Cadillac #10 confirma vitória nas 24 Horas de Daytona. Farfus é bi na GTLM

A Wayne Taylor Racing venceu pela terceira vez nas últimas quatro edições das 24 Horas de Daytona. Neste domingo (26), o Cadillac #10 tripulado por Kamui Kobayashi, Renger van der Zande, Ryan Briscoe e Scott Dixon triunfou no geral e na principal classe do IMSA SportsCar, o DPi. Nas últimas horas, os GTs protagonizaram as grandes batalhas da prova. Jesse Krohn levou a BMW #24, tripulada também por Augusto Farfus, à vitória na classe GTLM

A Wayne Taylor Racing repetiu o resultado obtido em 2019 e voltou a vencer as 24 Horas de Daytona. Nesta tarde de domingo (26), o Cadillac #10 DPi guiado por Renger van der Zande, Ryan Briscoe, Scott Dixon e Kamui Kobayashi — o grande destaque da tripulação na prova —, cruzou a linha de chegada na frente, levando a equipe à sua terceira conquista em Daytona nos últimos quatro anos. O domingo também foi de festa para Augusto Farfus, que comemorou sua segunda vitória consecutiva na clássica prova na classe GTLM. Na reta final, o BMW M8 GTE #24 foi pilotado por Jesse Krohn, que cruzou a linha de chegada na frente ao superar a dupla da Porsche. A tripulação foi formada também por Chaz Mostert e John Edwards.

 
Depois de uma primeira parte da prova marcada pela força do Mazda #77, o Cadillac #10 mostrou melhor ritmo de corrida e mais resistência, a ponto de superar até mesmo punições como excesso de velocidade no pit-lane e, outra, por sair do pit-lane sob luz vermelha. Mesmo diante de situações que poderiam comprometer uma prova tão acirrada, a Wayne Taylor Racing confirmou a vitória.
 
A Mazda bem que tentou, largou na pole e namorou a vitória em Daytona por um bom tempo, mas teve de se contentar com o segundo lugar com a tripulação formada por Oliver Jarvis, Tristan Nunez e Olivier Pla. O terceiro lugar ficou com o Cadillac #5 da JDC-Miller guiado por Sébastien Bourdais, Loïc Duval e o luso João Barbosa. O brasileiro melhor colocado na DPi foi justamente o estreante Matheus Leist. No seu debute em Daytona, o jovem de Novo Hamburgo finalizou em quinto ao lado de Juan Piedrahita, Chris Miller e Tristan Vautier.
A Wayne Taylor Racing venceu pela terceira vez em quatro anos em Daytona (Foto: IMSA)

Felipe Nasr e Pipo Derani, que dividiram o Cadillac #31 da Action Express com Filipe Albuquerque e Mike Conway, finalizaram em sétimo. Helio Castroneves voltou para a pista depois do incidente na quarta hora da prova ao ser acertado por Harry Tincknell, da Mazda. O brasileiro concluiu em oitavo com o Acura Penske #8 ao lado de Ricky Taylor e Alexander Rossi.

Na classe LMP2, a vitória ficou com a DragonSpeed, que triunfou com Ben Hanley, Henrik Hedman, Colin Braun e Harrison Newey, filho do lendário Adrian Newey. E na GTD, a tripulação do Lamborghini Huracan #48 da equipe Paul Miller, com Andrea Caldarelli, Corey Lewis, Bryan Sellers e Madison Snow terminou na primeira posição.

A Ferrari 488 GTE da Risi Competizione, de Daniel Serra, James Calado, Alessandro Pier Guidi e Davide Rigon, abandonou nas horas finais da prova quando estava em quinto na classe GTLM. E Felipe Fraga, com o Mercedes-AMG GT3 #74 da Riley, finalizou em 11º na classe GTD ao lado de Gar Robinson, Ben Keating e Lawson Aschenbach.


Saiba como foram as horas finais das 24H de Daytona
 
Na reta final da prova, a Wayne Taylor Racing decidiu manter por mais algum tempo Kamui Kobayashi a bordo do Cadillac #10. Com ritmo bem mais forte que Tristan Nunez, que guiava o Mazda #77, e Loïc Duval, com o Cadillac #5 da JDC-Miller, o japonês despontava como o favorito à vitória em Daytona.
 
A vitória na LMP2 estava praticamente garantida com o Oreca #52 da PR1 Mathiasen, que passava a ser guiado por Gabriel Aubry, que tinha duas voltas à frente do segundo colocado na classe, o #18 da Era Motorsport, com Kyle Tilley ao volante.
 
A disputa mais acirrada estava nos GTs. Na classe GTLM, depois do pit-stop para troca de pilotos, a Porsche foi com suas grandes armas para o desfecho da prova e escalou Earl Bamber e Nick Tandy a bordo do #912 e do #911, respectivamente. Já a BMW optou pelo finlandês Jesse Krohn para o turno final com o #24.
 
O #24 liderava na classe justamente até pouco depois do seu pit-stop. Mas Krohn não conseguiu segurar o melhor ritmo do Porsche #912 de Bamber, que fez a ultrapassagem pouco depois e assumiu a liderança.
 
Já na GTD, duelo direto entre os Lamborghini Huracan #44 da GRT Magnus, guiado por Marco Mapelli, e o #48 da Paul Miller Racing, com outro italiano, Andrea Caldarelli a bordo. Os compatriotas lutavam volta a volta pela ponta da categoria.
 
Enquanto os protótipos tinham seus vencedores praticamente encaminhados, a batalha nos GTs era o grande destaque, com direito a tela dividida entre GTLM e GTD na transmissão oficial da prova. A BMW guiada por Krohn não dava descanso para o Porsche #912 de Bamber, enquanto a disputa era roda a roda entre os Lamborghini dos italianos Mapelli e Caldarelli.
Com o M8 #24, a BMW voltou a festejar a vitória em Daytona na GTLM (Foto: IMSA)
Com 1h23min para o fim da prova, a Ferrari #62 da Risi Competizione, guiada por James Calado, enfrentou um furo do pneu traseiro direito na reta oposta, espalhando detritos de borracha na pista. Minutos depois, a equipe, que teve Daniel Serra como um dos seus pilotos, abandonou a prova quando estava em quinto lugar.
 
Pouco antes, mudança na liderança da classe GTD, que passava a ter Caldarelli na liderança, deixando para trás a Lamborghini de Mapelli. Ao mesmo tempo, Krohn mantinha o ataque incessante contra o Porsche #912 de Bamber quando a prova se encaminhava para a hora final.
 
A Porsche chamou seus carros para um pit-stop mais longo, o que ofereceu vantagem momentânea para Krohn, que assumiu a liderança da prova. Na volta para a pista, o #911 guiado por Tandy subiu para segundo, com Bamber ficando em terceiro. O cenário durou até Krohn ir para os boxes fazer seu pit-stop. Só que o finlandês levou muito azar ao se deparar com o LMP2 #18 parado à sua frente antes de fazer troca de pneus e reabastecimento, algo que custou um tempo muito precioso.
 
Krohn ainda voltou à frente depois do pit-stop, mas Tandy veio lançado na pista e não teve dificuldades para fazer a ultrapassagem e recolocar a Porsche na frente na GTLM. Mas o finlandês não desistiu e lutou muito, tirou a diferença volta a volta e, com menos de uma hora para o fim da corrida, reassumiu a liderança da prova, mantida mesmo depois do derradeiro pit-stop da prova.
Com o Cadillac #85, Matheus Leist foi o melhor brasileiro na classificação geral em Daytona (Foto: IMSA)

Com 38 minutos para o fim da prova, Kobayashi ajudava o Cadillac #10 a quebrar o recorde histórico de voltas completadas nas 24 Horas de Daytona ao chegar ao 809º giro, tendo ainda algumas voltas a mais antes de cruzar a linha de chegada. O líder geral ainda parou para fazer um último pit-stop, com o japonês sendo confirmado como o piloto escolhido para encerrar a corrida pela tripulação antes de festejar com a equipe toda no Victory Lane.

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