Pilotos da Stock Car apoiam redução de custos com fim de semana mais enxuto, mas divergem sobre menor tempo de pista

Conforme revelado antes por Maurício Slaviero, diretor da Vicar, ao GRANDE PRÊMIO, a Stock Car terá em 2016 quatro etapas com um formato mais enxuto, com atividades de pista apenas no sábado e domingo, começando neste fim de semana no Velopark. Protagonistas do espetáculo, os pilotos compreendem a decisão diante da situação econômica, embora não estejam tão de acordo assim do ponto de vista esportivo

Na Stock Car, como no Brasil como um todo, a frase da vez é uma só: contenção de despesas. Diante da atual conjuntura econômica do país, a principal categoria do automobilismo nacional luta para não apenas manter os seus patrocínios, pilotos e equipes, mas tenta reduzir os custos para deixar o esporte mais atraente. Assim, a Vicar, empresa responsável por promover e organizar a Stock Car, providenciou medidas que buscam cortar gastos. Uma delas está no limite de pneus usado por piloto em cada fim de semana. A partir deste ano, cada competidor terá direito a apenas um jogo e meio. Outra medida diz respeito ao formato do fim de semana.
 
Em quatro das 12 etapas do calendário, o fim de semana terá dois, e não mais três dias de atividades de pista, resumindo-se a sábado e domingo. A estreia do novo cronograma acontece no Velopark, na segunda etapa da temporada 2016, a primeira rodada dupla do ano. As outras vão ser em Sana Cruz do Sul, Londrina e Tarumã. Uma medida justificável do ponto de vista econômico. Contudo, os pilotos se dividem sobre a sua eficácia enquanto esporte.
 
Em entrevista exclusiva ao GRANDE PREMIUM, Maurício Slaviero, diretor geral da Vicar, comentou a decisão. “A gente vai ter neste ano quatro finais de semana só com dois dias, isso traz economia para a própria Vicar e as próprias equipes, mudou a quantidade de pneus do ano passado e para este, e ao mesmo tempo gera uma questão estratégia bacana no campeonato, porque a equipe tem que lidar com menos pneus. Se gastar demais no começo do ano, tem que lidar com menos pneus”, disse.
Gomes se mostrou favorável ao formato adotado pela Stock Car no Velopark: atividades de pista no sábado e domingo (Foto: Duda Bairros/Vicar)
Contudo, muitos pilotos, em uníssono, tenham deixado claro que entendem que tal medida é importante para segurar os custos de uma categoria cara como é a Stock Car, por outro lado divergem sobre um tempo de pista reduzido. Valdeno Brito, um dos mais experientes do grid, não se furtou a dar sua opinião.
 
“Eu, particularmente, não gosto. Prefiro quando tem o shakedown na sexta-feira, um treino, tem a noite para pensar no que tem de fazer, sem aquela pressa. Se tem algum acidente no treino, não dá para recuperar para a classificação. De fato, é muito investimento, e as equipes têm mesmo de buscar redução de custos, mas às vezes isso é um tiro no pé, porque você também ficar sem correr e com o tempo todo atropelado acaba acarretando certo prejuízo”, explicou. “Na minha opinião, é melhor o formato normal”, emendou.
 
No último sábado, os pilotos tiveram dois treinos de 40 minutos para cada um dos grupos, algo considerado insuficiente para Valdeno, visto que, no formato de três dias, um treino tem duração de uma hora, enquanto outro segue com 40 minutos. “Uma hora e 20 minutos de treino divididos em dois treinos livres também é pouco. É óbvio, repetindo, se é para o bem de todos, se isso de fato fazer a diferença, ok, mas não sei se é isso que vai fazer a diferença final no orçamento. Prefiro o modelo anterior”, cravou o paraibano, hoje piloto da equipe TMG.
Átila Abreu considerou o limite ainda mais reduzido de pneus por piloto em cada fim de semana (Foto: Rafael Gagliano)
Substituto de Valdeno na A.Mattheis, Átila Abreu levanta a questão da menor disponibilidade de pneus para os pilotos a partir deste ano. “Sempre que você falar com os pilotos, nós vamos pedir mais tempo de pista: quanto mais tempo, melhor. Mas a questão é também o regulamento novo dos pneus. Se a gente tivesse mais tempo, também não teria pneus para andar.”
 
“Quanto à quantidade dos treinos, estamos meio no limite do que deve ser. Sobre o formato em si, sobre não treinar na sexta e só no sábado, te dá menos tempo de pensar num acerto, em refletir com mais calma… se você tiver algum problema entre os treinos, então vai haver menos tempo para trabalhar, sem testar as coisas. Se é bom ou ruim, óbvio que complica um pouco mais, mas o regulamento é o mesmo para todo mundo. Mas se é para reduzir custo, se é para benefício da categoria em longo prazo, vamos fazer assim”, disse, conformado.
 
Por outro lado, Cesar Ramos segue a opinião dada por Valdeno. “Prefiro o outro formato. Pelos custos da categoria e tudo mais, acho que a gente merecia mais um dia. E aqui é muito arriscado. Se a gente tem um problema em um dos dois treinos livres, acaba prejudicando bastante”, pontuou, levantando outra questão que pode prejudicar o fim de semana de um piloto e uma equipe.
 
“Aqui [no Velopark] é difícil de bater, mas se você enfrenta uma situação de chuva, por exemplo, talvez nem dê para classificar, não dá tempo de fazer nada. Obviamente, a sexta-feira é muito vazia, mas ainda assim prefiro o formato anterior”, salientou o gaúcho de Novo Hamburgo, um dos destaques do fim de semana no Velopark.
A Stock Car busca alternativas para conter os custos em meio ao cenário de crise econômica no Brasil (Foto: Marcus Cicarello)
Julio Campos, contudo, prefere não se ater ao menor tempo de pista na Stock Car, minimizando a redução para sábado e domingo em algumas praças do calendário porque, no fim das contas, tudo é sobre economizar também os pneus para todo o fim de semana.
 
“Para nós, o maior problema da Stock Car nem é o tempo de pista. A gente nunca teve muito pneu. No ano passado, por exemplo, a gente teve dois jogos de pneu, e esse ano a gente tem um jogo e meio para o fim de semana. Então eles podem colocar três dias de pista que para a gente não vai ter pneu para isso”, explicou o paranaense.
 
“O maior problema é se a gente tiver uma quebra no carro, não vai dar para consertar para fazer uma tomada de tempo ou um treino ou outro. Isso sim vai causar uma preocupação para as equipes. Quanto aos treinos, a gente fica mesmo preso aos pneus”, comentou o piloto da C2, que vai largar em nono na corrida 1 no Velopark, neste domingo.
 
Já o atual campeão, Marcos Gomes, se mostrou até mais satisfeito com a mudança, possibilitando à Stock Car ter um dia mais ativo na pista do que somente a tarde de sexta-feira e um sábado um pouco mais espaçado. 
 
“Tudo o que for feito para baixar os custos é válido. Para nós, pilotos, não muda tanto. Acaba que a gente tem um pouco mais de trabalho, mas quanto mais trabalho, melhor. A gente tinha só um treino na sexta-feira, acabava que tinha muito tempo sem fazer nada, e agora tem um dia mais ativo. Claro que é mais cansativo no fim do dia, mas vai ser um dia bem mais produtivo do que se tivesse a sexta-feira”, disse o atual líder do campeonato, dono da quarta posição do grid da corrida 1 em Nova Santa Rita.
PADDOCK GP #23, FALA SOBRE FITTIPALDI E FIM DE SEMANA MOVIMENTADO NO ESPORTE

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “8352893793”;
google_ad_width = 300;
google_ad_height = 250;

fechar

function crt(t){for(var e=document.getElementById(“crt_ftr”).children,n=0;n80?c:void 0}function rs(t){t++,450>t&&setTimeout(function(){var e=crt(“cto_ifr”);if(e){var n=e.width?e.width:e;n=n.toString().indexOf(“px”)

var zoneid = (parent.window.top.innerWidth document.MAX_ct0 = '';
var m3_u = (location.protocol == 'https:' ? 'https://cas.criteo.com/delivery/ajs.php?' : 'http://cas.criteo.com/delivery/ajs.php?');
var m3_r = Math.floor(Math.random() * 99999999999);
document.write("”);

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.