Com sonho de correr nas 24 Horas de Le Mans em 2020, Billy Monger anuncia volta às pistas em novembro

Primeiro piloto tetra-amputado da história a correr as 24 Horas de Le Mans, Frédéric Sausset anunciou neste sábado a criação de uma academia própria para pilotos portadores de deficiência. Billy Monger é um dos integrantes deste novo projeto que tem como objetivo final a disputa da prova em Sarthe em 2020. O início da preparação vai ser em uma prova de endurance no circuito do Estoril, em Portugal

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Após comover o mundo do esporte com o drama em decorrência do gravíssimo acidente que resultou na amputação das duas pernas, Billy Monger já pensa em voltar às pistas. E sonha, sim, em fazer parte do grid das 24 Horas de Le Mans em 2020. Até lá, o britânico, hoje com 18 anos, vai ter pela frente um longo caminho que compreende a reabilitação física e o desenvolvimento de adaptações para que seja possível voltar ao esporte. Não é nada impossível, visto que pilotos amputados, como Alex Zanardi, continuaram sua jornada no automobilismo.

 
Outro grande exemplo para Monger é Frédéric Sausset. O empresário francês, de 48 anos, fez história ao se tornar o primeiro tetra-amputado da história ao completar as 24 Horas de Le Mans, em 2016. Agora, Sausset tem o projeto de dar sequência à carreira de pilotos portadores de deficiência, como Monger. Como parte deste projeto, o jovem britânico já vai voltar ao esporte durante uma prova em novembro, no circuito do Estoril, como parte de uma etapa do VdeV, categoria de Endurance.
 
Em entrevista coletiva realizada na manhã deste sábado (17) em Le Mans, Monger comentou sobre a academia da qual faz parte e que compreende o seguinte cronograma: seis corridas, com duração de quatro horas cada, da VdeV com um carro de GT3 em 2018. No ano seguinte, Monger tem previsto guiar um carro LMGTE na European Le Mans Series e repetir o mesmo programa em 2020. E, dando tudo certo, Monger vai fazer parte da equipe de Sausset nas 24 Horas de Le Mans do mesmo ano, junto com outros dois pilotos portadores de deficiência.
Billy Monger e Frédéric Sausset anunciaram um novo projeto para pilotos portadores de deficiência (Foto: ACO)
“Fred falou do projeto e como funciona o plano de três anos para preparar uma equipe de três pilotos deficientes para competir em Le Mans em 2020. Isso é só o começo, falamos de um projeto de longo prazo que busca agregar pilotos deficientes para correr em nível mundial”, explicou Monger.
 
“Vamos tentar fazer uma prova de VdeV no Estoril no fim do ano. Esse é o plano. Estou muito ansioso e espero estar preparado, já que vão ser semanas muito difíceis de treinamento e de adaptação aos novos sistemas, mas acho que vou conseguir fazê-lo. Não voltei a pilotar um carro em um circuito desde o meu acidente, só um carro de passeio numa rua atrás de casa. Voltar à pista vai ser o próximo passo, e assim vamos poder ver o que é preciso para melhorar”, complementou o piloto.
 
Aos poucos, Monger vai tentando imprimir um ritmo normal de vida, em que pese as suas limitações após o acidente. O piloto falou com emoção sobre um desses momentos que viveu após ter perdido as pernas, quando teve a chance de dirigir novamente um carro de passeio.
 
“Quando voltei a dirigir um carro em minha casa, foi emocionante. Não é o mesmo que estar em um circuito, obviamente, mas me senti independente, e poder fazer essas coisas novamente por minha conta foi incrível. Fred mostrou no ano passado que esse tipo de coisa pode acontecer e até onde podem chegar os pilotos deficientes. Não estamos aqui para fazer número, mas queremos ser protagonistas e, com a ajuda dos patrocinadores, vamos poder continuar evoluindo”, comentou.
 
Sobre o futuro, Monger não sabe o que esperar, mas deixou claro que alimenta o sonho de fazer parte da maior prova de endurance do mundo. “Não sei o que vai acontecer no futuro, mas, de qualquer forma, Le Mans é um evento muito impressionante. Treino três vezes por semana e trabalho com os fisioterapeutas para melhorar a força das minhas pernas. Sempre tento estar o mais em forma possível. Gosto de treinar e vou seguir trabalhando”.
 
Monger também aproveitou a deixa para agradecer a todos pelo apoio recebido depois de todo o que sofreu nos últimos meses, seja por meio do crowdfunding, que arrecadou quase R$ 3 milhões, ou mesmo mensagens recebidas de todo o mundo. “O apoio que recebi tem sido incrível, e devo agradecer a todo mundo. Isso me ensinou como a comunidade do automobilismo mundial reage, e isso não é positivo só para mim, mas para todo mundo. Isso mostra que o automobilismo é o melhor esporte do mundo. Ainda não tenho palavras para agradecer todo o apoio”.
 

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Por fim, o piloto falou sobre o sentimento de ainda não poder pilotar e que, em meio ao amor pelas corridas e o sonho de voltar a acelerar, tenta se recuperar para retomar sua jornada. 

 
“No começo, doía muito, mas agora, pouco a pouco, dói menos. A dor que sinto em minhas pernas não se compara com a dor que sinto ao não pilotar. Meu sonho segue sendo ter uma trajetória no automobilismo mundial, seja na F1 ou em Le Mans. Esse sempre foi o plano e vai continuar sendo. Agora me concentro apenas em minha reabilitação, e no ano que vem vou terminar os estudos na escola e decidir se vou para a universidade. Não vou fazer isso agora porque não gosto de fazer as coisas de qualquer jeito”, concluiu.
 
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