“Firme e forte” na briga pelo hexa, Cacá critica falta de condições em autódromos após vitória em Brasília

Novo líder da temporada 2013, Cacá Bueno foi mais um a criticar a falta de estrutura do circuito de Brasília. A prova foi encerrada com bandeira amarela por conta de um fortíssimo acidente de Diego Nunes nas últimas voltas da corrida

O automobilismo brasileiro viveu mais um duro revés em sua recente história neste fim de semana. A reforma mal feita nas zebras do anel externo do autódromo de Brasília acabou por gerar um caos poucas vezes visto nos últimos tempos, comprometendo totalmente o cronograma das atividades da Stock Car e do Brasileiro de Turismo no sábado e colocando em risco a vida dos pilotos. Neste domingo (2), as atividades de pista seguiram de maneira igualmente conturbada. A quinta etapa da Stock Car foi disputada no clima de muita tensa e teve dois graves acidentes. No último deles, Diego Nunes bateu forte contra a barreira de pneus da curva 4, obrigando a direção de prova a encerrar a corrida sob regime de bandeira amarela.


A situação acabou por ser benéfica para Cacá Bueno, que liderava, mas tinha problemas nos seus pneus. Se a prova fosse retomada em seu ritmo normal, Daniel Serra estava pronto para ultrapassar o carioca e lutar pela vitória no Distrito Federal. No fim das contas, Bueno cruzou a linha de chegada na frente. Um fim de corrida mais fácil para o pentacampeão, que assumiu a liderança da temporada, mas foi mais um a deixar Brasília indignado com a falta de estrutura do circuito candango, que fica ao lado do Estádio Nacional Mané Garrincha, cuja reforma custou mais de R$ 1 bilhão.
Cacá Bueno criticou a falta de condições dos autódromos brasileiros (Foto: Duda Bairros/Vicar)

“Vencer assim é mais fácil. Mas esse tipo de final não é culpa da Stock e sim da falta de condições em muitos autódromos do Brasil”, criticou o piloto da Red Bull após o triunfo que lhe conduziu de volta à liderança do certame. Agora, Cacá soma 94 pontos, um a mais em relação a Ricardo Maurício, quinto colocado hoje.

Sobre Marcos Gomes, que ocupava a liderança da prova até ser punido pelos comissários por ter se movimentado lateralmente metros antes da largada, Cacá reconhece que o paulista, que representa a equipe Carlos Alves, poderia até vencer a corrida, diferente de Nonô Figueiredo, que assumiu a ponta após a punição de Gomes, mas também foi punido por ter feito seu reabastecimento durante uma bandeira amarela.

“Ele [Marcos Gomes] era o único que tinha ritmo igual, talvez até um pouco melhor, que o nosso. O Nonô, não. Ele fez realmente um reabastecimento irregular”, lembrou.

Mais do que nunca, Cacá está forte na luta pelo hexa. O piloto não escondeu sua satisfação pelo resultado conquistado neste fim de semana e creditou o êxito à equipe Red Bull. “Estou feliz por voltar a ser protagonista de uma corrida, por voltar a liderar o campeonato, mostrar que estou vivo na briga pelo hexa e que a gente tem condição de vencer em qualquer pista. Foram quatro vitórias em cinco etapas, e isso mostra a competência e o comprometimento da Red Bull com a vitória. Acho que estou firme e forte na luta pelo campeonato”.

“A equipe nos deu um carro muito consistente. Em Tarumã, eu tinha um carro rápido, mas sem ritmo de corrida; em Salvador aconteceu o contrário, com um ótimo ritmo de prova, mas largando mais de trás. Com essas duas experiências, conseguimos fazer um carro com ritmo muito bom e tudo funcionou. Tanto eu quanto o Daniel pudemos administrar um pouco o fim da prova”, completou o pentacampeão, que acredita numa disputa mais polarizada em relação ao ano passado. “Esse campeonato, diferentemente do ano passado, quando sete chegaram brigando pelo título, acredito que teremos menos, com quatro bem definidos até agora”, finalizou.
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