Diretor do WEC vê Interlagos “no limite” e cobra melhora na organização das 6HSP antes de selar retorno em 2016

Gérard Neveu destacou que há muitos pontos positivos na presença do Mundial de Endurance no Brasil com as 6 Horas de São Paulo, mas cobrou que a estrutura do evento seja melhorada. Neveu mencionou, também, que o Autódromo de Interlagos realmente precisa de uma remodelada por operar no limite

A organização das 6 Horas de São Paulo não satisfaz plenamente o diretor-executivo do Mundial de Endurance, o francês Gérard Neveu, que cobrou uma melhora por parte da promoção local — responsabilidade de Emerson Fittipaldi.

Neveu pregou respeito a toda a história de Fittipaldi no automobilismo, deixou claro que não quer provocar polêmica e ressaltou que há muitos pontos positivos na presença da categoria no Brasil, mas ponderou que é preciso fazer mais. Além disso, destacou que a estrutura do Autódromo de Interlagos também precisa ser aprimorada para acomodar melhor o WEC.

A intenção do dirigente é simples: melhorar o evento e, consequentemente, o campeonato que administra.

Público é visivelmente maior do que nos anos anteriores, ponto positivo ressaltado por Neveu (Foto: Gabriel Pedreschi)

Em entrevista coletiva em Interlagos neste domingo (30), solicitado pelo GRANDE PRÊMIO, Neveu fez uma avaliação do trabalho de Fittipaldi como promotor: “Na vida, às vezes, você tem que ver o que você recebe e não o que espera. Interlagos tem uma longa tradição no automobilismo. Eu tenho certeza que nenhum jornalista aqui vai dizer que esse é um lugar chato para uma corrida. O segundo ponto é: temos muitos fãs porque há uma tradição de verdade e você pode ver que hoje melhoramos muito o público em relação ao último ano. Também temos pilotos brasileiros famosos, como Lucas Di Grassi, e Felipe Massa veio nos visitar na sexta-feira. Então, há interesse. E há uma longa história envolvendo endurance e Interlagos. O evento vai acontecer, acreditamos que teremos uma boa corrida nesta tarde, e era a meta. Mas, com certeza, Emerson é um piloto fantástico”.

Alguns detalhes deixaram a desejar durante o fim de semana, como a internet e os monitores de TV na sala de imprensa e a organização na entrada do autódromo. Antes, Emerson já havia sido notícia por não conseguir arcar com todos os pagamentos relativos a fornecedores.

As 6 Horas de São Paulo ficarão fora do calendário da temporada 2015 do WEC, com o autódromo fechado para uma grande reforma. Neveu teve acesso ao projeto e acredita que ele atenderá todas as necessidades de sua categoria. “Está absolutamente no limite”, disse sobre a condição do circuito paulistano em 2014.

O retorno ao Brasil deve acontecer em março de 2016, mas alguns ponteiros precisarão ser acertados: “A meta é voltar para São Paulo, e há discussões em curso com todas as partes. Marcamos uma reunião para o inverno para ver se todas as condições foram atingidas. Como vocês sabem, o WEC está crescendo muito, e temos que garantir que a organização vai melhorar sempre. Como disse no começo, alcançamos o limite. Não dá para gastar milhões para fazer algo artificial, esse não é o espírito de Le Mans. Nós acreditamos que, com as novas instalações, será possível”.

As imagens do Mundial de Endurance
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Neveu também não gostou por ver que, pelo terceiro ano consecutivo, as 6 Horas de São Paulo coincidiram com uma corrida da Stock Car. Dessa vez, com a prova decisiva que terminou com Rubens Barrichello como campeão em Curitiba.

“É um problema do promotor com a CBA. Um ano atrás, mudamos o calendário porque tivemos uma solicitação especial. Eu não estou feliz por estar aqui três semanas depois da F1 e em novembro, quando há um grande risco de tempestades”, admitiu.

“Aceitamos porque houve a solicitação por causa do trabalho na pista e o outro motivo foi a Copa do Mundo, pois toda a atenção da mídia estaria voltada à Copa. Mas o que sei muito bem é que a Stock Car mudou seu calendário algumas semanas atrás. O que posso fazer? Não posso mudar a data, não era minha decisão”, concluiu.

Essa é a terceira edição das 6 Horas de São Paulo, evento que nasceu em 2012 junto do Mundial de Endurance. Neste ano, a prova é marcada pelo retorno de Fittipaldi às pistas com uma Ferrari F458 da AF Corse.

GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o Mundial de Endurance em Interlagos com os repórteres Renan do Couto e Gabriel Curty e o blogueiro Rodrigo Mattar. Acompanhe o noticiário aqui.

SANDUÍCHE DE PRESUNTO, NÃO

Ainda na volta de apresentação, enquanto liderava o pelotão para a largada, Rubens Barrichello disse no rádio que ele e a equipe precisavam fazer o “arroz com feijão” na prova decisiva em Curitiba. Dito e feito. É bem verdade que Barrichello levou um pequeno susto no início, mas isso não o tirou da zona confortável para garantir a taça. E com o terceiro lugar, o ex-piloto da F1 e da Indy se sagrou campeão da Stock Car.

É o primeiro título do paulista desde a conquista da F3 Inglesa em 1991. Fora da briga pelo campeonato, Daniel Serra venceu com tranquilidade a corrida curitibana. Átila Abreu bem que tentou tirar o título de Rubens, mas acabou mesmo em segundo. Cacá Bueno foi o quarto, enquanto Allam Khodair completou o top-5.

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UMA NASCA DE BACANA

O jejum foi enfim quebrado. Depois de 23 anos esperando, Rubens Barrichello conquistou um título neste domingo (30), após terminar em terceiro na prova final do calendário da Stock Car, em Curitiba. O resultado foi suficiente para o piloto sagrar-se campeão da categoria.

Para isso, o piloto precisou escapar de uma "casca de banana". E evitou longos agradecimentos senão "ia ficar até o 'Fantástico'".

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