Ezpeleta descarta Superbike no nível da MotoGP e avalia: “Não é interessante ter duas Copas do Mundo”

Em entrevista exclusiva do GRANDE PRÊMIO, Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da Dorna, promotora dos mundiais de MotoGP e de Superbike, descartou colocar as duas categorias em um mesmo nível. Dirigente destacou que o Mundial de Superbike tem seu próprio mercado

Desde 1992 no comando da MotoGP, a Dorna assumiu no ano passado a organização do Mundial de Superbike. Com a empresa espanhola no comando, o certame passou por algumas mudanças que tinham como objetivo cortar custos e tornar o campeonato mais atrativo.
 
Uma dessas mudanças diz respeito ao formato do treino classificatório, que ficou mais parecido com o da MotoGP, onde os treinos livres dividem os pilotos em dois grupos, cada um decidindo sua posição no grid em duas sessões distintas.
Carmelo Ezpeleta fez uma avaliação positiva do novo regulamento do Mundial de Superbike (Foto: FBO)
Apesar dessa aproximação entre as categorias, a ideia da Dorna não é colocar os dois campeonatos em um mesmo nível. Em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Carmelo Ezpeleta, diretor-executivo da empresa espanhola, avaliou que o Mundial de Superbike é uma segunda divisão.
 
Questionado sobre o que precisa ser feito para que as duas categorias estejam em um mesmo nível, Ezpeleta foi claro: “Nós não queremos colocar o Mundial de Superbike no mesmo nível da MotoGP”. “Não é possível”, frisou.
 
“Nós estamos muito orgulhosos de ter a Superbike, nós estamos trabalhando bastante, mas nós sabemos que é uma segunda divisão. Não há nenhum interesse”, comentou. “A Superbike tem seu próprio mercado e nós temos o nosso próprio mercado. Os mercados são diferentes, o número de espectadores é diferente. Isso não é um problema. Nós não achamos que podemos ter dois”, ponderou o dirigente.
 
“É a mesma coisa, não é interessante ter duas Copas do Mundo. É uma Copa do Mundo”, comparou. 
 
Carmelo, entretanto, se disse satisfeito com o atual formato do Mundial de Superbike. Nesta temporada, foi introduzida a classe EVO, onde as motos, que são derivadas das máquinas de rua, contam com chassi de Superbike e motor de Superstock – que prevê o uso do sistema original de injeção eletrônica, impede mudanças na cabeça do cilindro e no comando das válvulas, entre outras partes do propulsor, e conta com limitações na eletrônica.
 
Assim como com a divisão Aberta na MotoGP, a introdução da classe EVO faz parte de um plano maior, que prevê a adoção do novo código por todas as equipes a partir do próximo ano. 
 
Indagado pelo GP se estava contente com a temporada 2014 da Superbike, Ezpeleta disse que as coisas estão funcionando bem.
 
“Está ok”, opinou. “Com a classe EVO as corridas são mais competitivas e a está funcionando bem”, concluiu. 
 
A entrevista completa com Carmelo Ezpeleta será publicada na edição #51 da REVISTA WARM UP
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