Ex-presidente da Ferrari, Marchionne não resiste a piora do quadro de saúde e morre aos 66 anos

Presidente da Ferrari até o último sábado, 21 de julho, Sergio Marchionne não resistiu ao agravamento repentino do estado de saúde, em decorrência de um câncer de pulmão, após uma cirurgia que fez no ombro. Marchionne, que tinha 66 anos, planejava a aposentadoria para o fim do ano

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O ex-presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, morreu nesta quarta-feira (25), em decorrência de um câncer de pulmão. Italiano de Chieti, Marchionne tinha 66 anos e sofreu uma rápida piora no estado de saúde após uma cirurgia realizada no ombro.

A notícia do problema de saúde de Marchionne pegou a todos de surpresa. O procedimento ao qual se submeteu não era de alta gravidade. A forma repentina como a situação se desdobrou foi evidenciada em nota divulgada por John Elkann, trineto do fundador da Fiat, Gianni Agnelli, quando o afastamento de Marchionne foi confirmado.

 
"Fiquei profundamente triste ao saber do estado de saúde de Sergio. É uma situação inimaginável até horas atrás, que nos deixa com um senso real de injustiça"
 
Marchionne piorou substancialmente nas horas seguintes da cirurgia e entrou em coma até não resistir.
O anúncio da morte foi feito pela Exor, uma companhia que tem entre suas subsidiárias a Ferrari.
 
Em nota à imprensa, a EXOR afirma que recebeu a notícia da morte de Marchionne “com a maior tristeza”.
 
“Infelizmente, o que temíamos aconteceu. Sergio Marchionne, o homem e amigo, se foi”, disse Elkann. “Acredito que a melhor maneira de honrar a memória dele é construir a partir do legado que ele nos deixou, continuando a desenvolver os valores humanos de responsabilidade e franqueza dos quais ele era o mais ardente campeão”, seguiu.
 
“Minha família e eu serremos eternamente gratos pelo que ele fez. Nossos pensamentos estão com Manuela e os filhos dele, Alessio e Tyler”, declarou. “Eu gostaria de pedir a todos que respeitem a privacidade da família de Sergio”, concluiu.
Sergio Marchionne assumiu cargos de chefia na Fiat no começo dos anos 2000 (Foto: Wikimedia)
Funcionário da Fiat desde 2003, Marchionne assumiu a diretoria-executiva no ano seguinte e cresceu nos quadros até se tornar o presidente da companhia e da Ferrari em 2014, quando Luca di Montezemolo resolveu deixar ambos os cargos. Ele planejava a aposentadoria para o fim de 2018.
 
Sergio Marchionne deixa esposa e dois filhos.
Diretor-executivo da F1, Chase Carey lamentou a morte de Marchionne e prestou condolências à família.
 
“Nós estamos profundamente entristecidos com a morte de Sergio Marchionne”, disse Carey. “Ele era um grande líder não só para a F1 e o mundo do automóvel, mas para o mundo dos negócios em geral”, continuou.
 
“Ele liderou com grande paixão, energia e discernimento, e inspirou todos a seu redor. A contribuição dele com a F1 é imensurável”, frisou. “Ele era também um amigo verdadeiro para todos nós e sua ausência será profundamente sentida. Neste momento difícil, estendemos nossas mais profundas condolências à família dele, seus amigos e colegas”, completou.

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