Primeira prova da Copa Truck no exterior tem vitória dupla de Giaffone e quatro marcas diferentes no pódio

Felipe Giaffone fez duas grandes corridas e venceu na abertura da Copa Mercosul, em Buenos Aires. Fim de semana também ficou marcado pela variedade de marcas no pódio, com Volkswagen, Mercedes, Scania e Iveco entre os primeiros colocados

A estreia da Copa Truck fora do Brasil não poderia ser melhor. A etapa de Buenos Aires, no rápido autódromo Oscar Y Juan Galvez, em Buenos Aires, viu ótimos pegas entre caminhões de diferentes marcas e duas grandes exibições de Felipe Giaffone. O atual campeão das Copas, e um dos principais talentos da categoria, venceu as duas corridas com um show de habilidade. Os triunfos, dignos de aplausos, foram conquistados a partir de situações adversas.
 
A situação de pista na corrida 1 complicou a vida dos pilotos. Isso porque minutos antes da volta de apresentação a chuva apareceu e molhou alguns trechos do circuito. Por isso, a direção de prova achou por bem iniciar a prova em regime de carro de segurança para os pilotos analisarem as reais condições do traçado argentino.
 
Quando o safety-car entrou nos boxes e a disputa começou para valer, o que se viu foi um show de habilidade dos pilotos, que faziam o possível (e o impossível) para encontrarem o melhor caminho. Segundo no grid, Giaffone tentou a ultrapassagem por fora, passou um pouco do ponto e foi parar na grama. Na volta, era o quinto colocado.
 
O show de Giaffone começou aí. Com o caminhão bem adaptado às condições da pista, Giaffone foi superando cada um dos adversários até se deparar com os velozes Roberval Andrade e Wellington Cirino, que se revezaram na ponta. Mas o #6 e o #15, que vinham bem na prova, não conseguiram segurar Giaffone, que falou ter conquistado a vitória na raça. 
Giaffone foi o grande nome da Copa Truck na Argentina (Foto: Duda Bairros)
Cirino e Andrade completaram o pódio. Além dos três, menção especial para Danilo Dirani e Beto Monteiro, que largaram lá no fim do grid e chegaram em quinto e sexto, respectivamente. Vale destaque também o oitavo lugar de Adalberto Jardim, que vem, aos poucos, desenvolvendo seu caminhão Ford. A posição o colocou na pole-position para a corrida 2.
 
O pódio da corrida 1 tinha, pela ordem, um Volkswagen, um Mercedes e um Scania. Considerando os oito primeiros, cinco marcas estavam representadas – acrescente-se Iveco e Ford.
 
Com a pista praticamente seca (havia apenas algumas poças), a segunda corrida do dia foi mais disputada com os cinco primeiros andando praticamente juntos. André Marques assumiu a ponta, mas Beto Monteiro estava rápido e passou boa parte da corrida na liderança. Mas um toque com Leandro Totti fez seu caminhão perder água e, por consequência, desempenho. Giaffone, que largou em oitavo e escalou todo mundo até o segundo lugar, aproveitou a chance, assumiu a liderança e venceu novamente.
 
"A primeira corrida eu ganhei na pista, na raça. Na largada eu passei um pouco da conta e fui para a grama, mas o caminhão tracionava bem e era muito bom nessas condições. Já na segunda eu tive sorte, pois todo mundo estava muito competitivo. Não estava dando conta do Beto, mas ele teve problema e eu tive um pouco de sorte. Foi muito melhor que eu imaginava", explicou Giaffone.
 
O cinco primeiros que subiram ao pódio na corrida 2 tinham, pela ordem, Volkswagen, Iveco e três Mercedes-Benz.
Os três melhores da corrida 1 na Argentina (Foto: Duda Bairros)
Cirino também merece destaque pelo conjunto da obra no fim de semana. Foi o mais veloz na sexta, fez a pole-position no sábado – a quarta em seis disputas – e, mais importante, conseguiu dois pódios. Sinal que os problemas de confiabilidade que insistiam em bater à porta do competente piloto paranaense foram embora.
 
"Em um toque com o Roberval eu acabei ficando com um pneus inutilizável e o início foi uma situação difícil para todos. Mas fico feliz por sair em segundo no campeonato e agora ir para Rivera, uma pista que gosto e onde já venci", comenta Cirino.
 
Danilo Dirani enfrentou problemas com seu caminhão Mercedes, mas enquanto esteve na pista, mostrou-se competitivo. Acabou sendo premiado com um pódio, o que mostra que a vitória dupla em Goiânia não foi um golpe de sorte. Boa notícia para a categoria, que tem mais um bom piloto brigando lá na frente.
 
A mesma lógica cabe para Roberval Andrade. Rápido enquanto esteve na pista, com um terceiro lugar na corrida 1, mas sofreu, mais uma vez, com problemas mecânicos e não conseguiu sequer largar na prova 2. Quando Andrade não está na pista, a competição perde um piloto sempre combativo e rápido. E a Scania acaba sem representatividade na pista.
 
O destaque negativo fica com a ausência de Djalma Fogaça, um dos grandes personagens da Copa Truck. Depois de deixar o Ford e fazer a Copa Centro-Oeste com um caminhão MAN da equipe RM Competições, o "Monstro" devolveu o bruto a Renato Martins e disse não ter se adaptado ao modelo de origem alemã. A expectativa é que Fogaça volte em Rivera, no Uruguai. 
 
Enfim, foram mais duas boas corridas da Copa Truck, que tem, no geral, entregado um ótimo evento ao público. 
Pódio em Buenos Aires com os cinco melhores (Foto: Duda Bairros)

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