Fittipaldi cansa com ar-condicionado quebrado, mas exalta “espetacular” Ferrari: “Melhor do que eu pensava”

A ansiedade do filho, os pitacos de Alex Dias Ribeiro e as conversas com Alessandro Pier Guidi e Jeffrey Segal: de dentro dos boxes, como foi o dia de Emerson Fittipaldi no Mundial de Endurance

Emerson Fittipaldi, pela primeira vez em mais de duas décadas, participou de uma sessão oficial de uma competição internacional. E foi de Ferrari, um sonho que ele sempre teve, mas nunca teve a chance de fazê-lo na F1. Neste fim de semana, em Interlagos, ele disputa as 6 Horas de São Paulo com um modelo F458 da AF Corse. Encerrado o primeiro dia de treinos, estava encantado: “Muito legal. Espetacular. O carro é muito bacana.”

De dentro dos boxes, o GRANDE PRÊMIO acompanhou a participação de Fittipaldi no segundo treino livre desta sexta-feira (28), sessão que começou com o filho mais novo extremamente ansioso.

“Ele fica elétrico perto do carro”, contou ao GP.

Emerson Fittipaldi realiza sonho de guiar pela Ferrari em Interlagos (Foto: Renan do Couto/Grande Prêmio)

Emmo, 7, é o filho mais novo do piloto de 67 anos. Ainda vestia o uniforme da escola, e depois foi acompanhar a sessão em outro lugar. Quem permaneceu na garagem durante todo o tempo foi um amigo dos velhos tempos: Alex Dias Ribeiro. Virava e mexia, fazia tirava uma foto com alguém antes de imergir no trabalho mais sério.

Piloto de F1 na década de 1970, Alex já não compete há algum tempo. Quase dois anos mais novo, disse que a volta de Emerson não o faz pensar no mesmo, mas elogia a determinação do colega. “Quando eu parei, foi muito difícil, mas agora isso passou. Mas é muito legal ver que ele não pendurou as chuteiras”, comentou.

Alex ajudou Emerson a vestir o capacete antes da sessão começar e, depois que o bicampeão da F1 deu suas voltas pela pista, ficou conversando sobre a performance do carro e o ajudando a analisar os tempos que surgiam na tela.

Os companheiros de equipe, por sua vez, davam dicas. Emerson ficou um bom tempo conversando com Alessandro Pier Guidi enquanto Jeffrey Segal andava no #61. “Ele é o mais rápido de quase todos os pilotos que têm aqui”, elogiou. “E está me ajudando muito. O Segal também ajuda.”

Emerson Fittipaldi realiza sonho de guiar pela Ferrari em Interlagos (Foto: Renan do Couto/Grande Prêmio)

Um pouco de drama, mesmo, só pela quebra do ar-condicionado. Fez certo calor ao longo da tarde, quando o sol brilhava forte, mas a temperatura caiu para o TL2 com a aproximação de algumas nuvens. Ainda assim, o calor dentro do cockpit o deixou um pouco mais cansado. “Mas dá para ir”, minimiza. Cansou, também por ter treinado com um carro da Porsche Cup pela manhã para ganhar mais horas de voo antes de encarar a categoria principal. Ele deve guiar por duas horas na corrida do próximo domingo.

“Estou muito motivado, é muito bacana, e o carro é melhor do que eu pensava. Achei que ia ser mais difícil. Ainda estou fora do ritmo, mas chegando perto. Está bem melhor”, afirmou.

Sua melhor volta foi 1min33s678, registrada depois que ele parou para colocar um jogo de pneus novos. Pier Guidi, que andou primeiro no carro, cravou 1min31s891, ao passo que Segal estacionou na casa de 1min32s. No TL1, o trio havia ficado na segunda posição da classe GTE Am. No fim da tarde, caiu para o sexto posto.

GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o Mundial de Endurance em Interlagos com os repórteres Renan do Couto e Gabriel Curty e o blogueiro Rodrigo Mattar. Acompanhe o noticiário aqui.

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AS PAZES COM O TÍTULO?

Rubens Barrichello desembarca neste fim de semana em Curitiba na condição de favorito ao título da Stock Car. O piloto precisa apenas de um quarto lugar para garantir a faixa de campeão. É a primeira vez em 23 anos de carreira que Barrichello, 42 anos, vai viver uma etapa efetivamente decisiva.

A última vez em que isso aconteceu foi em 1991, quando conquistou o título da F3 Inglesa. Naquela época, o brasileiro já chamava atenção pelos resultados vitoriosos no kart e estava só em sua terceira temporada nos monopostos.

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GRANDE PRÊMIO NO
MUNDIAL DE ENDURANCE

O fim de semana também tem a etapa final do Mundial de Endurance (WEC) em Interlagos e vai contar com a volta às pistas de Emerson Fittipaldi. O bicampeão da F1 e campeão da Indy vai guiar uma Ferrari 458 Italia.

As 6 Horas de São Paulo vão marcar também a disputa de título entre as equipes Toyota e Audi e a despedida do maior piloto da história do endurance, Tom Kristensen.

O GRANDE PRÊMIO cobre 'in loco' o WEC em Interlagos com os jornalistas Renan do Couto e Gabriel Curty e os blogueiros Flavio Gomes e Rodrigo Mattar. Acompanhe tudo aqui.

BLOND. JANE BLOND

Diante da pior temporada de seus últimos 22 anos — sem nenhuma vitória —, a Ferrari resolveu reagir não só mudando de piloto, chefe de equipe e outras pessoas importantes de sua cúpula. E um dos pontos de partida está em descobrir os segredos de quem fez um dos melhores carros da história da F1.

Assim, a Ferrari fez uso de um espião nos testes em Abu Dhabi. Um espião, não. Uma espiã. Que logo foi batizada por 'Jane Blond', em alusão à famosa personagem de James Bond.

Leia a ESPIONAGEM/REPORTAGEM completa no GRANDE PRÊMIO.

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