F1 volta e chega à Bélgica em meio a turbilhão de notícias sobre lugar de Massa em 2014

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O reencontro do pessoal da F1 nesta quinta-feira (22) em Spa-Francorchamps não produziu tanta notícia quanto se esperava – ou, pelo menos, não rendeu como as informações e/ou os boatos que alimentaram as férias da categoria desde o GP da Hungria. Se dois empresários acabaram movimentando as peças pelo lado da Red Bull, um colocando pólvora e outro apagando o fogo, o cenário voltou a ficar como nos últimos anos nos bastidores, concentrado na vaga de Felipe Massa, tão ameaçado quanto antes.

 

A categoria deixou Budapeste debatendo a presença de Luís García Abad no motorhome da Red Bull em clara conversa com o chefe Christian Horner. Dias depois, os dois lados corroboraram que o mote era, sim, uma intenção de fichagem de Fernando Alonso para a vaga de Mark Webber, pondo o espanhol como concorrente ao lado dos candidatos já conhecidos do grande público, Kimi Räikkönen e Daniel Ricciardo. E com o dirigente dizendo que queria formar a dupla mais forte possível do grid, as chances do piloto oriundo da Toro Rosso ali pareciam mínimas. Mas logo se iniciaram os primeiros rumores de uma possível volta do finlandês à Ferrari, enquanto Alonso levava um pito histórico de Luca di Montezemolo.

A ‘Autosprint’ italiana e o ‘Ilta Sanomat’ finlandês usaram em suas publicações que Räikkonen “concordou” e “decidiu”, respectivamente, retornar ao time que o enxotou depois do fim de 2009 – algo que, por si só, parecia estranho, afinal as relações entre a cúpula italiana e o piloto ficaram estremecidas. O negócio foi ganhando corpo quando a BBC admitiu que esta mesma direção avaliava que Kimi era “o melhor substituto” para Massa. E aí foi às alturas quando o manager Steve Robertson revelou que as negociações com a Red Bull haviam se encerrado, dias depois em que o alemão ‘Sport Bild’ – jornal que tem comumente acertado as notícias da F1 – cravou que a equipe havia optado pelos serviços de Ricciardo.

 

Ao passo que a situação na Red Bull realmente parece deveras inclinada a mudar só de australiano para o ano que vem, uma sequência de três notícias de veículos respeitados confrontam entre si e dão ar de mistério sobre quem vai ser o companheiro de Alonso. No início desta semana, o bem informado Eddie Jordan, comentarista da BBC, falou que a Ferrari pode até fazer o anúncio de Räikkönen no GP da Itália. Hoje, o respeitado ‘The Guardian’ trouxe que a equipe vai avaliar Massa até Monza, dando, assim, ao brasileiro duas provas para o tudo ou nada. O tempero foi salpicado pelo alemão ‘Die Welt’, que desvelou conversas entre Maranello e Nico Hülkenberg, buscando até uma linha plausível iniciada no ano passado, à época da contratação do piloto com a Sauber, de que seria o primeiro passo para a chegada ao time italiano em 2014.

 

Massa, 111 pontos atrás de Vettel e 72 menos que Alonso, voltou a ter uma temporada inconstante após um início promissor. Como em 2012, chegou às férias da F1 ameaçado, porém consciente de onde deve trabalhar mais para se sustentar no cargo – a cabeça. No ano passado, a segunda metade foi tão boa que lhe garantiu mais este ano. Se as três informações acima fossem colocadas à mesa, ainda que se choquem, Felipe só teria este GP da Bélgica para dar a vida, fazer a pole, vencer e liderar todas as voltas – só não precisaria fazer chover porque as florestas das Ardenas se encarregam disso. Do contrário, as notícias vão partir para um lado raramente visto na F1: para onde Massa vai e se haverá um brasileiro no grid no ano que vem, enquanto Räikkönen e Hülkenberg se digladiam pelo carro sem dono.

A não ser que o esquecido Kamui Kobayashi, contratado da Ferrari, faça o movimento do bote mais surpreendente dos últimos tempos e Felipe Nasr brote em uma equipe qualquer.

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