Spengler ganha de Paffett e Green na volta rápida e parte na pole em Oschersleben. Farfus larga em 10º

Bruno Spengler conseguiu uma vitória importante na briga pelo título do DTM. O canadense da BMW superou seus dois principais rivais na disputa da superpole e larga na pole em Oschersleben. Augusto Farfus, com problemas, sai apenas na quinta fila

► As imagens deste sábado do DTM em Oschersleben

A BMW tem o que comemorar neste sábado (15). Com dois pilotos na superpole — disputa que vê os quatro melhores da classificação disputando as posições em sistema de volta rápida única —, a meta era desbancar Gary Paffett e a Mercedes da pole. Com duas chances, conseguiu com o melhor piloto possível, Bruno Spengler, que disputa o título contra Paffett.

Spengler marcou 1min20s916 e sobrou, numa análise supérflua. Mas não foi o que aconteceu numa das sessões mais apertadas dos últimos tempos. Paffett vai largar a seu lado, e para esquentar a disputa, o outro postulante à taça do DTM, Jamie Green, abre a segunda fila e tem ao lado Dirk Werner, que havia surpreendido e marcado o melhor tempo na fase anterior.

Spengler pôs novamente a BMW na pole (Foto: Divulgação)

Augusto Farfus vai largar em décimo lugar, depois de problemas durante o Q3. Os dois ex-F1, Ralf Schumacher e David Coulthard, saem em 11º e 21º, respectivamente.

Saiba como foi a classificação em Oschersleben

Nem bem as luzes vermelhas haviam apagado e a bandeira verde, acenada, a vida pareceu difícil para alguns. Por exemplo Roberto Merhi, que ficou parado na saída dos boxes, soltando faísca pelo difusor. Metros depois de deixar sua garagem, parou ainda nos boxes para desespero de sua equipe, cujos engenheiros praticaram um cooper para identificar o problema. Enquanto isso, Andy Priaulx logo ilustrava as imagens com uma volta pela área de escape, preocupando de leve seu time na BMW. Os dois voltaram à pista. O primeiro não teve lá muito sucesso, não: com uma chance no fim do treino, Merhi ainda deu uma escapada. Não à toa, foi ceifado logo no Q1 e vai largar em 19º. Priualx ainda passou raspando, em 16º.

 
Nos 15 minutos disponíveis, Rockenfeller pulou na ponta e a sustentou até restarem 6min50s, quando Spengler cravou 1min21s593. O canadense logo foi superado por Mortara e depois por um surpreendente Molina, que até a bandeirada viu seu carro patrocinado pela Red Bull estar em primeiro, com 1min21s168. Enquanto Schumacher rodava no miolo da pista, Spengler tirava o doce de Molina ao baixar da casa dos 21, com 1min20s933.
 
O equilíbrio do treino foi tamanho que os 16 primeiros estiveram separados por 0s787. No grupo deles não esteve David Coulthard, coitado. Mas ao menos o escocês se livrou da terrível marca de largar em último, coisa que aconteceu nas últimas duas corridas. Numa evolução considerável, parte em penúltimo na prova de amanhã. Logo indagado pela TV alemã sobre seu desempenho, limitou-se a responder: “Eu sempre dou meu melhor, mas não fui rápido o bastante”. OK, nota-se. Mais à frente, Farfus passou em oitavo.
 
O Q2 começou com o domínio de Ekstrom, com volta na casa de 1min21s0, logo sendo superado por Farfus, que fez 1min21s079, que tomou de volta de Ekstrom. A brincadeira se findou quando Mortara e Green fizeram suas primeiras voltas rápidas. O inglês da Mercedes e seu carro à la McLaren, todo prateado e brilhante. Green se mostrava imbatível com a marca de 1min20s830 durante os 15 minutos até ser superado no fim por Martin Tomczyk, que entubou 1min20s783. Augusto foi despencando na tabela, mas sem melhorar, manteve-se entre o top-10 que o carregava para a fase seguinte – mais especificamente em nono. O décimo, Rockenfeller, e o 11º, Schumacher, fizeram o mesmo tempo até nos milésimos, mas o irmão de Michael levou a pior.
 
Green se mostrou forte de cara no Q3 ao marcar o até então melhor tempo do fim de semana, 1min20s769. Mas a disputa era tamanha que Paffett o superou logo por 0s021. Natural, então, que soasse surpreendente qualquer um que os passasse. Mais ainda quando foi Dirk Werner o autor da façanha, com 1min20s632, que lhe deu o direito de ser o último a dar a volta rápida da superpole. Além deles, Spengler passou para a fase final. E é válido ressaltar que os quatro não deram muitas chances aos rivais. Farfus mal andou direito, deu uma volta com tempo alto e parou nos pits. "Eu tive um problema no Q3 e não pude dar uma volta rápida", disse, sem especificá-lo. "É parte do jogo, mas a sorte não esteve conosco. A gente sempre tenta dar o melhor, mas não foi nem o caso, então isso é desapontador", declarou o décimo no grid.
 
Farfus teve um problema no 'splitter', a parte frontal que funciona como asa, de sua BMW
 
Na disputa para valer, Spengler foi o primeiro a cronometrar e acabaria sendo o melhor de todos: 1min20s916. Green veio na sequência com um tempo mais de 0s3 acima. Paffett andou pouca coisa melhor que Green. E o encanto de Werner havia acabado: cometeu uma sequência de erros.
 
A corrida em Oschesleben está marcada para as 9h (de Brasília). O tempo deve esquentar, segundo a previsão, que pode mudar no comportamento dos carros. Mas será interessante acompanhar o comportamento de Paffett, que já esteve 40 pontos à frente dos rivais e agora vê Spengler 16 e Green 18 atrás com três corridas por disputar. Um resultado reverso de Gary lhe põe aquela pressão que indica que o título dificilmente será seu. E que poria fim ao sonho que já é distante de convencer alguém na F1 a lhe dar um lugar.

Volte em instantes.

DTM, Oschersleben, grid de largada:

 

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