Na festa de 600 GPs da Williams, "impotente" Maldonado resume carro de 2013: "É um problema"

A Williams vai completar no GP da Alemanha da próxima semana seis centenas de corridas no Mundial de F1. Essa marca importante, porém, é alcançada em uma das piores crises da história da equipe, que construiu um carro fraco ao qual Pastor Maldonado alega não conseguir se adaptar

A Williams está prestes a se tornar a terceira equipe da F1 a chegar à casa de 600 GPs na F1, depois da Ferrari e da McLaren. Essa importante marca será atingida daqui a uma semana, em Nürburgring, no GP da Alemanha, mas o time começa as celebrações já no GP da Inglaterra deste domingo (30), em casa e diante da torcida.

Contrasta com o clima de festa, porém, a má fase da escuderia de Grove, sete vezes campeã do Mundial de Pilotos e nove do Mundial de Construtores. O time não marcou nenhum ponto nas sete primeiras corridas de 2013, graças a um carro malnascido que está dando bastante trabalho para Pastor Maldonado e Valtteri Bottas.

Nos boxes, a Williams faz referências à importante marca que está alcançando (Foto: Facebook/Williams)

E, em meio a todas as dificuldades que enfrenta, Maldonado não está nem um pouco satisfeito com a situação. O vencedor do GP da Espanha de 2012 mostra, o tempo todo, que está faminto para voltar ao topo do pódio ao reclamar de como o fraco desempenho do FW35 limita seu potencial.

O piloto também não está contente por ver o finlandês Bottas, um novato na F1, andando a sua frente. Embora se considere mais rápido que o colega, Maldonado entende que o jovem se adaptou melhor ao “carro que não é um carro, é um problema”.

Em entrevista a jornalistas no paddock de Silverstone nesta quinta-feira, o venezuelano demonstrou os sentimentos distintos que tem no momento em que a Williams se prepara para a 599ª prova na F1. “Primeiro, estou contente por tudo que prepararam para os 600 GPs da Williams, que vão começar a celebrar aqui, na frente dos fãs, da fábrica, da família da Williams. Quer momento melhor para comemorar esse número do que em casa?”, disse.

Ao mesmo tempo, Maldonado se sente “impotente” dentro do time que, no passado, teve pilotos como Nigel Mansell, Damon Hill e Alain Prost, entre outros. “Não é claro, é óbvio que não estou contente. Não posso esconder, não vou negar nunca, não fomos suficientemente capazes para resolver o problema. Uma equipe assim não é para estar como está. Temos todas as ferramentas para brigar por uma boa posição no campeonato e, por algum motivo, não conseguimos”, disparou.

“Porém, é parte do jogo”, reconheceu. “Estamos na F1 e isso serve para aprender, como experiência, e me senti privilegiado por estar nessa equipe, por ter vencido meu primeiro GP por essa equipe, por ter dado mais uma vitória a eles.”

Maldonado não se preocupa em esconder o descontentamento com a Williams (Foto: Getty Images)

Perguntado pelo GRANDE PRÊMIO sobre o bom desempenho de Bottas, Maldonado ressaltou que a diferença entre ele e o colega está no diferente estilo de pilotagem que eles têm, “sobretudo no Canadá”. Há três semanas, o finlandês superou Pastor pela quinta vez em treinos classificatórios em sete provas, e pela quarta vez consecutiva.

“Ele conseguiu melhores classificações do que eu, mas creio que não conseguiu tudo que eu consegui na F1. As coisas mudam muito rápido. Não creio que ele seja mais rápido do que eu, todavia, creio que seja um grande piloto”, elogiou.

“Só que nenhum de nós dois vai realizar um milagre. Com todos os problemas que tivemos neste ano, ele se adaptou melhor aos problemas. O carro não é um carro, é um problema, e ele se adaptou melhor”, disparou.

Com relação aos rumores de que poderia deixar a Williams, um pouco também por causa dessa insatisfação, Maldonado falou que “não conversou com nenhuma outra equipe” e, por ora, está concentrado na equipe de Grove. “Estou concentrado na Williams. 100% Williams. Creio que a equipe tem muito potencial e quero continuar aqui na próxima temporada. Não depende só de mim, depende também da equipe, e vamos ver o que o futuro nos traz”, afirmou o venezuelano.

Ex-pilotos da Willams, Webber e Button ressaltam importância de Frank Williams

Na entrevista coletiva oficial da FIA nesta quinta-feira, Mark Webber e Jenson Button foram convidados a comentar a marca de 600 GPs da Williams.

Webber, que defendeu a escuderia entre 2005 e 2006, destacou o quanto Frank Williams se empenha para manter o time bem. “Quando eu estava lá, ele trabalhava seis dias por semana, ficava bem feliz quando ele te via chegar na fábrica em um sábado, por qualquer razão, mesmo que não tivesse motivo, apenas para dizer oi. Ele estava feliz por você estar lá”, contou o piloto de 36 anos, hoje na Red Bull. “Ele é um cara incrível para o esporte”.

Revelado pelo time à F1 em 2000, Button disputou apenas uma temporada com o carro azul e branco e falou não só de Frank, mas também de Patrick Head, que por décadas esteve junto do fundador e fez parte de todas as conquistas importantes da esquadra. “São lendas. Tenho excelentes memórias deles e de todo o time. [Chegar a 600 GPs] é uma grande conquista. Não é uma montadora, é uma equipe de corridas de verdade e é o que eu mais gosto disso, como é difícil conseguir o dinheiro. 600 GPs, uau, é fenomenal”, disse o piloto da McLaren.

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