Opinião GP: mesmo sem Castroneves, Stock Car se despede de etapa de Ribeirão Preto em alta

Promovendo a participação do atual líder do campeonato da Indy, a Stock Car conseguiu lotar o circuito de rua de Ribeirão Preto neste fim de semana. Mesmo com o acidente de Helio, esse tipo de iniciativa precisa continuar na categoria


QUANDO A ORGANIZAÇÃO DA STOCK Car acertou com Helio Castroneves para a disputa da etapa de Ribeirão Preto, ela esperava que quem estivesse na pista fosse o atual líder da Indy. Ao invés disso, quem apareceu neste fim de semana no interior paulista foi o vencedor da versão americana da ‘Dança dos Famosos’.

Isso porque Helio sofreu um acidente na sexta-feira, machucou a canela e as costas e acabou ficando de fora da corrida ao ser vetado pela equipe médica da categoria. Ou seja, a ideia da Stock em ter um piloto de destaque internacional acabou dançando.

Independentemente do péssimo trocadilho, a atitude da categoria brasileira, ainda que motivada por um dos patrocinadores ser da região de Ribeirão Preto, em trazer Castroneves para este fim de semana precisa ser elogiada. Mesmo tendo boas corridas – e essa última não foi diferente, com Thiago Camilo passando Max Wilson no final –, o certame ainda é visto com desconfiança pelos fãs do automobilismo.

A chegada de Castroneves, portanto, foi mais uma chance de o campeonato tentar atrair público e poder mostrar força em rede nacional – já que teve a prova exibida na televisão aberta pela Rede Globo.

Helio Castroneves ficou fora da prova de Ribeirão Preto (Foto: Rafael Gagliano/Hyset/RF1)
 
icon_foto As imagens deste domingo da Stock Car em Ribeirão Preto
Classificação da Stock Car depois da vitória de Thiago Camilo

Para o azar dos organizadores, a batida na sexta-feira acabou tirando o piloto internacional da prova. Para tentar salvar o fim de semana, Helio participou do desfile normalmente, pouco antes da largada, e ainda correu para a cabine global para exercer a função de comentarista convidado.

Mesmo com o contratempo, o importante é que as coisas não parem por aí. Se a participação de Castroneves não deu certo, os organizadores do certame não devem abaixar a cabeça e lamentar a oportunidade perdida. Pelo contrário. Deveriam aproveitar todo o interesse causado pela presença do líder da Indy para tentar promover ações semelhantes em outras etapas.

De repente, algum patrocinador poderia bancar Tony Kanaan nas ruas de Salvador. Seria a primeira vez que o atual vencedor das 500 Milhas de Indianápolis teria a chance de correr em casa profissionalmente. Além dele, há diversos nomes espalhados pelo mundo, como Augusto Farfus, João Paulo de Oliveira, Oswaldo Negri, Bruno Senna e Lucas Di Grassi, entre outros, que poderiam atacar de convidado em alguma corrida.

E qual a importância disso? Basta ver que as duas últimas etapas em que houve a presença de pilotos de fora – Ribeirão Preto e a Corrida do Milhão no fim do ano passado (quando também andaram Castroneves, Kanaan, Rubens Barrichello e Rapha Matos) – os ingressos foram totalmente esgotados.

 
Opinião GP é o editorial semanal do GRANDE PRÊMIO que expressa a visão dos jornalistas do site sobre um assunto de destaque, uma corrida específica ou o apanhado do fim de semana de automobilismo.

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