A emissora se abasteceu com Fittipaldi, ganhou força com Piquet e levou categoria para o grande público com Senna. Barrichello e Massa também tiveram suas vitórias narradas na emissora que não renovou os direitos para 2021.

F1 NA GLOBO AGORA É PASSADO

Das transmissões quase artesanais, com constantes problemas de áudio e imagem, passando pelo programa Sinal Verde, pelo Tema da Vitória, até os dias dos gráficos futuristas…

Do amor e ódio por Galvão Bueno e Cleber Machado aos elogios a Reginaldo Leme e Everaldo Marques…

Da reportagem local do correspondente Hélio Costa ao adeus com a especialista Mariana Becker

O fã brasileiro de F1, pelo sim ou pelo não, tem uma ligação intensa com a TV Globo, que não exibirá o Mundial a partir deste ano.

Antes das transmissões para o Brasil partirem para a Band, o GRANDE PREMIUM relembra algumas das mais marcantes corridas que foram exibidas pela Globo.

A televisão só chegou mesmo à F1 na década de 1970. Coube então a Emerson Fittipaldi abrir caminho com seu primeiro título mundial, em 1972, com a vitória no GP da Itália. A Globo transmitiu a prova para o Brasil. Dois anos depois, o bi de Fittipaldi em Watkins Glen, foi a primeira transmissão feita pela Globo no exterior. 

O GP da África do Sul de 1983 valia o segundo título mundial de Nelson Piquet. Mas as dificuldades na transmissão da última prova da temporada eram tantas que o sinal vindo via satélite direto de Kyalami calou Galvão Bueno e Reginaldo Leme. Coube então a Léo Batista, que estava no estúdio no Rio, segurar a transmissão por mais de cinco minutos.

Se os brasileiros foram apresentados à F1 com os títulos de Fittipaldi, no GP do Brasil de 1986, esse público já estava mais do que acostumado com a bandeira verde-amarela no alto do pódio. O que dizer então quando Piquet e Senna fizeram uma dobradinha para o país em pleno autódromo de Jacarepaguá?

“O Brasil inteiro aguarda. Ayrton Senna do Brasil. Campeão mundial de 1988”. Assim Galvão narrou o primeiro título mundial de F1 daquele que também foi seu grande amigo.

Desde que entrou na F1, Senna perseguia a primeira vitória em casa. Foram, no entanto, sete oportunidades perdidas entre batidas na trave, quebras e até desclassificação. Sob a voz do amigo Galvão, veio enfim a primeira vitória sobre o conhecido drama de fazer sete voltas com apenas a sexta marcha.

No fim de 1991, Galvão havia saído da Globo para liderar o projeto da Rede OM, no Paraná. Coube a Cleber Machado narrar o tradicional GP de Mônaco, em que Senna simplesmente ‘segurou no braço’ Nigel Mansell e o estupendo FW14, como ele bem resumiu.

O 1º de maio de 1994 é aquele dia em que você se lembra exatamente onde estava e com quem na hora do GP de San Marino. Na TV, a morte de Senna foi transmitida ao vivo do circuito de Ímola. Enquanto a equipe médica atendia o tricampeão, era possível perceber a voz embargada de Galvão.

Depois de sete anos de espera, o Brasil voltou a ouvir o Tema da Vitória, no GP da Alemanha de 2000. Rubens Barrichello fez o país voltar no tempo ao subir no lugar mais alto de uma prova em que se valeu da estratégia de pneus em um ‘chove e não molha’ para vencer.

No GP da Áustria de 2002, a Ferrari ordenou uma troca de posições. Michael Schumacher ultrapassou Rubens Barrichello a metros da linha de chegada para vaias da torcida no autódromo. O ‘hoje não, hoje não, hoje sim’, do narrador, ficou para a história.

Felipe Massa conseguiu ser campeão por 38 segundos naquele GP do Brasil de 2008. Galvão foi à loucura com a conquista do título, mas logo a imagem mostrou Lewis Hamilton fazendo a ultrapassagem que faltava sobre Timo Glock para conseguir um ponto a mais e assim levar o título.

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