Em São Petersburgo, Indy aponta 2018 de corridas malucas. E com carros ainda indomados por pilotos

A primeira corrida da Indy em 2018 foi definida por erros dos pilotos, que se tornaram mais frequentes. Seguindo essa tendência, a expectativa é de que o ano tenha corridas malucas e resultados estranhos – consequência do novo carro da categoria

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Os fãs mais aficionados da Indy já esperavam uma corrida diferente em São Petersburgo neste domingo (11) – o circuito de rua costuma prover resultados aleatórios, vide vitória de Sébastien Bourdais em 2017. Chegou 2018 e o raio caiu no mesmo lugar – Bourdais voltou a vencer, mesmo que com uma pitada de sorte. Mas o triunfo do francês não tem a ver apenas com o traçado da Flórida: após uma corrida marcada por erros de pilotos, um deles acabando com Robert Wickens e Alexander Rossi, a impressão é de que erros voltarão a ser decisivos no futuro.
 
Isso acontece porque os novos carros da Indy simplesmente não foram domados até aqui. Rossi perdendo a freada e jogando Wickens no muro foi o tipo de erro que marcou a corrida. Scott Dixon acertou Takuma Sato e fez a mesma coisa voltas antes. Mesmo logo na largada, Will Power perdeu controle sozinho na hora de acelerar e rodou. Não parece coincidência que esses incidentes tenham se intensificado justamente na primeira corrida com um bólido 100% novo.
 
Cedo ou tarde, os carros novos vão deixar de ser um mistério. Os erros vão voltar a diminuir. Enquanto isso não acontece, as corridas da Indy vão ter sempre o fator incógnita e resultados estranhos – como Bourdais vencendo.
Sébastien Bourdais venceu a corrida maluca de St. Pete (Foto: IndyCar)

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Mas é evidente que nem todo mundo que se deu mal na corrida teve culpa. Wickens abandonou após dominar em St. Pete, deixando claro que venceria a prova em condições normais. Depois do incidente com Rossi, fica apenas o gosto amargo do revés.
 
“Não tive a melhor relargada do mundo”, admitiu Wickens. “Me defendi um pouco e falei para mim mesmo que se o Alex quisesse tentar, ele não faria a curva. Eu dei espaço por dentro, mas acho que ele simplesmente não conseguiu segurar e me acertou. Seria um conto de fadas terminar tão bem, mas tem vezes que simplesmente não é para ser”, lamentou.
Rossi, por sua vez, também não fica feliz. Mas com uma visão diferente: o americano acredita que Wickens forçou o incidente, mesmo que sem querer, ao mudar de trajetória muito tarde.
 
“Minha situação era perfeita na aproximação da curva 1, e eu sabia que não teria muitas outras oportunidades. Óbvio que ele tinha um carro bom ao longo do dia, além de fazer um ótimo trabalho. Ele defendeu posição, seu direito, mas ao fazer isso me colocou na parte suja da pista na aproximação da curva. Com esses carros fica difícil não deslizar, mesmo na parte limpa da pista. Na parte suja, fica complicado. É uma grande pena, nunca gostaria de ver isso acontecendo. Me sinto mal porque poderia ter vencido e ele poderia ser segundo”, avaliou Rossi.
Alexander Rossi e Robert Wickens: o grande momento da corrida (Foto: IndyCar)

Quem riu por último foi Bourdais. O francês estava conformado com o pódio, que já seria um belo feito para a Dale Coyne, quando o grid se juntou após duas bandeiras amarelas seguidas.

“Eu estava saindo tanto de frente e, tão logo eu ficava atrás de tráfego, eu não conseguiu achar tempo de volta. Estava muito feliz com o terceiro lugar", apontou Bourdais. "Depois que os caras [Wickens e Rossi] me superaram na sequência de pits, eu só pensei em segurar quem vinha atrás. O pódio seria um ótimo jeito de começar o ano, mas aí veio a amarela e ficou claro que seria uma loteria. Pensei que seria horrível, como todo mundo achando que podia ganhar e empilhando carros na curva 1. Não estava completamente errado. Não completamente certo, mas não completamente errado", brincou.

Bourdais foi o grande beneficiado do incidente, mas não o único. Graham Rahal, quase esquecido ao longo das 110 voltas, surgiu em segundo após escapar ileso do toque entre Wickens e Rossi.

“Eu vinha por dentro do Bourdais na relargada, vi a sujeira na pista e pensei que não ia dar certo", recordou Rahal. "Eu pensei ‘fica em quarto, leva o resultado para casa’. A próxima coisa que eu vejo é a fumaça [do acidente]. Deu mais certo do que imaginava. Fico mais do que satisfeito por voltar ao pódio. Nossa equipe fez um grande trabalho de estratégia e, francamente, não acho que isso caiu do céu”, frisou o americano.

Graham Rahal ganhou um pódio de presente (Foto: IndyCar)
Se alguns bateram por erros dos pilotos, outros explicam acidentes por comportamentos erráticos do carro. Matheus Leist, que deixou impressão muito positiva ao anotar o terceiro melhor tempo na classificação, teve um domingo infernal. Primeiro veio a falha no câmbio, depois veio uma saída súbita de frente que causou uma batida terminal.
 
“No warm up hoje pela manhã, a gente já tinha identificado um problema eletrônico e infelizmente voltamos a sofrer uma pane no câmbio”, falou Leist. “Eu não conseguia subir ou descer as marchas. Depois, ficamos por dez voltas no pit tentando resolver o problema. Saí do box mas voltamos a ter a falha. Na segunda tentativa de voltar a corrida, o carro saiu muito de frente na curva 3 e não consegui evitar o contato com o muro. É uma pena, porque a gente tinha um carro rápido e um real potencial de brigar pelo pódio logo em minha primeira corrida na Indy, o que seria uma maneira fantástica de coroar este final de semana”, ponderou.

Assim como Leist, Kanaan teve um dia agitado e acidentado. Mas que teve um final mais positivo: depois de rodar na largada e cair para último, o brasileiro se recuperou parcialmente e terminou em 11º.

O pódio do GP de São Petersburgo (Foto: IndyCar)

“Foi um dia complicado", resumiu Kanaan. "Me acertaram no começo, o que não foi bom, mas nos recuperamos do fim do grid e passamos muitos carros. Foi um dia tranquilo nos boxes, justamente o que pedi ao pessoal. O objetivo era um top-10 e ficamos em 11º, então faltou pouco. Mas vamos aceitar isso e ir em frente", encerrou.

A próxima etapa da Indy é somente em abril, no dia 7. A categoria toma quase um mês de folga antes do GP de Phoenix, um oval curto e, teoricamente, uma pista em que os pilotos ao menos fazem ideia do que esperar, já que lá realizaram os testes coletivos de pré-temporada.

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