Equipe de Fraga decide não recorrer após punição que tirou vitória nas 24 Horas de Le Mans

Ben Keating, dono da equipe e um dos pilotos da tripulação que venceu na pista as 24 Horas de Le Mans na classe LMGTE-AM no último domingo, lamentou a punição que resultou na desclassificação e na consequente perda do triunfo em La Sarthe. O norte-americano, companheiro de equipe de Felipe Fraga, disse que “não deixou margem suficiente para erro” no sistema de combustível, o que sacramentou a sanção, publicada na última segunda-feira

Um dia depois da glória, a tristeza pela perda de uma grande conquista. A Keating Motorsports, equipe norte-americana que triunfou nas 24 Horas de Le Mans na classe LMGTE-AM no último domingo (16) com o brasileiro Felipe Fraga, o holandês Jeroen Bleekemolen e o norte-americano Ben Keating, também dono do time, foi punida “por não cumprir tempo mínimo de reabastecimento completo” e por “volume total de combustível acima do limite permitido”, sendo assim desclassificada da corrida. A sanção foi anunciada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) na segunda-feira, após vistoria no Ford GT #85.
 
As margens que resultaram nas punições, a primeira com o acréscimo de 55s2 no tempo total de prova — que daria o segundo lugar na LMGTE-AM — e a segunda, com a desclassificação da corrida, forma muito pequenas. A inspeção detectou que o Ford GT #85 excedeu a capacidade máxima de combustível em apenas 100 ml e não cumpriu o tempo mínimo de reabastecimento completo por apenas 0s6.
 
Keating afirmou, em entrevista ao site ‘Sportscar365’, que não vai recorrer da punição. O texano deixa claro que nada foi feito com a intenção de obter vantagem competitiva na pista.
Ben Keating afirmou que a equipe não vai recorrer da punição após perder a vitória em Le Mans (Foto: Wynns Racing)

“É lamentável. A única coisa que nós podemos descobrir é se a bexiga de combustível tinha uma ruga. Mas, de uma forma ou de outra, durante a corrida de 24 horas, nossa célula de combustível se expandiu. Se tivesse sido o segundo colocado, diria que regra é regra”, lastimou.

 
Em relação à segunda infração, que foi não ter cumprido o tempo mínimo de reabastecimento, de 45s, Keating disse que foi resultado de um erro de cálculo. O piloto e dono da equipe contou que a tripulação responsável pelo reabastecimento realizou vários testes antes da corrida.
 
“Extrapolamos o que achamos que seria uma carga completa de 45s. Não fizemos o certo e não deixamos margem suficiente para erro. Nos dois casos, nós simplesmente tentamos chegar perto demais do sol”, lamentou.
 
“A Keating Motorsports não tentou obter uma vantagem injusta. Nós corremos segundo as regras e muito perto do limite. O fato é que nossa equipe teve uma performance impecável, fizemos uma grande corrida e nada pode tirar isso de nós”, disse o texano.
 
Ainda que a perda da vitória em Le Mans seja bastante dolorosa, Keating deixou claro que pretende voltar à prova. “Acho que temos a capacidade de nos apresentar em um nível para vencer novamente a corrida. Nós não vencemos porque obtivemos qualquer tipo de vantagem em qualquer forma de abastecimento”.
 
“Olhando para trás, gostaria que tivéssemos colocado 0s5 de margem e 0,5 L de margem e tudo estaria bem. Se tivesse de fazer tudo novamente, teria feito essas coisas, já que uma corrida como essa não é vencida por 0s5 a cada parada. Espero voltar e provar que [a vitória] não foi obra do acaso”, concluiu.

 

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