“Falta transparência”: Stock Car explica polêmica de punição a Zonta e pede que CBA “respeite processos”

Durante entrevista à imprensa em Goiânia, palco da mais recente etapa da Stock Car, o promotor da categoria, Carlos Col, comentou sobre como é necessário dividir CBA e Vicar (empresa que comanda o campeonato), e pediu transparência à confederação

Se a Stock Car tem, em 2019, sido mais comentada pelas polêmicas além-pista, o caso principal é o de Ricardo Zonta, que perdeu sua vitória no Velo Città duas semanas depois da celebração. E tal situação fez com que a categoria tenha sido duramente criticada por diversos motivos – e que, por meio de seu promotor, prefere explicar: não são justos.

Além de chamar o sistema de punições da Confederação Brasileira de Automobilismo de "manco e capenga", o promotor da Stock Car, Carlos Col, deu sua visão sobre como a entidade poderia ter evitado toda a repercussão negativa do caso Zonta – e sobre como "respeitar os processos" teria contido todas – ou parte – as críticas constantes das últimas semanas.

O piloto da Shell foi desclassificado da corrida 2 do Velo Città (que havia vencido) já em Goiânia, quando o carro #10 foi punido por suposto uso de pinças de freio irregulares. Só que a Stock Car não pôde divulgar o motivo, tal como a equipe, pois não foi informada pela CBA – o GRANDE PRÊMIO publicou em primeira mão a informação

Carlos Col, promotor da Stock Car (Foto: Stock Car)

Para Col, divulgar em detalhes o motivo da punição era obrigação da CBA: "Eu acho que falta é transparência para a CBA, que seja inclusive a favor dela própria, porque eu tenho aqui que explicar os procedimentos dela para vocês e ela não explica. E ela tem assessoria de imprensa que não o faz."

"Então esta confusão acaba respingando em quem não deve, como aconteceu comigo. A Vicar não tinha obrigação, nem a assessoria, não pode publicar um 'ouvi dizer'. Não pode publicar um 'acho que foi, estão dizendo'. A minha assessoria não pode fazer isso. Não pode", seguiu.

O comunicado oficial da entidade sobre a punição a Zonta não continha a razão. E Col enxerga isso como falha no processo comandado pela confederação. Segundo o promotor, a categoria foi "recriminada" por não divulgar a punição, "quando não nos cabe divulgar, e sim a CBA".

"Ela que tomou a decisão – cabe a ela tomar e divulgar. Está no regulamento que cabe a ela divulgar ao promotor. E aí nesse momento o promotor pode divulgar aos pilotos, equipe e imprensa. Foi o que fizemos quando entrou no meu e-mail o comunicado oficial. Replicamos a decisão, como deve ser, com transparência. Eu não posso escrever a decisão, posso reproduzir – o que devia ter sido feita pela assessoria de imprensa da CBA. Veio uma decisão, digamos assim, incompleta", continuou.

"Não veio a decisão e aí gerou outras dúvidas. Por que a desclassificação? Cadê a nova classificação? E aí a gente é cobrado por não divulgar. Eu só posso, como promotor, e minha assessoria, divulgar o que a gente recebe formalmente. Porque a gente respeita processos, e talvez a CBA não esteja respeitando alguns. Em detrimento da imagem dela própria. O que custa fazer a informação completa, a tempo certo? O que custa?", completou Col.

A Stock Car 2019 tem sido tomada por polêmicas fora das pistas (Foto: Duda Bairros/Stock Car)

Para completar a questão, ele pediu a separação, no entendimento do público, das funções da CBA e das funções da Stock Car: "É preciso entender as áreas de atuação da Vicar e da CBA. Essas coisas são muito confundidas."

"É comum eu escutar de fãs ou jornalistas: 'a organização da Stock Car fez um negócio x, negócio y'. Como assim, quem é a organização da Stock Car? Sou eu, o diretor de prova, a Vicar, a CBA? Quando os assuntos são relativos à condução da gestão do evento, é a CBA, o diretor de prova. Se é relativo à punição, penalidade, são os comissários desportivos. É todo um processo que, às vezes, fica perdido ou desconhecido", finalizou.

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