Retrospectiva 2018: Em ano de estreia, Nasr leva título no SportsCar. DTM vê show e recorde, mas do vice Rast
A ano de 2018 foi especial para Felipe Nasr: de volta às pistas, já conquistou um título. Ao lado de Eric Curran, levantou a taça do IMSA SportsCar. Já no DTM, o brilho maior, curiosamente, ficou o vice: René Rast venceu seis corridas seguidas para terminar o ano, mas o título ficou com Gary Paffett. E, na Nascar, Joey Logano obteve a conquista inédita
Felipe Nasr não foi visto nas pistas em 2017. Ressaca da saída da Sauber? Talvez. Na verdade, não importa. 2018 foi a volta por cima dos sonhos do piloto brasileiro, que provou seu talento garantindo título.
Foi no IMSA SportsCar. Nasr deixou os fórmulas, se mudou para o endurance e, logo no primeiro ano ao lado de Eric Curran na Whelen, se sagrou campeão. Das 10 corridas nos Estados Unidos, só precisou vencer uma, em Detroit. Mas a regularidade falou mais alto: foram cinco pódios, mais do que qualquer outra dupla.
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Claro, houve drama também: na corrida derradeira, as 10 Horas de Petit Le Mans, o motor teve problemas no stint final e a estratégia foi com o combustível no limite, mas a oitava colocação garantiu a dupla com 277 pontos, três a mais que os americanos Jon Bennett e Colin Braun.
"Eu acho que o momento que eu estou hoje, estou super contente, me sinto completo. Em um ambiente em que eu consigo… Eu estava com saudade de ganhar corrida, brigar pelo campeonato, e pude fazer isso logo no meu primeiro ano", disse ao GRANDE PRÊMIO.

Nasr renasceu, mostrou que tomou a decisão correta ao se mudar para o endurance. E, se o pachequismo do fã vibrar, 2019 promete: ele correrá ao lado de Pipo Derani (apenas nono colocado em 2018, a última da Tequila Patrón no camperonato) na categoria americana.
Além da futura dupla, o IMSA viu a chegada de Hélio Castroneves. Ao lado de Ricky Taylor, o piloto da Penske foi sétimo na estreia. Já na abertura, em Daytona, a categoria ainda viu Fernando Alonso começar sua aventura no endurance, além de Christian Fittipaldi triunfar em "prova de sobrevivência".

DTM
Já a categoria de turismo alemã, enquanto tenta contornar a crise após a saída da Mercedes para 2019, teve um final histórico que pode dar forças para o futuro.
O curioso é que o campeão, Gary Paffett, vencedor de três corridas, não foi o ator principal desta história. Nem Paul Di Resta, que também levou três provas e que estava colado no rival antes da etapa final (mas que terminou apenas em 3°).
A estrela foi René Rast. Por quê? Bem, porque vencer seis corridas seguidas, em qualquer categoria, parece algo impossível. Ainda mais se estas seis forem as derradeiras do campeonato e com o piloto longe do título – claro, se aproximou ao final, tamanha a pontuação obtida, mas nem isso tornou possível.
"Parece um recorde para a eternidade. Não acreditávamos que era possível. Você não pode cometer erros. E foi isso que ele fez. Foi fantástico", disse Dieter Gass, chefe da Audi, equipe de Rast.
O alemão venceu as duas corridas em Nurburgring, Red Bull Ring e Hockenhein: de 93 pontos para Paffett, diminuiu para quatro.

Longe dessa história, porém, ficou Augusto Farfus. Em seu pior ano no DTM, o brasileiro foi 16°, ou antepenúltimo.
"A temporada foi péssima, muito, muito ruim", disse ao GP. Não à toa, em 2019 ele deixa o campeonato alemão e se muda para o Mundial de Endurance e GT.
Nascar

A vitória de Logano em Martinsville garantiu seu ticket para a grande final, em Homestead. Enquanto isso, Harvick chegou a ganhar no Texas, mas uma punição acabou tirando seu triunfo. Nesse ponto, Elliott, Kurt Busch, Almirola e Bowyer ficaram para trás, falhando em avançar para a fase final.

