Tower perde vitória das 24H de Daytona na LMP2 por infração técnica. Massa sobe para 2º
O desgaste excessivo da prancha do assoalho levou o IMSA a punir o #8 da equipe Tower, que caiu de primeiro para 12º na classe LMP2. O #22, da United Autosport, herdou a vitória
A equipe Tower Motorsport perdeu a vitória conquistada nas 24 Horas de Daytona, concluída no último domingo (26), na classe LMP2 por infração técnica. Com a punição, o #22 da United Autosport, dos pilotos Daniel Goldburg, Paul di Resta, Rasmus Lindh e James Allen, foi promovido ao primeiro lugar, com o #74 da Riley — equipe de Felipe Massa, Felipe Fraga, Josh Burdon e Gar Robinson — herdando o segundo posto.
O IMSA, órgão responsável pela competição, emitiu comunicado confirmando que o #8, guiado em Daytona por Sébastien Bourdais, John Farano, Sebastián Álvares e Job van Uitert, excedeu o desgaste máximo da prancha do assoalho, definido em 5 mm pelos regulamentos técnicos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
A Tower até apresentou protesto contra a decisão, mas foi negado pelo IMSA. O #8, portanto, cai para 12º e último na classe LMP2. A sanção ainda promove o #52 da equipe PR1/Mathiasen (Mathias Beche, Benjamin Pedersen, Ben Keating e Rodrigo Sales) ao pódio.
“Viemos para Daytona com um objetivo muito claro e o alcançamos”, declarou o CEO da United Autosports, Richard Dean, após a correção do resultado. “Vencer as 24 Horas de Daytona em qualquer ano é muito especial, mas vencê-la alguns meses depois de comemorar a vitória nas 24 Horas de Le Mans torna esse momento ainda mais incrível.”

“Zak [Brown] e eu gostaríamos de agradecer a toda a equipe pela dedicação e comprometimento. Podemos ficar muito orgulhosos do que conquistamos”, completou.
O chefe da Tower, Ricky Capone, externou a frustração com a decisão do IMSA, alegando que a equipe não teve nenhuma vantagem esportiva com o desgaste além do normal da prancha do assoalho.
“A Tower Motorsports está profundamente decepcionada com a decisão da IMSA de punir o #8 depois da inspeção técnica pós-corrida nas 24 Horas de Daytona. Nossa equipe contesta veementemente essa decisão e afirma que não violamos intencionalmente nenhum regulamento técnico”, começou Capone.
“A infração citada pelo IMSA está relacionada ao desgaste excessivo da prancha do assoalho, um problema que pode ocorrer naturalmente ao longo de uma intensa corrida de endurance por causa das variáveis que fogem do controle direto de uma equipe”, acrescentou.
“O carro #8 foi consistentemente aprovado pela inspeção técnica durante todo o evento e em competições anteriores sem problemas. Acreditamos firmemente que esse resultado não reflete nenhuma irregularidade ou vantagem competitiva de nossa parte. Entramos com um protesto formal, que o IMSA negou. Embora respeitemos o processo regulatório, estamos extremamente desapontados com esta decisão”, seguiu.
Capone ainda ressaltou o “orgulho” que sentia de todos por conta do “tremendo esforço e dedicação” ao longo da prova de resistência. Ele finalizou dizendo que entendia se tratar de uma decisão difícil para o IMSA, porém enfatizou a falta de concordância.
“Continuamos comprometidos em manter a integridade do esporte e revisaremos todas as opções possíveis em resposta a esta punição. Estendemos nossa gratidão aos fãs, parceiros e apoiadores, que permanecem do nosso lado enquanto navegamos por essa situação desafiadora”, encerrou.
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