Em sexto no grid da corrida de despedida, Kristensen garante foco na prova, mas fala em "aproveitar o momento"

O desempenho do Audi #1 na classificação deste sábado (29) para as 6 Horas de São Paulo não foi dos melhores. Lucas Di Grassi, Loïc Duval e Tom Kristensen vão partir da sexta colocação na prova que encerra o campeonato de 2014 do WEC. Tanto o brasileiro quanto o dinamarquês – os dois que marcaram tempo na classificação – citaram a estratégia conservadora da Audi e a proximidade para o outro carro da equipe. Para o brasileiro, uma vitória neste domingo será tarefa árdua, especialmente pela não adequação do conceito do protótipo às características da pista de Interlagos. Enquanto isso, o danês falou da parte sentimental de sua prova de despedida.

 

Ao GRANDE PRÊMIO, Di Grassi concordou que o ritmo de corrida da Audi é bom e afirmou que um erro durante a classificação interferiu no resultado do #1.

 

“Nós temos um ritmo de corrida bom, mas a nossa configuração de híbrido atrapalha para fazer algo melhor na classificação. A gente podia ter ficado na frente do outro carro da equipe, mas tivemos um erro dentro da própria equipe. Enfim, classificar em quarto, quinto ou sexto não muda nada em uma corrida de seis horas”, declarou.

 

O brasileiro explicou que o erro foi na estratégia e consistiu em não tentar mais uma volta para baixar o tempo.

 

“A gente teria como fazer mais uma volta, mas a equipe me chamou. Foi um erro de estratégia, nada muito grande, mas acho que dava para melhorar bem o tempo”, falou.

 

Ao ser questionado sobre qual meta a Audi seguia para a corrida deste domingo, Di Grassi admitiu que um lugar no pódio já estaria de bom tamanho.

 

“Acho que uma meta realista é conseguir um lugar no pódio. Vencer é mais complicado, a nossa chance é descobrir algo muito importante que não estamos fazendo. A Toyota e a Porsche estão muito rápidas e, pelo conceito do nosso carro, aqui vai ser difícil vencer. Por isso, um lugar no pódio já seria interessante”, explicou.

Para Kristensen, a estratégia conservadora da equipe pode resultar em um stint mais longo na prova.

 

“Nós ficamos muito próximos do Toyota #7 e do nosso outro carro, então fica a sensação de que poderíamos ter ficado mais para frente no grid. Mas, como a estratégia foi conservadora, vamos torcer para que nossos pneus aguentem um primeiro stint bem longo”, disse ao GP.

 

Sobre o apelo sentimental de sua última corrida, o dinamarquês garantiu estar completamente centrado na prova, mas sabe que precisa curtir o momento.

 

“Estou totalmente focado na corrida, mas eu sei que preciso aproveitar muito esses últimos momentos na corrida de amanhã", afirmou.

 

Di Grassi e Kristensen aparecem na quarta colocação na temporada 2014 do Mundial de Endurance. O Audi #1 ainda busca a primeira vitória no campeonato.

O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o Mundial de Endurance em Interlagos com os repórteres Renan do Couto e Gabriel Curty e o blogueiro Rodrigo Mattar. Acompanhe o noticiário aqui.