McLaren coloca retorno à China como “desafiador” e espera “minimizar danos”
Chefe da McLaren, Andrea Stella diz que fraqueza do MCL38 são as curvas de baixa velocidade e é motivo de preocupação em Xangai, circuito que volta ao calendário após anos de ausência
A McLaren está preocupada sobre como será seu desempenho no GP da China, que retorna ao calendário da Fórmula 1 após cinco anos nesse final de semana. Chefe da equipe, Andrea Stella destacou que MCL38 tem nas curvas de baixa velocidade sua maior fraqueza e que isso pode comprometer o resultado no autódromo de Xangai.
O local possui uma das maiores retas da temporada 2024 da Fórmula 1, com 1,5 km de distância — atrás somente do trecho final de Baku —, mas ao longo dos 5,4 km de extensão, o circuito possui 16 curvas das mais variadas, sendo que a 1, 2, 6, 9 e 14 são claramente de baixa velocidade.
Por essa razão, das corridas realizadas até aqui na temporada, Stella acredita que a etapa entre os dias 19 e 21 de abril será a pior para o time de Woking.
“Da primeira parte da temporada, a China é a pista que mais me preocupa do ponto de vista de competitividade. Há curvas de baixa velocidade e grampos. Mesmo na curva 2 e 3, se passa muito tempo em curvas longas”, revelou.
“Acho que tem sido um tema que venho repetindo. Não conseguimos melhorar o carro o suficiente nessas curvas longas de baixa e média velocidade. Do ponto de vista da competitividade, esperaria uma situação mais difícil do que em Suzuka, na Austrália e qualquer outra [pista] da primeira parte da temporada”, completou.
Atrás somente de Red Bull e Ferrari no campeonato, a terceira colocação no Mundial de Construtores representa para McLaren uma posição acima ao lugar que chegou em 2023. A vantagem para a Mercedes é considerável — 69 x 34 — e a missão é, ao menos, mantê-la após a etapa de Xangai.
“Podemos ir pra China pensando em minimizar os danos. De Miami em diante, espero uma fase melhor e possamos mais desempenho na segunda parte da temporada”, admitiu.
Stella indicou que o acerto para o GP da China vai passar por uma enorme equação. Um misto entre o longo tempo sem correr em Xangai, a mudança nos carros nesse meio tempo, o comportamento dos pneus e o fato de ter somente um treino livre, já que teremos a primeira corrida sprint da temporada nesse final de semana.
“Definitivamente vai ser um evento desafiador de vários pontos de vista. Qual é a situação do asfalto que vamos encontrar? Não podemos esquecer que a China sempre foi severa com o desgaste dos pneus. Como vamos lidar com isso?”, indagou.
“Ver cada coisa de forma isolada dá dor de cabeça. Mas e se pensar diferente? Ao invés de um trabalho perfeito, fazer algo melhor do que os outros. Essa pode ser uma oportunidade grande”, finalizou.
A Fórmula 1 volta entre os dias 19 e 21 de abril, para o GP da China, retorno da etapa ao calendário pós-pandemia, com cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
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