Stock Car recebe na temporada 2014 geração de novatos disposta a fazer carreira na categoria

Seis serão os novatos da temporada 2014 da Stock Car. As escolhas de alguns desses pilotos indicam a realidade do automobilismo nacional nesta década

Embora dois deles já tenham estreado na Stock Car, seis serão os novatos da categoria na temporada 2014. Esse grupo é formado por Bia Figueiredo, Rafael Suzuki, Felipe Fraga, Gabriel Casagrande, Felipe Tozzo e Lucas Foresti, reunindo pilotos que representam um importante movimento no automobilismo nacional: o dos competidores que querem fazer carreira na Stock.

A profissionalização vem ocorrendo nos últimos anos têm contribuído para isso. Os mais jovens hoje podem olhar para a categoria e ver exemplos de pilotos que alcançaram estabilidade e longevidade no campeonato.

O nome mais conhecido desse grupo de estreantes é o de Bia Figueiredo. Com bagagem internacional, ela chega para tentar se estabelecer na Stock Car. Bia assinou para fazer a temporada inteira com a ProGP.

Bia Figueiredo estreia na Stock Car em Interlagos (Foto: Rodrigo Berton | Grande Prêmio)

Ao fechar com o time de Duda Pamplona, a pilota deu preferência à oportunidade de disputar um campeonato completo. Essa chance ela não teria na Indy em 2014, onde fez algumas provas pela Dale Coyne no ano de 2013.

“Poderia ter a possibilidade de fazer lá fora, aí aconteceram esses problemas com a televisão, o que dificulta apresentar qualquer coisa, mas dificilmente ia dar para fazer a temporada inteira”, falou Bia ao GRANDE PRÊMIO.

Bia ainda não descarta um retorno ao exterior, mas admite que só terá essa chance se conseguir bons resultados nas corridas brasileiras. Por isso, o futuro dependerá das oportunidades que tiver. “Se eu tiver bons resultados e a melhor oportunidade continuar sendo aqui, por que não? A gente não está absolutamente fechado para coisas internacionais, mas o foco está aqui”, comentou.

Suzuki é ainda mais direto. “O plano é ficar”, afirmou ao GP. Depois de competir na F3 Japonesa em 2012, ele migrou para o GT Open no ano passado e disputou o título. O paulista diz que esse passo foi uma transição fundamental para o ingresso na Stock Car, já que ele considera muito grande o hiato entre os fórmulas e a Stock Car.

Rafael Suzuki é o outro novato da ProGP (Foto: Rodrigo Berton | Grande Prêmio)

“Acho que não teria muito motivo de eu usar a Stock Car para outra coisa, não é essa a base. Tanto que eu quero sempre continuar na evolução. Se eu parar no fim do primeiro ano, não vou colher o que vou plantar. O objetivo é continuar”, mencionou.

Mas os casos de Fraga e Casagrande são ainda mais emblemáticos devido à pouca idade dos dois. Membros de uma promissora geração do kartismo – eles batiam roda nos karts até pouco tempo atrás, enfrentando, ocasionalmente, também Suzuki, oito anos mais velho –, ambos foram se aventurar nas categorias de base europeias em 2012 sonhando com a F1. E ambos decidiram voltar para casa após somente um ano – mesmo tendo apresentado boa evolução e resultados satisfatórios onde correram.

Fraga ganhou o apoio da Red Bull do Brasil e do pentacampeão da Stock Car, Cacá Bueno, que passaram a aconselhá-lo suas escolhas. Casagrande, que prefere as provas de turismo, decidiu que não valia a pena tentar trilhar o caro caminho rumo à F1 e que o futuro dentro do automobilismo nacional seria mais promissor.

Apesar do bom início na modalidade, com o título do Brasileiro de Turismo em 2013, Fraga, que larga em segundo neste domingo em Interlagos, não descarta completamente a ida para a F1. Só que esse não é mais o seu foco. “Foi uma decisão difícil. Muita gente me criticou, mas acho que foi a escolha certa. Não desisti ainda da F1, depende das oportunidades. Ainda tenho 18 anos. Se tiver uma oportunidade, posso até voltar, mas agora meu foco é 100% na Stock Car”, falou ao GP.

O jovem Gabriel Casagrande fez três corridas com a Bassani em 2013 e agora corre com a C2, time que ajudou a montar durante o verão (Foto: Rodrigo Berton | Grande Prêmio)

Casagrande, que fez três corridas com a Bassani em 2013 e agora veste as cores da também novata C2, que ajudou a montar, vê o ano de 2014 como “um desafio e tanto”.

“Estou bem ansioso para que comece o ano completo. Nas três corridas que fiz no ano passado, estava sem pressão nenhuma, era mais para aprender. Lógico que, nesse ano, não vai ter muita cobrança de resultado, mas a gente não pode correr por correr. Tem que sempre estar evoluindo a cada volta. E acho que vai ser um ano muito legal, muito proveitoso, vou procurar aprender a cada volta que eu der para, no futuro, me tornar um dos grandes dessa categoria”, declarou ao GP.

Tozzo, na Boettger, e Foresti, na Bassani, são as outras duas novidades do grid. Tozzo participou, nos últimos anos, de provas de outros campeonatos nacionais.

Já o brasiliense retorna ao Brasil após participações na World Series na Europa. Ele havia disputado duas etapas com o time de Eduardo Bassani na reta final de 2014 e agora assinou para a temporada completa.

O GRANDE PRÊMIO cobre ‘in loco’ as atividades da corrida de duplas da Stock Car durante todo o fim de semana com os repórteres Gabriel Curty, Pedro Henrique Marum e Renan do Couto e o fotógrafo Rodrigo Berton.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.