Castroneves bate Cadillac em duelo apertado e vence 24H de Daytona com Meyer Shank

Helio Castroneves, Tom Blomqvist, Simon Pagenaud e Oliver Jarvis dividiram o Acura #60 e venceram as 24 Horas de Daytona, neste domingo (30), com a Meyer Shank. Felipe Fraga triunfou na classe LMP3, com a Riley Motorsports

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A equipe da Meyer Shank é a grande campeã das 24 Horas de Daytona de 2022, com o quarteto de Helio Castroneves, Tom Blomqvist, Simon Pagenaud e Oliver Jarvis. Só que para chegar ao lugar mais alto do pódio não foi fácil. O Acura #60 teve uma grande disputa com os carros #5 e #31 da Cadillac, mas conseguiram finalizar a prova com 1-2 da Acura, já que o time da tricampeã Wayne Taylor ficou logo atrás.

Na largada da 60ª edição da prova de longa duração, Kamui Kobayashi, que dividiu o Cadillac #48 com Mark Rockenfeller, Jimmie Johnson e José Maria López, aproveitou a deixa do pole-position Filipe Albuquerque, com o Acura #10 da Wayne Taylor — equipe tricampeã e mais recente vencedora em Daytona, em 2021 —, que foi para a terceira posição, para também ultrapassar Tristan Vautier e assumir a ponta. O japonês foi o líder da primeira hora, que também foi marcada por bandeira amarela após Dwight Merriman, da classe LMP2, com o Oreca #18 da Era Motorsport, errar o ponto de frenagem e ir parar na barreira de proteção.

Só que na terceira hora de corrida, um dos vencedores de Daytona em 2021, o brasileiro Helio Castroneves, assumiu a liderança com o Acura #60 da Meyer Shank. Depois de Kobayashi, é verdade que López tomou o volante e seguiu na liderança. Mas, mesmo após uma disputa com Sébastian Bourdais na curva 1, o argentino não conseguiu aquecer bem os pneus e perdeu a posição.

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A Ganassi teve muitos problemas no decorrer da prova (Foto: Divulgação/IMSA)

Assim, a Ganassi nas mãos de Renger Van der Zande assumiu a ponta, com Will Stevens, da Wayne Taylor, na segunda colocação. Castroneves, no entanto, aproveitou duas bandeiras amarelas para parar antes da maioria dos pilotos e tomar a ponta. Mas ele acabou tendo um problema no pneu traseiro esquerdo, o que o fez retornar aos boxes e, assim, perder a liderança.

Nas nove horas restantes da prova, as equipes com carros da Acura seguiam levando a melhor sobre a Ganassi que, por sua vez, enfrentou muitos problemas. Kevin Magnussen, parceiro de Earl Bamber, Alex Lynn e Marcus Ericsson, chegou a liderar a prova por 30 segundos com o Cadillac #2, mas sofreu uma ‘pane’ técnica em seu carro.

Isso significou que o brasileiro Pipo Derani, da Ally Cadillac, ficou com a liderança. Só que a sequência foi cheia de problemas para os carros da marca norte-americana. Depois de algumas bandeiras amarelas, a liderança vinha sendo trocada pelos Acura #10 e #60, com Ricky Taylor e Castroneves. Quando Bamber assumiu o Cadillac #2, subiu no pelotão de forma ameaçadora e chegou a liderar a prova na 12ª hora, mas voltou a perder posição para o piloto brasileiro. Contudo, Castroneves foi penalizado por excesso de velocidade no pitlane, dando a liderança ao Cadillac #5, de Richard Westbrook.

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Os carros da Acura lideraram por boa parte a corrida em Daytona (Foto: Divulgação/IMSA)

Nas horas seguintes, houve mais problemas para a Ganassi. Bamber até chegou à segunda posição na prova mas, por conta de uma quebra na bomba de combustível do carro #2, teve de ir aos boxes. Quem teve mais sorte foram os carros da Acura, que mantiveram uma liderança confortável por mais de seis horas de prova: Wayne Taylor na frente, com Meyer Shank logo atrás.

A menos de três horas para o fim da prova, Cadillac e Acura firmavam batalha intensa. Os carros #10 e #60 da marca japonesa, contra o #5 e o #31. Tanto Mike Conway da Ally Cadillac, como Alexander Rossi, da Wayne Taylor, tiveram falhas técnicas e, por isso, trocaram por diversas vezes de posição.

Por fim, nos momentos finais, Castroneves assumiu o volante do carro #60 e liderou o restante da prova. O brasileiro, que foi campeão em Daytona em 2021, repete o triunfo nesta temporada. Para fechar a 60ª edição, o quarteto da Wayne Taylor colocou o carro #10 na segunda posição, marcando o 1-2 da Acura.

A classe LMP2 foi conquistada pela equipe da DragonSpeed, no Oreca #81, guiado por Colton Herta, Eric Lux, Devlin Defranceso e Patricio O’Ward. O quarteto enfrentou algumas batalhas no início da prova de longa duração, mas cruzaram, enfim, a linha de chegada com tranquilidade.

Já a categoria LMP3 viu a vitória do carro #74 da Riley Motorsports. O modelo tinha ao volante o brasileiro Felipe Fraga, além de Gar Robinson, Kayvan Berlo e Michael Cooper.

Na categoria GTD PRO, a batalha entre os carros #2 e #9 durou até os minutos finais. Mas quem levou a melhor foi a equipe da Pfaff Porsche, com o trio de Mathieu Jaminet, Mapp Campbell e o brasileiro Felipe Nasr. Já na GTD AM, o time da Wright Motorsports com Jan Heylen, Richard Lietz, Ryan Hardwick e Zacharie Robson, cruzou a linha de chegada na primeira posição.

Os demais brasileiros em Daytona

Augusto Farfus Jr, que disputou a prova de longa duração pela RLL BMW e ao lado de Jesse Krohn, Connor De Phillippi e John Edwards, terminou em 31º lugar na classificação geral e em sétimo na classe. Já Daniel Serra, que competiu pela Risi Competizione Ferrari ao lado de Davide Rigon, Alessandro Pier Guidi e James Calado, ficou com a 20ª colocação na classificação final e na segunda posição na classe. Ambos os pilotos competiram pela GTD PRO.

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