De olho no mercado nacional, Ducati abre subsidiária no Brasil e inicia montagem da Diavel em Manaus

Gabriele Del Torchio, presidente da Ducati, esteve nesta segunda-feira (22) em São Paulo para anunciar a abertura de uma filial da montadora de Borgo Panigale no Brasil. Diavel será primeiro modelo a ser montado na fábrica da Dafra em Manaus

A cúpula da Ducati esteve em São Paulo nesta segunda-feira (22) para anunciar a abertura de uma subsidiária no Brasil, a ‘Ducati do Brasil Indústria e Comércio de Motocicletas Ltda.’. Em uma coletiva de imprensa que contou com a presença de Gabriele Del Torchio, presidente da marca italiana, a fábrica de Borgo Panigale confirmou o fim de seu vínculo com o Grupo Izzo e divulgou que iniciará a montagem de motos na fábrica da Dafra em Manaus. 

A Ducati Motor Holding, que terá controle total da filial brasileira, escolheu Ricardo Susini como diretor-geral da Ducati do Brasil e Marco Truzzi como gerente de serviços e pós-vendas. 
Ducati anunciou subsidiária no Brasil nesta segunda-feira (Foto: Ducati)
“O mercado de motocicletas brasileiro é um dos mais interessantes e o terceiro do mundo”, destacou Del Torchio. “A Ducati tem uma imagem muito forte neste país e nós temos o apoio de muitos entusiastas Ducatistas, motociclistas e fãs em geral”, continuou. 
 
“A abertura desta nova subsidiária e o fato de que nossas motocicletas serão montadas em Manaus, são uma evidência do nosso foco no mercado brasileiro”, ressaltou. “Queremos oferecer aos clientes daqui a melhor venda possível e o melhor serviço pós-venda, e confirmar a importância estratégica deste mercado para a Ducati”, continuou. 
 
Roberto Righi, diretor de vendas da Ducati Motor Holding, afirmou que as operações no Brasil já foram iniciadas e confirmou que a Diavel será a primeira moto da fábrica italiana a ser montada no país. 
 
“Estamos aqui hoje porque o Brasil é um dos mercados de motocicletas mais importantes do mundo e chegou o momento para a Ducati mudar o modelo de negócios neste país”, falou. “Nós decidimos assumir o controle do mercado brasileiro através do estabelecimento de uma filial e suas operações começaram alguns dias atrás.”
 
“Já podemos confirmar também nosso acordo de cooperação com a Dafra Motors para a montagem de motos em Manaus, cuja produção em série será iniciada em breve”, comunicou. “Sabemos que o mercado brasileiro tem um excelente potencial, mas também representa muitos desafios. Porém acreditamos que o sucesso conquistado pela marca nos últimos anos será obtido aqui também, porque queremos dar aos atuais e futuros clientes da marca a experiência que eles merecem.”
 
Susini disse que a filial brasileira tem poucos dias de funcionamento, mas ressaltou que a meta principal da fabricante é montar uma rede de concessionárias de excelência. O responsável pela Ducati do Brasil afirmou que a montadora optou pela Diavel, uma vez que a meta é se posicionar como uma marca Premium. 
Ricardo Susini será o diretor-geral da filial brasileira da Ducati (Foto: Ducati)
“Por entendermos que uma das prioridades que temos neste momento é dar a atenção devida aos nossos clientes atuais, que já possuem motocicletas da marca – e a gente está ciente das dificuldades deles –, inclusive temos o pós-venda como prioridade”, garantiu. “A partir do estante que a gente conseguir montar uma estrutura para poder oferecer este serviço mais rapidamente possível, essa assistência o mais rápido possível, a nossa missão passa a ser a de desenvolver uma rede de concessionárias eficiente.” 
 
“O nosso objetivo aqui no Brasil não vai ser necessariamente uma grande quantidade de concessionárias, para vender um volume muito grande de motocicletas. A nossa prioridade é selecionar as concessionárias por qualidade”, frisou. “O que a gente quer é ter uma rede altamente qualificada para poder não apenas oferecer os produtos de alta-tecnologia e performance que a gente tem, mas para poder oferecer para o cliente a melhor experiência possível em termos de convívio com a marca.”
 
“A opção por iniciar a produção pela Diavel vai de encontro exatamente com a nossa estratégia de se posicionar aqui como uma marca Premium”, justificou. “Ao invés de iniciar a produção com modelos mais de entrada, a gente quer ter condição de oferecer o que a gente tem de melhor em termos de produto, em condições mais competitivas e mais facilitadas para o nosso cliente”, detalhou, explicando que ainda está em andamento o estudo de custo que vai definir o valor da moto no mercado brasileiro. 
Um dos modelos mais importantes da Ducati, Diavel será produzida no Brasil (Foto: Ducati)
Del Torchio fez questão de, mais uma vez, ressaltar que a Ducati não perdeu suas características após ser adquirida pela Audi. 
 
“Ducati vai continuar Ducati”, apontou. “Manter a nossa liberdade, manter a nossa independência, manter os nossos valores e a nossa autonomia. Isso é muito importante e é a melhor garantia para o futuro brilhante da Ducati”, continuou. 
 
Por fim, o chefe da montadora de Bolonha garantiu que o escuderia vermelha seguirá presente na MotoGP e no Mundial de Superbike. 
 
“As corridas continuam como um elemento chave para nosso futuro”, afirmou. “Podemos garantir que vamos continuar na MotoGP e posso garantir que seguiremos no Mundial de Superbike, porque isso é parte da nossa estratégia, é parte da nossa identidade”, concluiu. 
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