Hamilton confirma favoritismo da Mercedes e crava pole do GP da China. Massa é 5º, e Red Bull vai mal
A Mercedes confirmou o favoritismo e vai largar novamente na pole do GP da China. Lewis Hamilton comprovou o bom ritmo do W04 e, com pneus macios, marcou 1min34s484. Felipe Massa larga em quinto, duas posições atrás de Fernando Alonso. Sebastian Vettel sai em nono e vai largar com pneus médios. Mark Webber, com pane seca, foi punido e sai em último
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Em classificação marcada pela cautela e pela enorme preocupação de todos os pilotos em equipes quanto ao consumo dos pneus, Lewis Hamilton conquistou sua primeira pole-position pela Mercedes. Na tarde deste sábado (13), em Xangai, o britânico garantiu o lugar de honra no grid do GP da China, terceira etapa do Mundial de F1. Usando pneus macios, Lewis anotou 1min34s484 e confirmou o favoritismo da escuderia alemã ao longo do fim de semana no circuito asiático.
A grande surpresa em termos de grid foi o segundo lugar de Kimi Räikkönen. A Lotus, que mostrou boa performance em todos os treinos em Xangai, levou o finlandês à primeira fila do grid, superando assim pilotos mais bem cotados, como Fernando Alonso, Nico Rosberg e Felipe Massa, respectivamente terceiro, quarto e quinto na ordem de largada na China.
Sebastian Vettel, assim como Jenson Button, optou por uma tática de pneus diferente no Q3 e abriu mão da disputa pela pole. O tricampeão do mundo foi à pista com pneus médios, mas nem registrou volta rápida. Priorizando a corrida, o alemão vai largar em nono, ao lado de Nico Hülkenberg, outro que também não marcou tempo. Pior para Mark Webber, que enfrentou uma pane seca no Q2 e nem sequer entrou no rol dos dez melhores da classificação em Xangai.
Definitivamente, a Red Bull não teve um bom sábado na China. Após investigação, ficou constatado que a quantidade de combustível que Mark carregava em seu carro era menor que 1 L, o que vai contra o regulamento da F1. Assim, o veterano vai largar em último lugar, bem longe de Vettel.
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A classificação em Xangai
Preocupação com pneus ‘encurta’ Q1 em dez minutos
O cronômetro do Q1 disparou exatamente às 16h locais (3h de Brasília), mas as equipes preferiram manter seus pilotos nos boxes. A preocupação de todos no paddock era uma só: o consumo dos pneus. Assim, a tendência era que os competidores completassem uma ou, no máximo, duas voltas rápidas no primeiro segmento da classificação.
Faltando pouco mais de dez minutos para o fim do Q1, os pilotos começaram a ir para a pista, todos calçados com pneus macios para completarem as voltas necessárias para seguirem na classificação, rumo ao Q2. Com pouco tempo na prática, a primeira parte da sessão ganharia contornos dramáticos, sobretudo nos segundos finais.
Rosberg, extremamente competitivo em todo o fim de semana, foi à pista depois que a Mercedes consertou o problema de vazamento hidráulico no seu W04. O alemão anotou 1min35s959 em sua primeira volta rápida, mas seu companheiro de equipe, Hamilton, não deixou por menos e andou um pouco mais rápido, subindo para a ponta, com Paul di Resta e Adrian Sutil na sequência. A Force India, aliás, sempre mostrou bom ritmo em Xangai.
A preocupação de todos era garantir um bom tempo para avançar ao Q2, e parecia nítido que a Mercedes era a grande força do sábado, além da Ferrari. Tanto que, no fim do Q1, as Flechas de Prata ocupavam as duas primeiras posições, com Lewis à frente de Rosberg, e Massa vindo em terceiro. A Red Bull seguia como terceira força dos treinos e tinha Webber em quinto, seguido por Alonso e Vettel.
Nos segundos finais, Bianchi conseguia o feito de estar mais rápido que as Toro Rosso de Jean-Éric Vergne e Daniel Ricciardo, mas foi batido na bandeirada. Mas no confronto entre as nanicas, novamente a Marussia se colocava à frente da Caterham, que assegurou a última fila do grid. Além dos carros de Bianchi, Max Chilton, Charles Pic e Giedo van der Garde, Valtteri Bottas e Esteban Gutiérrez, dois novatos, ficaram de fora do Q2 na China.
Pane seca tira Webber do Q3; Ricciardo surpreende e vai à Superpole
Diferente do que aconteceu no Q1, o Q2 logo teve um piloto na pista. E não foi qualquer piloto. Vettel foi o primeiro a deixar os boxes com seu RB9 devidamente calçado com pneus macios, a exemplo da primeira parte da classificação. Em seu primeiro giro, o tricampeão do mundo anotou 1min36s260, tempo um pouco melhor em relação ao registrado por ele no Q1, mas bem longe do que fizera Hamilton e Rosberg, por exemplo.
Mas a liderança logo mudou de mãos e passou de Vettel para Alonso, confirmando a grande performance da Ferrari neste fim de semana na China. Massa, que completou sua primeira volta logo depois do espanhol, cravou provisoriamente o terceiro tempo. Mas ainda havia 7 minutos de sessão para o fim do Q2.
E as coisas não estavam mesmo boas para a Red Bull. Durante uma volta de retorno para os boxes, Webber teve uma pane seca e teve de parar em uma área de escape no hairpin da curva 14 quando era o sexto lugar, passando a ter sua posição no Q3 bastante ameaçada, já que a dupla da Mercedes ainda não havia registrado tempo. Logo que as Flechas de Prata foram à pista, Webber caiu para oitavo e ficou perto da zona da degola, enquanto Hamilton cravou o melhor tempo do fim de semana: 1min35s078, trazendo Rosberg em segundo. Räikkönen andava bem demais e vinha em terceiro quando restavam 3min30s para o encerramento da segunda parte da classificação.
Ainda havia tempo para uma última tentativa de volta rápida em Xangai no Q2. Daniel Ricciardo, Sutil, Sergio Pérez, Jean-Éric Vergne, Pastor Maldoando e Romain Grosjean estavam na zona da eliminação e voltaram à pista para tentar reverter a situação. Webber, do outro lado, torcia para pelo menos se garantir entre os dez primeiros do grid.
O tempo de Webber realmente não resistiu muito tempo. O australiano caiu para 14º e perdeu a chance de largar perto do seu companheiro de equipe, Vettel, que conquistou o terceiro melhor tempo do Q2. Hamilton fechou em primeiro, seguido por Alonso. Massa garantiu a quarta marca, enquanto Rosberg fechou o top-5, refletindo bem a ordem de forças da F1 na China.
Räikkönen garantiu o sexto tempo e foi seguido por Button, que segue tirando leite de pedra da McLaren. Grosjean conseguiu o oitavo posto, enquanto Ricciardo garantiu uma ótima marca e subiu para o Q3 com a Toro Rosso, assim como Hülkenberg com o bom Sauber C32.
Além de Webber, foram eliminados da classificação Paul Di Resta, Sergio Pérez, Adrian Sutil, Pastor Maldonado e Jean-Éric Vergne.
Cerca de duas horas e meia após o fim do Q3, a FIA, por meio do seu delegado-técnico Jo Bauer, informou que Webber foi punido por não ter em seu carro quantidade de combustível mínima suficiente, que é de 1 L. No momento da pane seca do piloto da Red Bull, seu tanque continha apenas 150 ml de gasolina. Assim, como rege o regulamento técnico, o australiano foi punido e perdeu todas as suas colocações no grid, largando em último em Xangai. Não é a primeira vez que algo do tipo aconteceu com a Red Bull. Em 2012, no GP de Abu Dhabi, Vettel parou no meio da pista logo após o Q3 por conta de uma pane seca. O alemão largou em último e realizou uma corrida épica, chegando em terceiro.
Hamilton confirma favoritismo; Vettel abre mão da luta pela pole e prioriza corrida
Assim como aconteceu no Q2, Vettel foi o primeiro piloto a deixar a pista na disputa pela pole-position no circuito de Xangai. Mas a Red Bull logo chamou o alemão de volta aos boxes e, assim como seus oponentes, esperavam o tempo para voltarem à pista para apenas uma tentativa de volta rápida. Com menos de 5 minutos para o fim do Q3, nenhum piloto havia cravado tempo. De novo, a preocupação era salvar pneus para a corrida.
Apenas com 2min33s restando para o fim da sessão é que os pilotos deixaram os boxes para uma, apenas uma tentativa de volta rápida. E aí as táticas se mostraram bem distintas. Vettel, por exemplo, foi à pista com pneus médios, assim como Button. Todos os outros oito arriscaram com os macios.
E aí o favoritismo da Mercedes falou mais alto. Hamilton registrou 1min34s484 e assegurou sua primeira pole-position como piloto da escuderia alemã. Räikkönen andou muito bem e assegurou um lugar na primeira fila, com Alonso vindo na terceira colocação. No fim do treino, Nico Rosberg marcou 1min34s861 e ficou com a quarta posição, enquanto Felipe Massa perdeu a chance de superar Alonso pela quinta vez seguida em classificações e ficou em quinto.
Vettel, por sua vez, abortou sua tentativa de volta rápida, num indicativo claro de que vai priorizar a performance na corrida. Assim, o tricampeão do mundo larga na nona posição e dividirá a quinta fila do grid ao lado de Hülkenberg, que também não completou volta.
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