Aos 42, McNish não pensa em aposentadoria e defende Schumacher: “Idade não importa”
Para o escocês Allan McNish, “cada piloto tem de saber sua hora de parar” e Michael Schumacher não passou desta hora. Ele opina que a comparação com Nico Rosberg só comprova isso
Diz o ditado que tamanho não é documento. Para alguns, idade também não significa nada. Quarentões, Michael Schumacher e Allan McNish compartilham desta opinião. O primeiro demonstrou este pensamento ao aceitar retornar à F1 com a Mercedes em 2010. O segundo, por seu desempenho no Mundial de Endurance e ao apoiar a decisão do alemão
Ex-piloto de F1 e duas vezes vencedor das 24 Horas de Le Mans, o escocês de 42 anos defendeu Schumacher das críticas que tem recebido desde que voltou a competir. Em entrevista ao Grande Prêmio durante a quinta etapa do Mundial de Endurance, em São Paulo, McNish comparou o desempenho de Michael ao de seu companheiro na Mercedes, Nico Rosberg, para dizer porque o alemão, em sua opinião, não tem porque se arrepender.
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“Michael prova que a idade não importa. Ele se classificou e terminou à frente de Nico várias vezes neste ano. Se eu fosse Nico, olharia por cima dos ombros e diria: ‘Espero que eu seja rápido assim quando tiver 43 anos’”, avaliou McNish.
Apesar da discrepância existente entre a dupla da Mercedes na classificação do campeonato, a comparação de McNish não deixa de ser válida quando se compara a performance dos pilotos corrida por corrida. No desempenho nos treinos classificatórios, Schumacher perde por sete a seis. Em corridas, das sete que completou, o heptacampeão chegou à frente em seis. “Um trabalho muito bom considerando as dificuldades”, opinou o piloto da Audi.
“Todos se lembram dele como um heptacampeão mundial e no nível em que ele estava antes, não onde ele está hoje. É por onde ele estava antes”, disse McNish. “Ele não está fazendo isso por mim, por você ou por qualquer outra pessoa, ele está fazendo isso por si próprio e vai tomar sua decisão”, completou.
Ao falar de si, McNish riu ao ser questionado sobre aposentadoria. Não da pergunta, mas da possibilidade. O escocês admitiu estar “mais perto do fim do que do começo da carreira” e listou os motivos que tem para seguir motivado após 30 anos no automobilismo: “Ainda gosto, ainda amo, ainda sou muito rápido, ainda ganho corridas e estou brigando pelo título mundial neste ano”.
Para encerrar, filosofou: “Você não pode mudar o curso da vida. Mentalmente e fisicamente, isso acontece com todos. Cada piloto tem de saber a sua hora de parar”.
O Grande Prêmio cobre ‘in loco’ a quinta etapa do Mundial de Endurance, em Interlagos, com os jornalistas Felipe Giacomelli e Renan do Couto. Acompanhe o noticiário aqui.
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