“Agoniado” e agora vice-líder, Rosberg aponta domingo do GP de Cingapura como “dia mais complicado do ano”

Um fio com defeito na coluna de direção do carro #6 não deixou Nico Rosberg disputar o GP de Cingapura do modo como o alemão esperava: encarando Lewis Hamilton de igual para igual no circuito de rua de Marina Bay

Ao ligar o carro para se dirigir ao grid de largada, cerca de meia hora antes das luzes — as vermelhas, claro — se apagarem para o GP de Cingapura começar, Nico Rosberg percebeu que algo estava errado. O volante do F1 W05 Hybrid de número #6 não respondia devidamente aos comandos do piloto.

Já no grid, a Mercedes tentou substituir o volante, e nada. Não houve tempo hábil para que uma solução fosse encontrada — além disso, o carro estava em regime de Parque Fechado desde o início da classificação, como determina o regulamento.

O drama ficou evidente, mesmo, quando Rosberg não saiu do segundo lugar do grid para a volta de apresentação, precisando ser empurrado de volta para os boxes, onde ainda conseguiu largar do pit-lane.

Problemas eletrônicos fizeram Nico Rosberg abandonar o GP de Cingapura (Foto: Getty Images)

“De repente, todos os botões e o rádio pararam de cumprir suas funções: eu não tinha potência do motor híbrido, DRS, só as borboletas do câmbio funcionavam, mas era meio estranho, pois eu só conseguia subir duas de uma vez, não tinha quarta ou sexta marchas. Então tudo voltou a funcionar por algumas voltas antes de ter outra pane. Não havia esperança. E, no final, não havia nada que eu ou o time pudéssemos fazer. Por razões de segurança, eles me mandaram recolher”, descreveu Rosberg a respeito do difícil domingo.

Difícil domingo, aliás, é um eufemismo. “Foi o dia mais complicado do ano para mim e agora posso dizer que estou em agonia e desesperadamente tentando obter uma explicação lógica para tudo isso”, lastimou.

A Mercedes explicou: um fio da coluna de direção apresentou defeito. De acordo com Toto Wolff, esse fio não estava no fim de sua vida útil, tampouco desgastado, por isso o time ficou surpreso.

“Sei que tentamos de tudo”, reconheceu Rosberg. “Mas não adiantou, pois não era o volante em si, mas algo na coluna de direção que conecta a o volante ao carro. Quando finalmente consegui andar, foi qualquer coisa, menos divertido, começar atrás da Caterham.”

Ele ficou algumas voltas preso atrás de Marcus Ericsson até entrar nos boxes para fazer o primeiro pit-stop. Em uma situação de emergência, a Mercedes pediu para que ele conduzisse o carro lentamente até a posição do time no pit-lane e planejava tentar fazer o carro pegar “no tranco” após a troca de pneus. Não deu certo.

O resultado foi mais do que negativo para Rosberg. Com a vitória de Lewis Hamilton, que largou na pole-position, toda a vantagem de 22 pontos que ele tinha para o inglês se transformou em um déficit de três.

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Hamilton retribui sorte com atuação de gala em Cingapura e recupera momento na luta pelo título

LEWIS HAMILTON PARECE TER DADO ADEUS AOS AZARES, e agora a sorte lhe sorri quase como Daniel Ricciardo. E o inglês retribui, aproveitando ao máximo todas as boas oportunidades com atuações de gala. Em Cingapura, não foi diferente. Enquanto na posição imediatamente atrás, o rival e companheiro de Mercedes, Nico Rosberg, vivia um drama por conta de um problema no volante do #6, Hamilton, na pole, se manteve concentrado e frio.



Saiu bem da posição de honra e fez o que se esperava dele, ou seja, liderou tranquilo até a metade da corrida em Marina Bay, com um desempenho impecável. Com um Rosberg combalido e fora do caminho — a falha que o deixou parado no grid e o fez largar do pit-lane se agravou e impediu o então líder do campeonato de prosseguir na prova —, a segunda parte da prova tendia ser igual, depois de ter aberto distância rapidamente para Sebastian Vettel e Fernando Alonso no início e sequer tido preocupações durante as duas primeiras paradas. Só que as coisas para Hamilton não podem ser tão fáceis.



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