Com futuro em aberto, Alonso se cerca de mistérios e vive com única certeza: a de que não querer motor Honda

Depois de um GP da Bélgica sofrível, em que Fernando Alonso abandonou mesmo sem problemas no carro, parece claro que a paciência com o projeto McLaren-Honda acabou. Assim, o espanhol praticamente impõe à equipe: ou corremos com outro motor, ou arranjo coisa melhor para fazer em 2018

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Fernando Alonso precisou apenas de uma corrida em pista de alta velocidade para se lembrar do grande problema que carrega na parte de trás do seu carro. Mesmo depois de bons treinos livres e com um bom 11º lugar no grid de largada, Alonso sofreu com a McLaren e o motor Honda. Depois de tanto perder posições na interminável reta Kemmel, ficando com chances remotas de pontuar, Fernando simplesmente abandonou – mesmo que a Honda tenha apontado que o motor estava em perfeitas condições.
 
O episódio acima é apenas mais uma desventura de um piloto que cansou. A cada entrevista sarcástica, a cada alfinetada na Honda, a cada comentário sobre a possibilidade de trocar de equipe fica mais claro que Fernando está próximo de explodir. Chegou naquele ponto da relação em que é eu ou ela – ou a McLaren chuta a Honda, ou perde Alonso.
 
Dia após dia isso fica mais claro. A já cogitada parceria da McLaren com a Renault passou a ser atrelada à permanência de Alonso pela mídia europeia. Não é só como se os britânicos quisessem se livrar da Honda, é como se eles precisassem, sob o risco de perder sua grande joia.
ALONSO COLHE O QUE PLANTA E FICA SEM NOVAS ALTERNATIVAS.
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Alonso, por sua vez, jura de pés juntos que a McLaren não é sua única opção para 2018 – de acordo com o piloto, 40% das propostas recebidas seguem em aberto. Podemos supor que uma delas é a renovação de contrato, que só é viável em caso de troca do fornecedor de motor. A outra é uma verdadeira incógnita, podendo ser a Williams. Não deve ser a Renault, antiga casa, que acha que Fernando não viria em boa hora. Muito menos as três grandes equipes – Mercedes, Ferrari e Red Bull –, virtualmente com todas suas vagas ocupadas.
 

Como se vê, Alonso não tem alternativas incríveis no horizonte. Trocar McLaren por Williams seria andar para trás. Isso indica que, por mais que Fernando tente passar a impressão de que quem perde é a McLaren em caso divórcio, o espanhol também corre o risco seríssimo de ver sua carreira afundar ainda mais.
Fernando Alonso vive mais uma temporada frustrante na McLaren-Honda (Foto: McLaren)

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Alguém poderia dizer que Alonso também está de olho no que acontece fora da F1. E esse alguém provavelmente estaria certo, dada a recente afinidade do espanhol com a Indy. Aliás, a categoria americana parece o único lugar que o piloto toparia correr com motor Honda. Mas é muito difícil falar sobre o mercado de pilotos da Indy, e por um grande motivo: a ‘silly-season’ do certame está pegando fogo, e apenas meia-dúzia de pilotos parece ter convicção sobre o que esperar de 2018. Fernando certamente é capaz de encontrar espaço lá, mas apontar alternativas é um tiro no escuro. A Andretti, que o recebeu em maio para as 500 Milhas de Indianápolis, leva alguma vantagem, mas é difícil apontar muito mais do que isso.
 
Faltando pouco para o mistério de Alonso ser revelado, temos apenas algumas peças do quebra-cabeça encaixadas. A carreira vitoriosa do espanhol pode mudar radicalmente de rumo, ou seguir em condições parecidas. Independente da decisão, parece claro que ela vai acabar com o sofrimento dos últimos três anos do projeto McLaren-Honda.
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