Hot Car muda número de Antoniazi por homenagem póstuma a Amadeu Rodrigues
Tradicionalmente o #54, Tuca Antoniazi vai correr em Curitiba com o #2, número com o qual Amadeu Rodrigues guiava seus carros durante sua careira nas pistas brasileiras
A comunidade da Stock Car e do automobilismo brasileiro sofreu um baque no último dia 31 de outubro, quando Amadeu Rodrigues, chefe da Hot Car, morreu aos 65 anos em acidente de carro em Minas Gerais. Mas suas filhas e sua equipe decidiram que vão participar das etapas de Curitiba da principal categoria nacional, no próximo final de semana – e vão homenagear o pai por meio do carro de Tuca Antoniazi, piloto do time.
Antoniazi vai trocar o tradicional #54 pelo #2 em seu carro durante as três corridas que serão disputadas no circuito paranaense. É que o #2 era o número utilizado por Amadeu em seus tempos de piloto, tanto no Brasileiro de Marcas, como na antiga Divisão 3.
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“O apoio, o suporte e a corrente de amor que temos recebido de todos os amigos e da comunidade do automobilismo tem sido muito especial e revigorante. E isso nos estimulou a tomar a decisão de continuar o que nosso pai começou. Ele e nossa mãe sempre nos ensinaram a honrar nossos compromissos, e desta vez não é diferente. Este é um dos tantos legados de Amadeu Rodrigues”, comentou Juliana, uma das filhas, sobre a escolha por mandar a Hot Car para Curitiba.
“Sempre fomos um time muito unido, e não seria agora que isso iria se perder. Estamos dando todo o suporte necessário aos colaboradores que ainda estão hospitalizados e a vontade dos que aqui já estão em estar em Curitiba mostra o quanto somos um time de espírito aguerrido. É a melhor forma de homenagear meu pai e os nossos funcionários”, completou Bárbara, a outra filha, e que sempre era vista com o pai nos autódromos pelo país.
A Stock Car disputa duas etapas em Curitiba neste final de semana: no sábado, a corrida está marcada para 11h (de Brasília); no domingo, a primeira prova é às 11h, a segunda às 11h55. O GRANDE PRÊMIO faz cobertura completa.
O acidente
Amadeu era um dos nove ocupantes da van que deixou Goiânia rumo a São Paulo no início da noite do dia 31, depois da quarta etapa do Endurance Brasil (na qual chefiava a M3 Racing), disputada sob chuva no autódromo da capital de Goiás. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a van acertou a traseira de um caminhão na BR-365 perto da entrada da cidade mineira. Amadeu era quem dirigia a van e morreu na hora. De acordo com os bombeiros de Uberlândia, outras duas pessoas foram internadas em estado grave.
A carreira de Amadeu Rodrigues como chefe de equipe começou há exatas quatro décadas. Foi em 1980 que ele criou a Hot Car, time que alcançou a Stock Car em 2001. A ampliação de sua estrutura deu-se para outras categorias: Stock Light, Brasileiro de Turismo, Copa Vicar, Mercedes-Benz Grand Challenge e o próprio Endurance Brasil.
Rodrigues esteve à beira da morte em 1989, quando sofreu um acidente na terceira etapa do Brasileiro de Marcas e Pilotos em Tarumã. O tanque de combustível de seu Voyage #6 ficou destruído e deixou o carro em chamas. Com queimaduras de primeiro grau em quase 75% do corpo, Amadeu ficou internado por quatro meses na UTI de um hospital em São Paulo e passou por 48 cirurgias. Amadeu conseguiu voltar às pistas no ano seguinte. Acabou com quatro títulos, dois da Copa Corsa e outros dois do Brasileiro de Endurance.
Além de Bárbara e Juliana, ele deixou Cibele, sua esposa. Cibele sobreviveu ao acidente e segue em recuperação.
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