Lewis Hamilton venceu o GP da Inglaterra com três pneus - e é uma ótima deixa para relembrarmos de outros finais dramáticos na história da F1

Milagre? Sorte? Azar? Não importa: a Fórmula 1 também pode trazer grandes dramas nos finais de corrida, como nos relembrou o final do GP da Inglaterra no último domingo, 2. Lewis Hamilton teve um milagre para chamar de seu, e nos dá um ótimo gancho: relembrar outros momentos chocantes (ou bizarros) nas voltas finais da categoria máxima do automobilismo.

Claro que, nestes 70 anos de F1, não faltam momentos assim. Como essa aqui é uma lista com “10+”, selecionamos dez grandes finais dramáticos na história da categoria, em ordem cronológica. Mas poderiam entrar tantos outros.

Hora de apertar os cintos e acelerar o DeLorean DMC-12 até alcançar 88 milhas por hora. Vamos começar a viagem ao passado.

GP dos EUA de 1959

Chegamos 12 de dezembro de 1959, na última etapa da temporada, em Sebring, na Flórida. Naquele momento, Tony Brooks (da Ferrari), Jack Brabham (da Cooper-Climax) e Stirling Moss (no Cooper-Climax da equipe privada de Rob Walker) disputavam o título.

Brabham liderava o campeonato e dependia apenas de si para ser campeão. Só que Moss, pole, também seria campeão com uma vitória simples. Uma decisão apertada.

Cortando para o final da corrida: Brabham liderava à frente de Bruce McLaren, também da Cooper, e tinha um caminho fácil para ser campeão. Porém, faltando cerca de 360 metros para a linha de chegada, o carro do australiano ficou sem gasolina. Tudo porque Brabham pediu para os mecânicos não encherem o tanque, para ir mais rápido com o bólido mais leve.

McLaren chegou a tirar o pé, mas ao ver Brabham gesticulando, voltou a acelerar e venceu o GP – se tornando o mais jovem, na época, a faturar uma prova do mundial. Maurice Trintignant e Brooks também passaram pelo australiano.

No desespero, Brabham saiu do carro, empurrou seu Cooper e, sozinho, levou o pesado carro ladeira acima, até cruzar a linha de chegada em quarto.

Era campeão mundial.

Jack Brabham empurrando seu Cooper até a linha de chegada (Foto: reprodução)

Ok, naquela época só os cinco melhores resultados entre as nove etapas do ano eram consideradas para efeitos de campeonato. Por isso, aqueles três pontos conquistados com bastante suor de nada valeram e foram descartados. Mas, em uma época com parca comunicação entre box e piloto, era melhor não arriscar…

GP de Mônaco de 1982

Pulamos alguns décadas e chegamos em 1982, mas com um clima muito triste: o GP de Mônaco daquele ano foi o primeiro após a triste morte de Gilles Villeneuve.

Apesar disso, a prova monegasca seguia bastante típica para a época, inclusive com muitas quebras. Porém, no 60º giro, a chuva começou a cair no principado.

Faltando três voltas para o fim, Alain Prost, da Renault, liderava. Mas, mais do que eu contar, é melhor você assistir:

GP do Brasil de 1991

Essa história todos os brasileiros conhecem, não é mesmo? Liderando com certa tranquilidade a corrida em Interlagos, e caminhando para a primeira vitória em casa na carreira, Ayrton Senna passou a ter problemas com o câmbio nas últimas voltas – chegando a ficar, nos metros finais, apenas com a sexta marcha. Isso enquanto começava a chover em São Paulo.

Assista a seguir um compacto de cerca de 1h:

GP da Hungria de 1997

É difícil encontrar, na história da Fórmula 1, um momento de um azar maior que o de Damon Hill no GP da Hungria de 1997.

O inglês, campeão do mundo em 1996, havia perdido a vaga na Williams e acabou caindo na pequena, mas ambiciosa, Arrows. Ambiciosa porque Tom Walkinshaw, ex-parceiro de Flavio Briatore na Benetton e na Ligier, tinha grandes planos para a equipe inglesa, que havia adquirido em 1996.

O motor, um Yamaha preparado pela Judd, era o ponto fraco – só que, no travado circuito de Hungaroring, o bom chassis e a habilidade de um campeão mundial fizeram a diferença. Hill largou em terceiro, ultrapassou a Williams de Jacques Villeneuve, que viria a ser o campeão do ano, e foi ao encalço da Ferrari de Michael Schumacher. Ele passou pelo alemão no 11º giro e caminhava para um linda vitória, inédita para a Arrows.

Só que aí, faltando três voltas para o fim, o Arrows A18 de Hill começou a ter um problema hidráulico, ficando preso na terceira marcha. A diferença de 35s para Villeneuve virou pó, com o canadense assumindo a liderança na última volta.

Hill recebeu a bandeirada em segundo. A Arrows nunca mais ficaria tão próxima de uma vitória. O time encerraria suas atividades em 2002.

GP da Alemanha de 2000

A primeira vitória de Rubens Barrichello merece estar nesta lista, é claro. Com pneus de pista seca em um Hockenheim molhado, o brasileiro guiou a sua Ferrari de forma impecável naquelas últimas voltas.

O GP fez 20 anos recentemente, e o GRANDE PRÊMIO relembrou o momento em todos os seus detalhes. Clique aqui para ler.

GP do Brasil de 2003

Em termos de drama nas voltas finais, poucos superam o GP do Brasil de 2003. Aquela foi uma prova acidentada, com chuva, alternância na liderança e uma Jordan, com Giancarlo Fisichella, surpreendente.

Até que tivemos a chocante batida de Fernando Alonso, encerrando a corrida. Na frente, era Fisichella que liderava – mas a vitória foi para Kimi Räikkönen, da McLaren, pelo regulamento considerar a classificação da volta anterior, que tinha o finlandês ainda na frente.

Uma semana depois, descobriram uma falha na cronometragem: Fisico havia completado mais um giro à frente do pelotão antes da bandeira vermelha. O troféu, mesmo com atraso, ficou com o italiano.

Relembre a seguir.

GP do Japão de 2005

O GP do Japão de 2005, penúltima etapa da temporada, foi de tirar o fôlego. Depois de uma classificação molhada, que colocou a Toyota de Ralf Schumacher e a BAR-Honda de Jenson Buton na primeira fila, o domingo surpreendeu ainda mais.

Räikkönen, ainda na McLaren, acabou largando em 17º – e fez uma incrível corrida de recuperação. Subindo pelo pelotão, Kimi foi indo até assumir a primeira posição na última volta, ao ultrapassar a Renault de Fisichella.

Assista aos melhores momentos a seguir.

GP do Brasil de 2008

Outro momento que os brasileiros não esquecem – esse, claro, com tristeza. No chove e para de Interlagos de 2008, Felipe Massa, na época na Ferrari, esteve a poucos metros de ser campeão mundial.

Só que aí, nos últimos metros da última volta, Lewis Hamilton colocou a sua McLaren à frente da Toyota de Timo Glock – e foi campeão.

Tudo isso você sabe de cor, não é mesmo? Mas fica aqui uma oportunidade diferente: assistir à última volta pela ótica do Glock:

GP do Canadá de 2011

Em termos de grande feito, o GP do Canadá de 2011 se equipara ao da Alemanha de 2000 e o do Japão de 2005.

Naquele domingo de junho, Jenson Button largou com a sua McLaren em sétimo. Com a pista molhada, o inglês se enrolou mais de uma vez, chegando a rodar, ser punido e cair para o fim do pelotão no meio da corrida.

Só que teve safety-car, bandeira vermelha, relargada e muito mais. Acabou que Button abriu a última volta em segundo – e, com uma escapada de Sebastian Vettel e sua Red Bull, o inglês assumiu a liderança. Vitória de Button.

Relembre a seguir.

GP da Áustria de 2016

Em 2016 (assim como em 2014 e 2015), Nico Rosberg e Lewis Hamilton monopolizaram uma disputa caseira da Mercedes pelo título mundial. Chegou ao ponto de dois, que eram amigos no passado, criarem uma grande rivalidade na pista.

O GP da Áustria foi mais um capítulo dessa disputa. O destaque, mesmo, foi na última volta: após muita disputa, Hamilton foi ultrapassar Rosberg. Até que…

Assista a seguir.

Hamilton ficou com a vitória, enquanto Rosberg recebeu a bandeira quadriculada em quarto. No entanto, foi o alemão que riu por último, com o título de campeão mundial.

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