Pilotos da Stock Car pedem novas mudanças no regulamento para temporada de 2013
Átila Abreu afirmou que as corridas deveriam voltar a ter pit-stop obrigatório, já que isso dá mais liberdade para as equipes bolarem as estratégias. Já Max Wilson se mostrou contra a pontuação dobrada na Corrida do Milhão
O emocionante fim de prova da Corrida do Milhão da Stock Car, disputada neste domingo (9), teve um responsável direto: as mudanças no novo da categoria. Em 2012, o reabastecimento deixou de ser obrigatório, por isso alguns pilotos decidiram tentar completar todos os 50 minutos da etapa paulista sem ir aos boxes.
O resultado na pista não poderia ter sido melhor. Cacá Bueno teve uma pane seca na última curva e foi ultrapassado por Thiago Camilo, que conquistou o prêmio de R$ 1 milhão ao liderar apenas menos de 500 metros em toda a prova.
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Só que esse foi um cenário exclusivo da Corrida do Milhão, que teve uma duração maior que as demais etapas. Nas outras corridas, com 40 minutos de disputa, a decisão de reabastecer não teve grande importância, já que todos os carros eram capazes de chegar até o final sem se preocupar com o combustível.
Dessa forma, nem todos os pilotos ficaram contentes com as mudanças nas regras. Átila Abreu, por exemplo, que terminou em oitavo em São Paulo, afirmou que preferia as corridas com as paradas nos boxes. O piloto da AMG disse que, com os pit-stops, as equipes têm mais espaço para bolar as estratégias.
“Uma corrida sem pit-stop é mais fácil para o público entender, embora eu ache que uma corrida com pit-stop, para o piloto, é mais legal, porque dá uma possibilidade a mais de se recuperar, de fazer uma ultrapassagem nos boxes, então a estratégia vai acabar funcionando bastante. Mas entendo as mudanças, são mudanças válidas”, declarou com exclusividade ao Grande Prêmio.
Ricardo Maurício, por outro lado, se disse entusiasta das corridas mais curtas, já que acabam sendo provas mais intensas e mais interessantes tanto para os pilotos quanto para o público. O vice-campeão de 2012, no entanto, pediu que a pontuação seja alterada para dar maior importância ao vencedor da corrida.
“Uma corrida mais longa, às vezes, não tem muita emoção. Na corrida mais curta, o pessoal vai para cima, tem uma movimentação maior. Acho que falta, talvez, uma pontuação maior para o primeiro e o segundo. Vitória é vitória, então, em vez de dois pontos, quatro, cinco de diferença, mas com a pontuação apertada o importante é a regularidade”, disse.
“Em uma corrida, talvez você não arrisque por apenas um ponto. Lógico que pode fazer diferença no final do campeonato, mas se for uma ultrapassagem muito arriscada, valendo um ponto, você não tentaria. Tem seus prós e seus contras, como qualquer regulamento”, completou o piloto ao GP.
Quem também não gostou muito do sistema de pontuação foi Max Wilson, companheiro de Maurício na RC. O campeão da temporada de 2010 se disse contrário à Corrida do Milhão distribuir pontos em dobro, já que o peso de cada vitória conquistada no campeonato deveria ser o mesmo.