".

O GRANDE PRÊMIO obteve com exclusividade detalhes do inquérito policial iniciado por Foresti na tentativa de defesa no caso. Segundo consta no inquérito, o piloto ingeriu medicação manipulada por uma farmácia homeopática de Brasília.
 
O inquérito ainda apresenta uma testemunha e covítima no caso. Da mesma forma, os comprimidos que ingeriu, segundo relatos do inquérito, não estavam de acordo com os informações gerais do medicamento – a mesma medicação de Lucas. Em ambos os casos, foram verificados traços de stanozolol – conhecido no mercado como Winstrol -, substância encontrada em esteróides anabolizantes.
 
Na tentativa de chegar ao âmago da investigação, a Polícia Civil do Distrito Federal exigiu esclarecimento dos questionamentos julgados pertinentes ao inquérito para a farmácia  como empresa fornecedora da substância Cyanotis. Assim como do responsável por manipular os medicamentos de Lucas. 
 
Foresti sustenta que recebeu indicação médica para dispor de cinco medicamentos – a receita foi enviada por e-mail pelo nutricionista ao piloto com indicação para serem manipulados pela farmácia. O piloto recebeu os medicamentos em 8 de outubro, quando começou a ingerí-los – daí a surpresa de ser notificado um mês e meio depois, em 18 de novembro, sobre o fracasso no antidoping realizado em 17 de outubro. 
Lucas Foresti antes de entrar em seu carro, em Tarumã (Foto: Fabio Oliveira)
O que fez daí em diante foi levar os medicamentos ao laboratório Dr. Brasil, onde foi constatado, de fato, a presença de stanozolol na urina de Foresti. Os comprimidos deveriam conter Cordiavel 350 mg, Slendesta 400 mg e Cyanotis 300 mg – nada ligado ao stanozolol. 
 
Na sequência, foi descoberto que apenas três companhias têm autorização para a venda do Cyanotis – a Via Farma, a Gamma e a Florien. Após contato com os três laboratórios, ficou estabelecido que nenhum deles sequer havia feito fornecimento para a farmácia.
 

A confirmação de que Foresti e Raphael Matos tinham sido flagrados no antidoping realizado na etapa de Curitiba vencida, aliás, por Foresti – veio no dia 20 do último mês. Como acontece nesses casos, os dois acabaram recebendo a suspensão preventiva de 30 dias, tempo suficiente para que perdessem a derradeira prova da temporada 2015 da Stock Car, em Interlagos, que acontece neste fim de semana.

 
Logo que se deu a divulgação da notícia, o GRANDE PRÊMIO entrou em contato com os pilotos. Foresti, que pouco antes já havia postado uma mensagem em seu perfil no Facebook em que negava veementemente o uso de qualquer tipo de substância ilícita, garantiu apenas que pediria a contraprova e afirmou que possivelmente o resultado havia sido aquele por contaminação de comprimidos.
 
A Stock Car pouco falou no assunto após a suspensão preventiva ter sido aplicada na dupla. Os casos de Foresti e Matos, aliás, não são os primeiros na categoria nos últimos anos. Desde 2008, Paulo Salustiano, Tarso Marques, Marcos Gomes – hoje líder do campeonato -, Alceu Feldmann e Ricardo Sperafico foram pegos por uso de substâncias proibidas.

  Paddock GP #10

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