Rea vê velocidades excessivas e sugere que WSBK siga MotoGP e dê “passo atrás”

Jonathan Rea apontou que os circuitos já estão limitados em termos de áreas de escape, mas as motos seguem ficando mais rápidas, graças à melhora dos pneus e a motores cada vez mais potentes. Multicampeão sugeriu mudança para deixar as motos mais lentas

Jonathan Rea acredita que o Mundial de Superbike deve seguir os passos da MotoGP e alterar o regulamento para garantir uma redução na velocidade das motos. O piloto da Yamaha apontou para a limitação dos circuitos no campo de segurança para justificar a necessidade de mudança.

Em 2027, a MotoGP vai passar por uma grande mudança de regulamento, com motores de 850cc chegando para substituir os atuais 1000cc. Além disso, a classe rainha vai limitar a aerodinâmica e banir os dispositivos que ajustam a altura das motos, tudo para reduzir as velocidades.

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Desde o anúncio da MotoGP, ficou a expectativa por uma mudança também no Mundial de Superbike, para evitar que as motos derivadas de produção sejam mais rápidas do que os protótipos. Presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), Jorge Viegas chegou a afirmar que a categoria também passaria por mudanças.

Para 2025, porém, a principal mudança é um pequeno corte no fluxo de combustível, que vai ficar limitado a 47 kg/h. Rea, no entanto, entende que é preciso fazer mais.

Jonathan Rea sugeriu que o WSBK siga rumo da MotoGP (Foto: Yamaha)

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“A performance dos motores e as velocidades que estamos alcançando estão nos levando ao limite nas pistas onde corremos atualmente”, disse Rea em entrevista à versão alemã ao site Motorsport. “Estamos construindo motores mais e mais potentes e constantemente atingindo tempos mais rápidos. Os pneus também estão melhorando mais e mais e isso se traduz em voltas mais rápidas”, seguiu.

“Em alguns circuitos, os muros não podem ser colocados mais para trás”, ponderou. “Estou convencido de que vamos visitar pistas no futuro em que a situação não é pior. A MotoGP está dando um passo atrás e acho que o acerto é que façamos o mesmo”, defendeu.

O norte-irlandês sugeriu que o Mundial siga o caminho do Campeonato Britânico de Superbike e adote um controle eletrônico que estabeleça que as motos não superem a velocidade das motos de produção.

“No BSB, existe uma unidade de controle padrão. Talvez essa possa ser a solução, mas, como piloto, não estou envolvido no processo técnico”, sugeriu. “Vou guiar como temos de guiar, mas, com certeza, haverá algum descontentamento nos próximos anos para administrar as regras”, concluiu.

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