Nasr passa Campbell no fim e leva 24 Horas de Daytona 2025 com Porsche #7
Com bela ultrapassagem na reta final, Felipe Nasr deu a vitória nas 24 Horas de Daytona para o trio do #7 da Porsche, que também teve Nick Tandy e Laurens Vanthoor. Felipe Drugovich assistiu batida do Cadillac #31 durante a noite.
Felipe Nasr repetiu a dose e venceu as 24 Horas de Daytona novamente. Na prova finalizada neste domingo (26), o piloto brasileiro esteve no volante do Porsche #7 na hora final, onde marchou para a vitória depois de uma bandeira amarela. Primeiro, tirou a BMW #24 de Dries Vanthoor da frente. Na sequência, iniciou a pressão sobre o Porsche #6 conduzido por Matt Campbell, e com uma bela ultrapassagem com 23 minutos restantes, venceu a mais tradicional prova do endurance americano pelo segundo ano consecutivo.
O inglês Nick Tandy e o belga Laurens Vanthoor completaram o trio. Ambos jamais tinham vencido na classe principal de Daytona. O #6, que também teve Mathieu Jaminet e Kévin Estre como pilotos, não conseguiu formar um 1-2 da Porsche, já que acabou superado também pelo #60 da Meyer Shank, com Tom Blomqvist, Scott Dixon, Felix Rosenqvist e Colin Braun.
Relacionadas
Felipe Drugovich foi o outro brasileiro na classe GTP, mas viu as chances de vitória acabarem na madrugada, quando o companheiro de equipe Frederik Vesti bateu a Cadillac #31. Earl Bamber e Jack Aitken completaram o quarteto.

▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
Pela classe LMP2, a vitória ficou nas mãos do #8 da Tower Motorsports, com Sébastien Bourdais, John Farano, Job van Uitert e Sebastián Álvarez. Bourdais estava no volante nos minutos finais quando Paul-Loup Chatin errou sozinho e jogou o triunfo do #18 da Era Motorsport no lixo. O segundo lugar da classe foi para o #22 da United Autosports, com James Allen, Dan Goldburg, Paul di Resta e Rasmus Lindh. Os brasileiros Felipe Fraga e Felipe Massa, com o Riley #74, fecharam o pódio. Josh Burdon e Gar Robinson finalizaram o quarteto.
Pela GTD Pro, o triunfo foi do Mustang #65 da Multimatic Motorsports, conduzido por Dennis Olsen, Frédéric Vervisch e Christopher Mies. Na GTD, vitória para o Corvette #13 da AWA, com Matt Bell, Orey Fidani, Lars Kern e Marvin Kirchhöfer.
A temporada 2025 do IMSA SportsCar tem sequência no dia 15 de março com as 12 Horas de Sebring, na Flórida, que terão transmissão do GRANDE PRÊMIO no YouTube e também pela GPTV.
Saiba como foi a corrida:
Primeira Hora – Vanthoor aproveita pole e segura liderança. Equipe de Farfus briga pela ponta na GTD Pro
A largada foi tranquila para a BMW #24, que manteve a ponta na GTP pelas mão de Dries Vanthoor, que fez a pole na quinta-feira (23). Nick Yelloly também defendeu o segundo posto no Acura #93 da Meyer Shank e manteve Felipe Nasr, na Porsche #7, na terceira posição e Jack Aitken, na Cadillac #31 também de Felipe Drugovich, em quarto.

Aitken, no entanto, tomou o posto de Nasr ainda dentro da primeira hora e Tom Blomqvist aproveitou para também deixar o brasileiro para trás e assumir a quarta posição com o Acura #60.
Logo na largada, a primeira confusão. Nick Boulle perdeu o controle do #2 da United Motorsports, rodou e caiu para o fundo do grid da LMP2, ficando atrás até dos GTs, que iniciavam a prova imediatamente atrás.
Inclusive, o BMW #48, conduzida por Dan Harper e que tem Augusto Farfus na equipe, pulou para a liderança da GTD Pro dentro dos primeiros minutos. Mesmo tendo perdido a ponta para a Lamborghini #9, de Andrea Caldarelli, retomou pouco depois e terminou a primeira hora à frente.
Na GTD, a disputa foi acirrada no começo, com o líder Elliott Skeer, no Porsche #120 da Wright Motorsports, e Franck Perera, na Lamborghini #78 da Forte Racing, disputando pela ponta.
Na LMP2, Ben Keating saiu à frente com o carro #52, mas não permaneceu na liderança por muito tempo. Sozinho, perdeu o controle do protótipo e escapou da pista, dando a primeira posição de bandeja para PJ Hyett no carro #99 e a segunda colocação para Chris Cumming, da equipe de Pietro Fittipaldi, no #73.
Entrando na primeira janela de pit-stops, Gar Robinson, conduzindo o carro #74 de Felipe Massa e Felipe Fraga, se manteve na oitava colocação na LMP2. Entre os demais brasileiros, Daniel Serra estava na sexta posição da GTD com a Ferrari #34 e Charlie Eastwood conduzia o Chevrolet Corvette #36, de Pipo Derani, no 16º posto.
Terceira Hora – Lamborghini fora, primeiro safety-car e queda de desempenho da Cadillac
A primeira grande decepção da prova aconteceu ainda antes da terceira hora começar. Mirko
Bortolotti, que se encontrou dentro do top-4 durante a primeira rodada de pit-stops, enfrentou problemas e teve de recolher a Lamborghini #63 para a garagem.

Outro susto aconteceu quando Kaku Ohta escapou da pista com o Acura #93 entre os líderes e foi parar na 11ª posição. Quase que simultaneamente, a direção de prova anunciou uma punição de drive-though para o líder da LMP2, Rodrigo Sales, por desrespeitar os limites de velocidade do pit-lane com o #52 da PR1 Mathiasen.
Lá na frente, Vanthoor se complicou na hora de fazer o pit-stop, acabou acertando a mureta de dentro e perdeu tempo valioso e a liderança. Com isso, a porta se abriu para o Acura #93 de Ohta e o Cadillac #31 de Frederik Vesti assumirem as primeiras colocações.
Na GTD Pro, Farfus assumiu o comando da BMW #48, que liderava na entrada da terceira hora. No entanto, o stint do brasileiro foi prejudicado por um drive-through após uma infração de procedimentos de pit-stop. Com isso, caiu para a terceira colocação e viu a Ford dominar o top-2, com o #65 de Dennis Olsen à frente e o #64 de Sebastian Priaulx logo atrás.
Pouco depois, o primeiro safety-car da prova. O carro #11 de Hunter McElrea passou completamente reto pela curva 5 e foi parar na barreira de pneus. Com os boxes abertos, praticamente todo o pelotão parou e voltou com o #31 de Vesti na liderança e o #7 de Nick Tandy logo atrás. Com isso, as equipes de Drugovich e Nasr estava puxando uma dobradinha brasileira na GTP.
No entanto, o Cadillac não largou bem no recomeço, perdeu a liderança e foi parar na quarta posição. O Porsche Penske de Tandy, consequentemente, assumiu a ponta.
Outro carro que encarou problemas maiores foi o #57 da Winward Racing, que chegou a liderar a prova na GTD com Russell Ward mais cedo. No entanto, com pouco mais de 21h restantes, o carro foi recolhido para a garagem.
Enquanto isso, Vesti seguia perdendo desempenho na GTP. O #31 da Cadillac caiu para o sexto posto e foi deixado para trás pela BMW #24, de Philipp Eng, pela Porsche #6, de Mathieu Jaminet, e pela Porsche #5, de Julien Andlauer.
Na GTD, Manny Franco colocou a Ferrari #34, também conduzida por Daniel Serra, na terceira colocação. Mais à frente, Misha Goikhberg liderava com a Lamborghini #78.
Seis Horas em Daytona – Mais amarelas e brasileiros liderando
Chegando à marca das quatro horas, quando Laurens Vanthoor estava liderando com o Porsche #7, Álex Palou simplesmente parou em pista com o Acura #93 e forçou a segunda bandeira amarela. Além disso, o LMP2 #8 da Tower Motorsports acabou perdendo o controle e rodando, mas conseguiu voltar sem maiores sustos.
Após a nova rodada de pit-stops, Vanthoor se manteve na frente e o carro #31, agora comandado por Drugovich, estava em segundo. Na relargada, o brasileiro colocou de lado e, com muita categoria, assumiu a ponta da GTP com 19h30min restantes. No entanto, pouco depois, foi deixado para trás por Kévin Estre e Kamui Kobayashi, que colocou o Cadillac #40 à frente.
À essa altura, os brasileiros viviam grande fase. O #34 de Serra, nas mãos de Cedric Sbirrazzuoli, e o #48 de Farfus, com Jesse Krohn no volante, assumiram a ponta de suas respectivas classes. Enquanto isso, Massa corria na segunda posição da LMP2 com o carro #74.
A terceira bandeira amarela aconteceu próximo da marca de seis horas de prova quando a Aston Martin #44 de Andy Lally saiu da pista e ficou parado, precisando ser rebocada. Depois de mais uma rodada de paradas, Colin Braun relargou na frente com o Acura #60, mas foi deixado para trás por Kobayashi, que assumiu a ponta novamente, e Nasr, que se manteve em segundo.
Nove Horas em Daytona – Big-one e brasileiros comprometidos
Chegando na marca das oito horas de prova, a Aston Martin #007 perdeu um pneu no meio da pista e provocou mais uma bandeira amarela. No entanto, o caos maior estava por vir na relargada. O Cadillac #40, que vivia um bom momento antes da bandeira amarela e depois do grande stint de Kobayashi, levou um toque com Louis Delétraz no volante e provocou um big-one.
Entre os atingidos, dois carros de brasileiros: o #48 de Farfus e o #73 de Fittipaldi. No caso, Hesse e Cumming estavam a bordo no momento da batida, respectivamente, e danificaram fortemente os bólidos, comprometendo de vez a corrida dos brasileiros.
Na nova relargada, menos caos e nenhum novo incidente. Aitken manteve a liderança com a Cadillac #31, enquanto Tandy trazia o #7 da Porsche em segundo, mesmo após Nasr se enroscar com Campbell nos boxes e ser forçado a dar uma ré para conseguir sair do lugar após o pit-stop.
12 Horas em Daytona – Dobradinha da Porsche na GTP
Com cerca de 11 horas de corrida, mais um acidente afetando um brasileiro. O carro #31 da Cadillac, que conta com Drugovich na escalação, bateu com Vesti no volante. O dinamarquês perdeu o controle do protótipo na saída da última curva do traçado e acertou o muro em cheio. Com isso, o #10 era o último sobrevivente da Cadillac em Daytona e passou a liderar a prova com Filipe Albuquerque no comando.
Chegando nas 12 horas, a Porsche estava puxando um 1-2 com Nasr de volta à frente do pelotão e de Campbell, que vinha em segundo. O Acura #60 da Meyer Shank também voltou a figurar entre os líderes e estava na terceira posição, com Scott Dixon pilotando.
O #10, já não estando mais na liderança e agora com Will Stevens pilotando, ainda estava na briga pelos primeiros postos e aparecia em quarto na marca das 12 horas em Daytona. Logo atrás, Kevin Magnussen comandava o #24 da BMW e Pascal Wehrlein trazia o Porsche #85 da JDC-Miller.
A Porsche #5, por outro lado, teve de abandonar após uma rodada de Nico Pino que resultou em um problema de suspensão traseira no protótipo da Proton Competition.
Na LMP2, o #22 da United estava na liderança, com Rasmus Lindh, após um bom stint de Paul di Resta. Tom Dillmann estava em segundo, com o #43 da Inter Europol, e Dane Cameron fechava o top-3 com o #99 da AO Racing.
Neil Verhagen estava na liderança da GTD Pro com o #1 da Paul Miller, enquanto Klaus Bachler estava em segundo com o #77 da AO Racing. As duas Fords de Olsen e Priaulx fechavam os quatro primeiros da classe, enquanto a Ferrari #70 de Frederik Schandorff estava na ponta da GTD.

15 Horas em Daytona – Porsche segue comandando e Derani abandona
O controle da corrida seguiu nas mãos da Porsche entrando na metade final. Agora, Jaminet estava na ponta pela equipe do carro #6, com Laurens Vanthoor trazendo o #7 em segundo, mas revezando a liderança com o outro protótipo de fábrica da marca alemã.
Blomqvist mantinha o Acura #60 na terceira posição, mas tinha tentado voltar à liderança pouco antes, na última relargada. No entanto, foi deixado para trás também por Vanthoor e se distanciou da Porsche #6. Anteriormente, tinha liderado o pelotão com Braun no volante logo após a oitava bandeira amarela da corrida.
Essa última entrada do safety-car, inclusive, aconteceu por conta de um incêndio no Chevrolet Corvette #36 de Charlie Eastwood, que tem Derani na equipe. Por conta do incidente, o carro precisou ser recolhido e abandonou a prova.
18 Horas em Daytona – Domínio sem fim da Porsche
A 18ª hora começou em Daytona com a Porsche ainda puxando uma dobradinha na GTP. Tandy seguia à frente com o #7, enquanto Campbell estava 5,6s atrás com o #6. Ao longo das próximas rodadas de pit-stops, os dois carros de fábrica se revezaram na liderança.
Também entre as primeiras posições figurava a BMW #24, com Philipp Eng, em terceiro e o Acura #60, de Scott Dixon, em quarto. O carro da Meyer Shank, porém, sofreu com problemas pouco antes quando Felix Rosenqvist acabou raspando a barreira de pneus na curva 6 e acumulou danos.

Christian Rasmussen, por outro lado, estava na liderança da LMP2 com o #99 da AO Racing, com Job van Uitert logo atrás no #8 da Tower Motorsports. Na GTD Pro, o #1 da Paul Miller estava na liderança pelas mãos de Madison Snow.
Na GTD, Matt Bell aproveitou um drive-through para o carro #57 da Winward para assumir a liderança com o Chevrolet Corvette #13.
21 Horas em Daytona – Porsche #7 mantém a liderança e Serra apagado após problemas
Na 20ª hora, entre os brasileiros restantes na prova, a situação era mais favorável para Nasr, que estava à frente do pelotão da GTP com Laurens Vanthoor comandando o #7. Massa, na LMP2, estava em pista e trazia o #74, também de Fraga, na sétima colocação, mas três voltas atrás do líder.
Daniel Serra, que vinha forte na Ferrari #34, teve problemas ao longo da madrugada e teve de ficar no boxes por muito tempo. Com Sbirrazzuoli a bordo, o carro da Conquest Racing caiu para 46 voltas atrás do líder da GTD, Marvin Kirchh fer no Chevrolet #13.

Na GTP, o Acura #60 liderou brevemente durante a rodada de pit-stops, mas logo devolveu a liderança para o Porsche #7 após realizar sua parada. Vanthoor seguia no comando do carro e Jaminet vinha logo atrás para manter a dobradinha da equipe.
Horas Finais em Daytona – Nasr passa Campbell no fim e leva Porsche #7 ao triunfo
Já na reta final, uma cena inusitada. Tommy Milner, que liderava com o #4, e Connor De Phillippi, no #1, estavam disputando a ponta da GTD Pro quando o líder da classe foi atrapalhado pelo retardatário Augusto Farfus e se chocou com o segundo colocado, acumulando danos na traseira. Revoltado, Milner pôs a mão para fora do carro e mostrou o dedo do meio.
Na GTP, a disputa pela liderança se abriu entre os dois carros da Porsche Penske, que já estavam a 17s da BMW #24 que vinha em terceiro. O #7, comandado por Tandy, estava apenas 2s à frente do #6 de Estre com 2h36min restantes no cronômetro.
Com a distância caindo, a briga pela ponta começou e favoreceu Estre, que vinha em um ritmo mais forte e assumiu a primeira posição. Porém, Tandy foi o primeiro a parar nos boxes e entregou o carro nas mãos de Felipe Nasr para o stint final instantes antes de uma bandeira amarela paralisar a corrida por conta de um problema que fez o #88 da AF Corse parar na pista.
Com o timing favorecendo o brasileiro, o #7 voltou à ponta, com a BMW #24 de Dries Vanthoor logo atrás na relargada e Estre apenas em terceiro. No recomeço, o belga parecia estar mais forte, retomou a liderança, mas acabou errando e abriu para Nasr reassumir a primeira posição após uma disputa emocionante roda a roda.
Estre também aproveitou para deixar a BMW para trás e voltar a formar a dobradinha da Porsche na GTP. Com isso, novamente a briga estava aberta pela liderança em meio ao tráfego de GTs. Após mais uma rodada de pit-stops, Nasr caiu para a terceira posição atrás de Vanthoor e o #6, agora com Campbell, assumiu a liderança.
Uma nova bandeira amarela aconteceu, agora por causa da Lamborghini #78, da classe GTD, que parou na pista. A bandeira verde veio com 38 minutos para o fim. Nasr veio embalado e conseguiu tirar Dries Vanthoor da frente, iniciando a pressão em cima de Campbell. Com um problema na carenagem, a BMW perdeu até o terceiro lugar para a Meyer Shank de Tom Blomqvist.
Na GTD Pro, uma briga tripla pela liderança entre Dennis Olsen (#65), Alexander Sims (#3) e Kelvin van der Linde (#1), com o norueguês se segurando na ponta. Liderando a LMP2 com o #18 da Era Motorsport, Paul-Loup Chatin errou sozinho e escapou, entregando a ponta para Mathias Beche, com o #52 da PR1/Mathiasen. Depois de um pit-stop, Sébastien Bourdais assumiu a ponta com o carro #8 da Tower Motorsports.
Finalmente colado em Campbell, Nasr ultrapassou o companheiro de equipe na reta principal com 23 minutos para o fim. E fez boa defesa para sustentar a ponta no giro seguinte. Blomqvist encostou para promover uma briga tripla pela vitória.

