Serrinha foi mais um dentre tantos talentos brasileiros formados pela F-Renault, tão importante para o desenvolvimento de novos pilotos no começo dos anos 2000. Daniel foi campeão da categoria em 2004 em meio a um grid formado por outros pilotos que hoje fazem parte do grid da Stock Car, casos de Bia Figueiredo, Diego Nunes, Felipe Lapenna e Betinho Valério, que fez a maior parte da temporada deste ano pela HERO. Depois de rápida passagem pela F-Renault Europeia em 2005, Serra voltou ao Brasil no ano seguinte para fazer a Stock Car Light, onde foi vice-campeão. Em 2007, marcava de vez sua entrada na principal categoria do país.
A imagem que mais se repetiu na Stock Car em 2017: Daniel Serra coroa um ano mágico com o título (Foto: Fernanda Freixosa/Vicar)
Nos seus dois primeiros anos de Stock Car, Serra foi companheiro de equipe de Hoover Orsi. Até que, em 2009, passou a ter ao seu lado nos boxes da Red Bull, chefiada por Andreas Mattheis, ninguém menos que Cacá Bueno. Uma referência e tanto para Daniel, que venceu sua primeira prova neste ano, no icônico e saudoso circuito de Jacarepaguá. Naquela temporada, Cacá faturava seu terceiro título, superando Thiago Camilo.
A sequência da sua carreira foi de nítida evolução na Stock Car, mas também marcada pela versatilidade, com o piloto fazendo sua incursão em corridas de GT, tanto de média duração como no endurance, com as participações nas 24 Horas de Le Mans. No Brasil, terminou as temporadas de 2012 e 2013 em quarto lugar e teve como melhor resultado o terceiro em 2016. Um ano decisivo porque marcou a saída da Red Bull como equipe da Stock Car. Há quase um ano,
Daniel vencia a última prova da equipe taurina para mudar os rumos da carreira ao assinar com a Eurofarma e seguir de mala e cuia para o time de Rosinei Campos, o lendário ‘Meinha’.
Serra formou um ‘Dream Trio’ pesado com os campeões Ricardo Maurício e Max Wilson. Mas o mais novo da Eurofarma se encaixou como uma luva na nova equipe e mostrou de cara a que veio, sendo perfeito na corrida 1 da temporada 2017, em Goiânia, com direito a ‘hat trick’: pole-position, vitória praticamente de ponta a ponta e a volta mais rápida da prova. Começava ali seu caminho rumo ao título. Mas ao seu lado no pódio goiano estava o piloto que viria a ser seu grande adversário no ano: Camilo, que também estava de equipe nova, a A.Mattheis/Ipiranga, ocupando, na prática, o mesmo lugar onde esteve Daniel por tantos anos.
No Velopark, Thiago venceu a prova principal, enquanto Serra foi o quarto colocado. Com a pontuação da segunda prova, Camilo e Daniel empataram na liderança do campeonato, com 69 pontos. Em Santa Cruz do Sul, TC21 tomou a dianteira e abriu nove pontos para Serra após a rodada dupla no interior gaúcho, e a diferença aumentou para 14 depois da etapa de Cascavel. Serrinha foi segundo na corrida 1, mas Camilo finalizou em quarto. Só que o sexto lugar de Thiago na segunda prova, onde Daniel zerou, foi determinante para a ampliação da vantagem.
Forma de Thiago Camilo valoriza demais o título de Daniel Serra (Foto: Fábio Davini/Vicar)
Na esteira da vitória em Le Mans, a virada na Stock Car
A próxima etapa do campeonato foi a mais importante, a Corrida do Milhão. Camilo chegava como favorito não só pelo retrospecto de três vitórias na pista milionária, mas também por sempre andar muito bem em Curitiba, palco da disputa.
Aí a Stock Car voltava a Goiânia para a penúltima etapa do ano e a derradeira rodada dupla. A ótima forma demonstrada no começo do ano tornava Serra favoritaço à vitória em novembro. E foi exatamente o que aconteceu.
Daniel travou uma bela batalha com Ricardo Zonta e teve até o luso António Félix da Costa como adversário em potencial, mas conseguiu vencer bem. De quebra, ainda viu Camilo terminar bem mais atrás, em sétimo. O quarto lugar de Thiago na corrida 2 foi neutralizado por Serrinha, que conseguiu marcar seis pontos com o nono lugar. Assim, Daniel chegou à decisão do título 15 pontos à frente de Camilo, precisando somente de um terceiro lugar na corrida final em Interlagos.
E Serrinha conquistou exatamente o terceiro lugar na corrida deste domingo. Uma prova conservadora, com o regulamento debaixo do braço, na gíria do futebol. Como Camilo finalizou apenas em 14º em Interlagos, Daniel confirmou a conquista do título mais do que merecido, valorizado pela força de Thiago e com uma grande parcela de contribuição do 'mago' Meinha, que pode colocar seus três pilotos na última corrida da temporada. Um título para coroar um ano de ouro de Daniel Serra.
FALTA DE HONESTIDADE
PERDA DE ETAPA DA FÓRMULA E É DESASTROSA PARA SÃO PAULO
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