Líder do WEC, Lotterer teme por vantagem da Toyota nas curvas de baixa velocidade de Interlagos

Com um protótipo mais eficiente em curvas de baixa velocidade, a Toyota chega a Interlagos já assustando a Audi, que trabalha para contornar essa inferioridade e andar melhor nas 6 Horas de São Paulo

Após duas corridas no Mundial de Endurance, a Toyota parece mais próxima da vitória do que esteve em oito temporadas na F1 e já assusta sua principal rival. Líder do campeonato de pilotos do WEC com a Audi, André Lotterer teme pela força que a montadora japonesa pode apresentar neste fim de semana nas 6 Horas de São Paulo, depois de brigar até o fim pela vitória em Silverstone, no fim de agosto.

A explicação é a vantagem que o TS-030 possui nas curvas de baixa velocidade, que predominam em Interlagos. Em entrevista ao Grande Prêmio no paddock de Interlagos, Lotterer admitiu a superioridade dos japoneses, mas não hesitou ao dizer que a Audi “precisará fazer seu carro se comportar melhor”.

Audi e-tron quattro e Toyota TS-030 já estiveram bastante próximos nas 6 Horas de Silverstone (Foto: Audi)

“A Toyota tem uma vantagem pois eles podem acionar o sistema híbrido a partir do zero e nós temos que esperar até 120 km/h, mas a pista também tem curvas de alta onde o nosso carro é bom”, comentou o piloto. O acionamento do sistema híbrido resulta em uma potência extra para o protótipo – no caso da Toyota, isso decorre em mais aceleração.

O que, para Lotterer, equivalerá os dois protótipos na corrida é que “as corridas de endurance não são apenas de velocidade, há muitas coisas envolvidas. Esperamos ser os mais rápidos o tempo todo”, falou, deixando claro que a Audi não espera bater a Toyota somente na pista.

Junto de Marcel Fässler e Benoît Tréluyer no Audi e-tron quattro, o carro híbrido da Audi, Lotterer assumiu a liderança da temporada inaugural do WEC na última prova, em Silverstone, onde venceu pela segunda vez consecutiva. Com 4,5 pontos a mais que Tom Kristensen e Allan McNish, que pilotam o modelo antigo da montadora, o R18 ultra.

“A disputa será dura com o nosso outro carro, mas a nossa meta é continuar à frente deles” na briga para se tornarem os primeiros campeões WEC, que foi recriado em 2012. Errar, na reta final, está fora de cogitação, dado o deslize que, na abertura do campeonato, já custou caro: “Não podemos cometer erros, pois já cometemos um em Sebring que nos custou muitos pontos”, encerrou o alemão.

O Grande Prêmio cobre ‘in loco’ a quinta etapa do Mundial de Endurance, em Interlagos, com os jornalistas Felipe Giacomelli e Renan do Couto. Acompanhe o noticiário aqui.

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