Reforma mal feita em Brasília atrasa cronograma e põe em risco segurança dos pilotos na Stock Car

O Autódromo Internacional Nelson Piquet faz parte de um complexo esportivo onde está localizado o Estádio Nacional Mané Garrincha, recém-reinaugurado e orçado em mais de R$ 1 bilhão. Entretanto, nos arredores do estádio, as obras denotam um autódromo com o aspecto bastante ruim, quase de abandono, em que pese as reformas realizadas recentemente

O caos se instalou de vez em Brasília neste sábado (1). De maneira semelhante ao que aconteceu pela manhã no circuito candango durante o treino livre 1 da Stock Car — com duração de mais de seis horas —, novamente os bueiros que beiram as zebras das curvas 1 e 4 do anel externo, recém-reformado, se soltaram durante as práticas do novíssimo Brasileiro de Turismo, colocando em risco a segurança dos pilotos e atrasando o cronograma de atividades de pista desenvolvida pela Vicar para o fim de semana.

As obras foram realizadas para recuperação de algumas áreas da pista, sobretudo no anel externo — que está sendo utilizado neste fim de semana. As zebras de apoio foram ampliadas e refeitas, e este é o grande problema: recentes e sem acabamento ideal, se desfizeram com a passagem dos carros da Stock Car e do Brasileiro de Turismo.

Além de transformarem o cimento em pedregulhos, uma tampa de bueiro se desprendeu. O treino da manhã durou mais de seis horas e a classificação começou com 30 minutos de atraso pela ação de funcionários que tentavam reparar a curva que leva à reta principal. Assim, todo o cronograma estabelecido pela Vicar foi por água abaixo. Os treinos seguintes à primeira sessão do fim de semana em Brasília foram compactados e tiveram um máximo de 30 minutos de duração, prejudicando os pilotos, que já não têm lá muito tempo para testes, visto que não existem mais os treinos de sexta-feira.
Ricardo Maurício e Tuka Rocha observam trabalho de reparo na zebra em Brasília (Foto: Luca Bassani)

Via comunicado, a Vicar, empresa que promove e organiza a Stock Car, explicou o ocorrido em Brasília pela manhã. "Os treinos da Stock Car foram paralisados por questão de segurança. Organizadores tentam resolver a questão das armações de ferro, uma espécie de ralo, colocadas sobre as tampas de concreto fixadas sobre os bueiros nas laterais da pista e justamente onde os carros apoiam parte dos pneus na busca pelos tempos mais rápidos. O Autódromo de Brasília passou por algumas reformas para receber esta etapa da Stock Car", disse a empresa.

O Autódromo Internacional Nelson Piquet faz parte de um complexo esportivo onde está localizado o Estádio Nacional Mané Garrincha, recém-reinaugurado e orçado em mais de R$ 1 bilhão. Entretanto, nos arredores do estádio, as obras denotam um autódromo com o aspecto bastante ruim, quase de abandono, em que pese as reformas realizadas recentemente, sobretudo no anel externo.

A primeira interrupção do treino livre inicial em Brasília aconteceu logo após a entrada dos carros do grupo 2, pela manhã. A tomada de tempos dos pilotos foi bastante prejudicada por conta de um problema nas zebras da curva 1. A sessão foi interrompida com bandeira vermelha para que a organização do autódromo fizesse reparos na pista naquela altura da pista. Para amenizar o problema, a direção de prova determinou que, ao retorno do treino, os pilotos teriam mais 55 minutos de atividades no anel externo de Brasília.

Às 11h10 (hora de Brasília), o treino ainda não havia sido retomado. Por meio do locutor oficial da Stock Car, os chefes de equipe foram chamados à torre de controle para uma reunião em caráter de urgência. Após a reunião com os comissários esportivos e chefes de equipes, os boxes foram abertos às 11h25. 

Segundo o locutor, ficou decidido, também, que os pilotos não podem mais usar a zebra da curva 1, trecho da pista que causou a interrupção do treino. Segundo a organização da Stock Car, está prevista uma tolerância para um primeiro erro, uma advertência na segunda vez e, na terceira vez, punição — a qual não foi especificada.

Finalmente, depois de quase uma hora de paralisação, a sessão foi liberada para 55 minutos para os pilotos do segundo grupo. Mas o treino seguiu seu curso por apenas 12 minutos, já que novamente foi interrompido com bandeira vermelha, obrigando os pilotos a voltarem para os boxes. Assim como da primeira vez, a interrupção foi feita para a realização de reparos na curva 1.

O treino foi retomado às 13h50 (hora de Brasília) e teve mais meia hora de duração. Cacá Bueno foi o mais rápido da sessão, assim como Thiago Camilo liderou o segundo treino. Entretanto, ao longo das atividades de pista do Brasileiro de Turismo, alguns pilotos passaram por cima dos bueiros postados à margem das zebras e abriram os bueiros, atrasando novamente os trabalhos na capital federal.
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