Revelações da Stock Car, Osman e Navarro destacam categorias de base e bom ambiente nas equipes

Galid Osman e Denis Navarro foram alguns dos destaques da temporada de 2012 da Stock Car. Depois de dividirem Copa Montana e Brasileiro de Marcas nos últimos anos, os dois planejam voos maiores no próximo ano

Falar em renovação no grid da Stock Car é uma tarefa bastante complicada. Afinal, os jovens pilotos não só precisam mostrar valor nas categorias de base, como também enfrentam concorrência de atletas já consagrados no automobilismo internacional, como Rubens Barrichello, que retornam ao Brasil para competir no certame.

Apesar disso, dois jovens se destacaram em 2012. Denis Navarro, que terminou em 12º neste segundo ano na categoria e foi presença constante entre os dez primeiros durante as provas, e Galid Osman, disparado o melhor novato do campeonato e que chegou a liderar a Corrida do Milhão antes de terminar com uma pane seca.

Em comum, os dois chegaram à Stock Car depois de disputarem a Copa Montana. No entanto, as semelhanças pararam por aí. Galid, por exemplo, considerou a preparação na base como fundamental para o bom ano de estreia na principal categoria do automobilismo brasileiro.

Denis Navarro foi presença constante no top-10 em 2012 (Foto: Rodrigo Berton/Agência Warm Up)

“Eu acho que fiz um bom vestibular na categoria de acesso, coisa que os outros estreantes não tiveram a oportunidade de fazer, então acho que foi essencial para ter um bom desempenho”, disse o estreante com exclusividade ao Grande Prêmio.

Navarro, por sua vez, admitiu que não teve uma passagem tão boa na categoria de acesso, mas, graças à equipe Vogel, conseguiu ter uma rápida adaptação à Stock Car. “Eu parei nos monopostos em 2009 e, no ano seguinte, comecei na Montana. Foi um ano bem complicado para mim, mas custou um pouco porque o carro é um difícil de guiar e na Stock estou me adaptando bem melhor”, afirmou.

Apesar da passagem abaixo do esperado pela Copa Montana, o piloto lamentou a extinção do certame, que deve dar origem a um campeonato completamente novo em 2013. “É ruim, sem dúvida. Eu acho que a Stock Car, hoje em dia, está com 32 carros com todos fechados, então é muito difícil para um piloto chegar do monoposto e vir direto para cá. Então, isso é bem prejudicial”, completou ao GP.

Outro ponto em comum entre os dois jovens competidores é participar do Brasileiro de Marcas desde 2011. Porém, esse tempo extra de pista não é necessariamente uma vantagem. Osman, que compete pela Chevrolet no outro campeonato, disse que disputar as duas categorias até atrapalha em alguns momentos.

“Para falar a verdade, são carros completamente diferentes. Eu tenho que chegar aqui e mudar o chip de configuração da minha cabeça, porque no começo até atrapalha. O que eu mais consigo no Marcas é a experiência em corridas, porque de resto nada”, explicou.

Galid Osman teve uma pane seca quando lutava pela vitória na Corrida do Milhão (Foto: Rodrigo Berton/Agência Warm Up)

O piloto da BMC-Full Time disse, ainda, que tão importante quanto toda essa bagagem da carreira foi ter assinado com uma escuderia estruturada em 2012. “Acho que também é estar em uma equipe competitiva, com um carro bom o ano inteiro, então devo isso à minha equipe e a tudo o que eu já treinei na Copa Montana e na Stock Car Light”, disse Osman, que deve ser companheiro de Thiago Camilo na RCM no próximo campeonato.

Navarro concordou com o colega, afirmando que o clima na Vogel e a ajuda do companheiro Allam Khodair foram responsáveis pela evolução nos resultados. “É mais por estar em uma equipe que é competitiva. Acho que ela está fazendo um bom trabalho, assim como o Allam, então essa parceria está me fazendo crescer melhor na Stock esse ano”, avaliou.

O bom ambiente encontrado na Vogel fez com que Denis já acertasse a renovação do contrato para o próximo ano. Agora, o piloto se disse mais tranquilo para poder brigar por resultados ainda melhores em 2013. “Acho que a gente vem numa crescente muito legal. Agora é trabalhar para continuar. A gente vai continuar na mesma equipe, então é seguir com esse trabalho e focar um top-10 na categoria”, completou.

Osman, por fim, foi um pouco mais ambicioso e disse que o objetivo é ficar entre os oito melhores no próximo campeonato. “Com certeza minha meta é terminar o ano entre os oito primeiros. Este ano, estou em 13º e tento me localizar uma quatro ou cinco posições na frente. Para o segundo ano, isso é muito bom”, encerrou.

Por causa da pane seca em Interlagos, Galid não só perdeu o prêmio de R$ 1 milhão, como também acabou caindo para a 16ª posição na classificação final. Apesar disso, o piloto ainda terminou como o novato mais bem classificado.

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