Vanthoor abre caminho, Ramos amplia vantagem, e dupla da Audi vence primeira corrida do Mundial de GT em Zolder

A corrida começou com dois carros da Audi nas duas primeiras posições, com a dupla René Rast/Enzo Ide na ponta, seguida por Vanthoor/Ramos e Jeroen Bleekemolen/Hari Proczyk. Ainda na primeira volta, Matheus Stumpf, que estava entre os ponteiro, acabou tocado e perdeu o pneu, comprometendo sua prova.

 

As duas Audi abriam ligeira vantagem com Vanthoor não deixando o carro 2 despontar. Brigas reais, só um pouco mais atrás. Isso até Vanthoor, com cerca de 15 minutos de prova, resolver partir para o ataque. Na freada da curva, colocou por dentro e Rast acabou fechando a porta e recebendo o toque. Rodou e caiu para quarta posição, ultrapassados por Bleekemolen e Catsburg. Mais atrás, Jimenez vinha tentando fazer prova de recuperação e ganhava a 11ª posição.

 

Com 14 voltas completadas, Richelmi, piloto da GP2 que fazia sua estreia na competição, rodou e ficou em posição perigosa. Veio, então, o safety-car, juntando todo o pelotão. Com a janela de pit-stop aberta, praticamente todos os pilotos aproveitaram a oportunidade e entraram nos boxes para trocar os pneus e ceder o lugar para o companheiro de time.

 

César Ramos assumiu o carro #1 e, consequentemente, a ponta, com Kox em segundo e Proczyk em terceiro. Cacá Bueno apareceu em quinto. Com 18 voltas veio a relargada e Ramos só abriu vantagem para Kox, que também tinha distância folgada de Proczyk. A principal briga ficava concentrada aí, pelo último degrau do pódio. 

 

Wolf rodou com seu Mercedes e sujou a pista. A direção de prova, no entanto, deixou a prova rolar. Assim, a disputa teria que ser na pista. E tudo ficou para a última volta. 

Proczyk conseguiu se manter em sua posição, mas Ide, Soucek e Cacá intensificaram os ataques. Soucek e Cacá ficram lado a lado e o piloto da Aston Martin acabou passando direto em uma curva e levou vantagem sobre o carro da BMW. Buhk foi para cima do brasileiro e acabou o tocando Cacá, que acabou parando na brita. Fim de prova melancólico para o dono do carro #0.

 

Na classificação final, ficou em 21º, uma posição à frente de Nelsinho Piquet, o outro carro do time brasileiro.

"Larguei consciente, e saí dos acidentes, passei alguns concorrentes, o que nessa pista é quase impossível, mostrando nosso desempenho bom e competitivo na corrida, como sempre. Com um safety-car antes da janela de pit stop, ganhamos muitas posições, pulando pra quinto. Nosso pit foi perfeito. Na parte em que o Cacá (Bueno) assumiu, ele ficou preso, não conseguiu passar, mas segurava bem a posição. E, no fim um adversário deu no meio do nosso carro, o que comprometeu todo o nosso fim de semana. O quinto ou sexto lugar seria muito bom, e ainda marcaríamos alguns pontos. Uma pena", lamentou Jimenez.

"Larguei em oitavo e estava com um bom ritmo, já tinha ultrapassado três carros, só que na segunda curva uma Lamborghini veio forte e me bateu na traseira. Eu estava no meu traçado, e o concorrente veio por dentro me atropelando. Com a batida, quebrou a roda e o pneu soltou. Fui me arrastando até os boxes para trocar o pneu. E depois da troca, vim buscando posições, mas saímos uma volta atrás, não tinha mais como recuperar. Uma pena, porque fizemos uma ótima largada. Amanhã vamos largar lá atrás e começar tudo do zero, toda batalha de novo", disse Stumpf.