Retrospectiva 2020: no milagre de Meinha, como Maurício levou tri da Stock Car

Dizem que 'de virada é mais gostoso', e foi assim que Ricardo aurício e a RC Eurofarma, conduzidos por Rosinei Campos, o Meinha, levaram a Stock Car em 2020

A primeira vitória veio só na sexta corrida do ano e, no total, foram só quatro triunfos em toda a temporada 2020, de 18 possíveis. Mesmo assim, Rosinei Campos, o Meinha, fez o milagre: saiu com mais um título entre as equipes, com a RC Eurofarma, e também com a taça entre os pilotos, levando Ricardo Maurício ao tricampeonato. Como ele consegue?

Claro que estar em toda corrida disputada nos 41 anos de existência da Stock Car ajuda, mas o fato é que ele encontra detalhes nos carros que poucos outros conseguem. Não à toa, levou um Chevrolet Cruze ao topo da classificação em um ano dominado pela novata Toyota, e consequentemente seu quarto título consecutivo.

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Rosinei Campos, o Meinha, conduziu a RC Eurofarma ao título entre equipes (Foto: Luís França/Vicar)

Pegue as palavras exclusivas de Ricardo Maurício ao GRANDE PRÊMIO logo após a corrida final de 2020, que lhe coroou com o título: “Primeiro é agradecer a equipe, que trouxe um carro super competitivo. A gente sempre fala que chegar em um final de semana de corrida, principalmente de decisão, você tirar o carro do caminhão, colocar nos boxes e ele já ser competitivo, ainda mais com pneus ruins que a gente teve o final de semana todo para treinar, já é meio caminho andado.”

Qual a leitura possível? Que Meinha e seu time de mecânicos e engenheiros conseguiu transformar o favoritismo em seu, mesmo chegando ao final de semana derradeiro da temporada fora da liderança. Mas, como Maurício descreveu, a virada veio já de fora da pista de Interlagos, já do galpão da RC Eurofarma, já do caminhão. Meinha acertou tudo para que a virada fosse tranquila e certa: como de fato foi.

Maurício chegou à penúltima etapa em terceiro na classificação, atrás de Daniel Serra, segundo, companheiro de equipe, e do líder Thiago Camilo. Fez a pole no sábado em Interlagos e venceu de ponta a ponta, sem sustos. Claro que ele tem méritos, mas a virada ter sido tão óbvia durante a etapa final é até assustador, se lembrarmos do restante do ano.

A bandeirada para Ricardo Maurício valeu o tri (Foto: Luís França/Vicar)

A liderança nunca esteve com Maurício: Ricardo Zonta, Rubens Barrichello, Camilo, Cesar Ramos… Estes ocuparam o primeiro posto, mas o comandado por Meinha só apareceu por lá na hora de levantar a taça.

O começo foi típico da equipe do mais experiente chefe: um pódio na estreia, dois quinto lugares e um 10° antes da vitória em Londrina. Andar sempre na parte de cima não dava liderança, mas também não colocava mais peso extra, o lastro, no carro #90. Maurício fica próximo, mas segurando o lado negativo de vencer na Stock Car 2020.

Depois, uma sequência ruim foi ladeada por dois grandes resultados: em Cascavel, foi 19° e 11°, depois foi só 15° no Velocittà, mas antes havia sido quarto, e logo depois foi ao pódio, em terceiro. Com os descartes, o que contou foram os grandes resultados.

Com o carro mais leve que o dos principais rivais, variou de segundo a quinto por algumas etapas, até chegar à decisão e atacar na hora certa. Estratégia ou acaso? Impossível cravar. Mas o fato é que, tal como no título de Daniel Serra em 2019, com só um triunfo no ano, Meinha controlou a temporada sem precisar brilhar constantemente.

Maurício e Meinha comemoram o título (Foto: Luís França/Vicar)

“Acho que a gente fez um trabalho excelente a temporada inteira. Estou muito feliz por ter chego ao tri em um ano tão difícil. Foi suado, mas chegou. Eu estava confiante, bom pressentimento para esse ano. As coisas foram dando certo, sempre no finalzinho, mas dando certo. Então, muito feliz”, continuou Maurício ao GP, e vale comentar um detalhe.

“Sempre no finalzinho”: a RC Eurofarma e Meinha fazem sempre assim. Está claro e declarado. E ninguém consegue impedir, pelo quarto ano seguido. É uma retrospectiva de 2020, mas pode servir como prévia de 2021. Afinal, por que o ano 42 seria diferente do 41, do 40, do 39…?

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