Verstappen defende Sainz de punição e diz que equipes “não deveriam ter voz” em regras

Cada vez mais sem filtro para comentar as polêmicas da Fórmula 1 2023, Max Verstappen saiu em defesa de Carlos Sainz e pediu uma mudança nas regras em caso de punições decorrentes de acidentes sofridos por pilotos. E o holandês ainda aproveitou a deixa para alfinetar o “ambiente político” da categoria, já que as equipes interferem nas decisões da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

A questão foi levantada na coletiva de imprensa após a classificação deste sábado (18), em Las Vegas. Sainz fez o segundo tempo, mas partirá apenas do 12º lugar após perder dez posições por trocar a bateria da unidade de potência. Só que a razão para a troca foi o incidente bizarro no TL1 causado por uma tampa de bueiro.

Sainz ficou com o carro tão avariado que teve de trocar o chassi e por pouco não perdeu o TL2. Verstappen foi bastante vocal ao ser questionado sobre o episódio.

“As regras precisam mudar para isso”, disse Max. “É a mesma coisa se você sofre um grande acidente. Pode perder partes do motor, bateria, todo esse tipo de coisa. Portanto, em primeiro lugar, isso [as regras] tem de mudar, e estas coisas podem ser levadas em consideração, ou seja, uma punição pode ser contabilizada sem que seja aplicada”, salientou.

Ainda na sexta-feira, a Sky Sports disse na transmissão do TL2 que a Mercedes foi contra a isenção de Sainz. A Ferrari entrara com recurso para reverter a sanção, mas os comissários decidiram manter a regra à risca. A informação, depois, foi confirmada por outros veículos de comunicação.

Verstappen não poupou a politicagem do paddock. “Além disso, acho que as equipes não deveriam ter voz neste tipo de coisa, porque com certeza votarão contra. Acho que é rigoroso demais com Carlos, mas neste ambiente político em que estamos, claro, todas as equipes pensam em si mesmas e vão dizer ‘não, ele tem de cumprir a punição'”, encerrou.

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