Os números apresentados pelas equipes nos testes de inverno que antecederam o início da temporada 2016 são significativos quando comparados aos do ano passado, quando a F1 teve quatro dias a mais de atividades de pista

Os números apresentados durante os testes de pré-temporada, seja na F1 ou em qualquer outra categoria do automobilismo, nem sempre são conclusivos. Pelo contrário, por vezes, são bem enganosos. Mas podem mostrar também um panorama do que antecede o início de cada campeonato. Embora os tempos possam mentir sobre a performance de cada equipe durante o inverno, a quantidade de voltas completadas é um claro indicador de confiabilidade (ou a falta dela), como a Mercedes bem mostrou nos testes deste ano no tradicional circuito de Barcelona.

Mas uma comparação, ainda que fria em relação aos números, se faz necessária para entender onde cada equipe evoluiu em relação a 2015. No ano passado, a F1 realizou três sessões de pré-temporada: a primeira delas foi no circuito andaluz de Jerez, enquanto as outras duas foram em Barcelona. Já em 2016, a pré-temporada foi resumida a apenas duas sessões, ou oito dias de atividades de pista.

Apesar de quatro dias a menos de trabalho com o carro, muitas equipes conseguiram uma quilometragem bastante relevante em comparação ao ano passado. A Mercedes, por exemplo, quase chegou perto do que conseguiu completar em 2015. A McLaren, que ano passado sofreu desde o começo com o motor Honda, quase dobrou o número de voltas. Sem falar, por exemplo, da Manor, que sequer participou da pré-temporada, e da Haas, que finalmente faz sua tão aguardada estreia na F1 em 2016.

A seguir, nesta retomada do Lado a Lado, que fez parte da REVISTA WARM UP e agora renasce como seção fixa do GRANDE PREMIUM, confira os números da pré-temporada 2015 e os compare com os testes de inverno deste ano na F1.

A McLaren foi o destaque negativo da pré-temporada 2015. Durante o ano, a má fase se confirmou (Fernando Alonso na tumultuada pré-temporada da McLaren em 2015 (Foto: Getty Images))

A pré-temporada 2015 em números

Quilometragem total por piloto em 12 dias de testes

1. Nico Rosberg (Mercedes), 759 voltas – 3.463 km
2. Felipe Nasr (Sauber Ferrari), 649 voltas – 2.976 km
3. Max Verstappen (Toro Rosso Renault), 617 voltas – 2.834 km
4. Sebastian Vettel (Ferrari), 602 voltas – 2.768 km
5. Marcus Ericsson (Sauber Ferrari), 596 voltas – 2.732 km
6. Carlos Sainz Jr (Toro Rosso Renault), 589 voltas – 2.700 km
7. Kimi Räikkönen (Ferrari), 580 voltas – 2.655 km
8. Lewis Hamilton (Mercedes), 533 voltas – 2.434 km
9. Felipe Massa (Williams Mercedes), 492 voltas – 2.258 km
10. Valtteri Bottas (Williams Mercedes), 491 voltas – 2.255 km
11. Daniel Ricciardo (Red Bull Renault), 486 voltas – 2.243 km
12. Pastor Maldonado (Lotus Mercedes), 486 voltas – 2.231 km
13. Daniil Kvyat (Red Bull Renault), 457 voltas – 2.109 km
14. Romain Grosjean (Lotus Mercedes), 355 voltas – 1.640 km
15. Sergio Pérez (Force India Mercedes), 285 voltas – 1.327 km
16. Nico Hülkenberg (Force India Mercedes), 271 voltas – 1.262 km
17. Jenson Button (McLaren Honda), 224 voltas – 1.033 km
18. Pascal Wehrlein (Mercedes/Force India Mercedes), 161 voltas – 749 km
19. Fernando Alonso (McLaren Honda), 117 voltas – 536 km
20. Susie Wolff (Williams Mercedes), 86 voltas – 400 km
21. Jolyon Palmer (Lotus Mercedes), 77 voltas – 358 km
22. Kevin Magnussen (McLaren Honda), 39 voltas – 182 km

Quilometragem total por equipe em 12 dias de testes

1. Mercedes, 1.340 voltas – 6.121 km
2. Sauber, 1.245 voltas – 5.709 km
3. Toro Rosso, 1.206 voltas – 5.534 km
4. Ferrari, 1.182 voltas – 5.423 km
5. Williams, 1.069 voltas – 4.913 km
6. Red Bull, 943 voltas – 4.352 km
7. Lotus, 918 voltas – 4.230 km
8. Force India, 669 voltas – 3.114 km
9. McLaren, 380 voltas – 1.751 km

Quilometragem total por motor em 12 dias de testes

1. Mercedes, 3.996 voltas – 18.378 km
2. Ferrari, 2.427 voltas – 11.132 km
3. Renault, 2.149 voltas – 9.886 km
4. Honda, 380 voltas – 1.751 km

A pré-temporada 2015 foi bastante movimentada em alguns aspectos. E acidentada, no caso de Fernando Alonso, num incidente que até hoje não teve uma explicação plausível. A Manor, que sobreviveu depois de quase ir à falência, sequer foi à Espanha. Já a Force India ficou de fora em Jerez, voltou à pista em Barcelona, mas com o carro de 2014 e só apresentou uma versão evoluída na derradeira sessão de testes. A Mercedes sobrou, com Nico Rosberg e Lewis Hamilton cravando suas marcas na Catalunha com pneus macios. E a McLaren já começava o ano na sofrência com o motor Honda.

Nico Rosberg foi o mais rápido no combinado dos tempos da pré-temporada em Barcelona em 2015 (Nico Rosberg liderou a tabela de tempos em Barcelona na pré-temporada 2015 (Foto: Getty Images))

A pré-temporada 2016 em números

Quilometragem total por piloto em oito dias de testes

1. Nico Rosberg (Mercedes), 656 voltas – 3.054 km
2. Lewis Hamilton (Mercedes), 638 voltas – 2.970 km
3. Max Verstappen (Toro Rosso Ferrari), 534 voltas – 2.486 km
4. Carlos Sainz Jr. (Toro Rosso Ferrari), 515 voltas – 2.397 km
5. Kevin Magnussen (Renault), 509 voltas, – 2.369 km
6. Sebastian Vettel (Ferrari), 488 voltas – 2.272 km
7. Daniel Ricciardo (Red Bull TAG Heuer), 457 voltas – 2.127 km
8. Felipe Nasr (Sauber Ferrari), 455 voltas – 2.118 km
9. Valtteri Bottas (Williams Mercedes), 445 voltas – 2.071 km
10. Felipe Massa (Williams Mercedes), 411 voltas – 1.913 km
11. Kimi Räikkönen (Ferrari), 403 voltas – 1.876 km
12. Marcus Ericsson (Sauber Ferrari), 383 voltas – 1.783 km
13. Jenson Button (McLaren Honda), 377 voltas – 1.755 km
14. Daniil Kvyat (Red Bull TAG Heuer), 360 voltas – 1.676 km
15. Nico Hülkenberg (Force India Mercedes), 357 voltas – 1.662 km
16. Fernando Alonso (McLaren Honda), 333 voltas – 1.550 km
17. Sergio Pérez (Force India Mercedes), 289 voltas – 1.345 km
18. Jolyon Palmer (Renault), 267 voltas – 1.243 km
19. Romain Grosjean (Haas Ferrari), 257 voltas – 1.196 km
20. Pascal Wehrlein (Manor Mercedes), 252 voltas – 1.173 km
21. Rio Haryanto (Manor Mercedes), 232 voltas – 1.080 km
22. Esteban Gutierrez (Haas Ferrari), 217 voltas – 1.010 km
23. Alfonso Celis Jr. (Force India Mercedes), 133 voltas – 619 km

 

Quilometragem total por equipe em oito dias de testes

1. Mercedes, 1.294 voltas – 6.024 km
2. Toro Rosso, 1.049 voltas – 4.883 km
3. Ferrari, 891 voltas – 4.148 km
4. Williams, 856 voltas – 3.985 km
5. Sauber, 838 voltas – 3.901 km
6. Red Bull, 817 voltas – 3.803 km
7. Force India, 779 voltas – 3.626 km
8. Renault, 776 voltas – 3.612 km
9. McLaren, 710 voltas – 3.305 km
10. Manor, 484 voltas – 2.253 km
11. Haas, 474 voltas – 2.206 km

Quilometragem total por motor em oito dias de testes

1. Mercedes, 3.413 voltas – 15.888 km
2. Ferrari, 3.252 voltas – 15.138 km
3. Renault, 1.593 voltas – 7.415 km
4. Honda, 710 voltas – 3.305 km

Líder em Barcelona, 2015: Nico Rosberg (Mercedes), 1min22s792 (macios)
Líder em Barcelona, 2016: Kimi Räikkönen (Ferrari), 1min22s765 (ultramacios)

A Ferrari marcou o melhor tempo em Barcelona. Mas tudo sugere a Mercedes ainda à frente (A Mercedes segue à frente da Ferrari como grande força da F1 )

Os números da pré-temporada deste ano mostram que, na prática, a Mercedes segue como a grande dominadora da F1 por conta da grande quantidade de voltas completadas e com pouquíssimos problemas no novo W07, da mesma forma como aconteceu no ano passado. Chama a atenção também a quilometragem alcançada pela Toro Rosso, mas aí cabe uma ponderação. Em 2015, a equipe foi a terceira na lisa de voltas completadas na pré-temporada, mas foi uma das que mais sofreu com a falta de confiabilidade do motor Renault, por exemplo. A Force India deu um avanço significativo por conseguir andar com o carro novo desde o começo do ano, enquanto a McLaren finalmente trabalhou um pouco na pista durante o inverno, mas ainda está bem atrás e longe do que dela se espera.

Agora, a espera está cada vez menor. Daqui a menos de uma semana, os motores da F1 vão roncar para a disputa do fim de semana do GP da Austrália. E aí será possível conferir com exatidão o quão são reais os números desta pré-temporada. Que venha um grande Mundial de F1 em 2016!

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