A Audi vem forte para a temporada 2016 do Mundial de Endurance, não há dúvida. Envolto em todo o mistério que a montadora alemã fez sobre a qualidade do novo carro estava a capacidade que teria. Depois de duas vitórias em duas etapas –
a segunda neste sábado em Spa-Francorchamps -, está claro que está ao menos na mesma página da Porsche.
E é verdade também que os dois trios da Porsche tiveram problemas, assim como o Toyota #8. Mas tudo isso faz parte do automobilismo. O carro de Di Grassi resistiu num circuito de Spa-Francorchamps que é sabidamente exigente dos carros que por lá passam – méritos da Audi. Também foi o piloto brasileiro e sua maior rival do momento, Sébastien Buemi, que protagonizaram a melhor briga na pista belga. E lá em Silverstone, foi de Lucas a volta mais rápida do final de semana.
É inegável que Di Grassi se tornou de vez um nome de assinatura. Não que tenha sido descoberto como piloto de qualidade em 2016, longe disso, evidente. Mas foi nestes últimos meses, ano e meio, que aumentou o sarrafo. Hoje não é qualquer absurdo dizer que Lucas é um dos melhores pilotos do mundo. Se alguém citar a F1, a resposta deve ser uma apenas e tão somente: que se dane a F1.
Diga a alguém como Tom Kristensen e suas nove vitórias em Le Mans que um piloto precisa ter tido sucesso na F1 para ser um dos melhores do ramo. Ninguém vai dizer, certo? O princípio é o mesmo. Alguém vai dizer a Dario Franchitti ou Scott Dixon e seus oito títulos combinados da Indy e três vitórias nas 500 Milhas de Indianápolis? Óbvio que não. Assim como não vai dizer sobre Stefan Bellof, um gênio dos protótipos nos anos 1980 e que morreu sem ter tido a chance de mostrar na F1 do que era capaz.
Lucas Di Grassi festeja vitória no eP de Paris da F-E neste sábado (Foto: Getty Images)
Não que a Audi seja favorita absoluta para o título. A Porsche ainda parece ter o melhor maquinário da categoria LMP1, mas a Audi está no começo do desenvolvimento. Daqui até o final da temporada o novo R18 e-tron quattro vai apenas melhorar, então a Porsche deveria estar abrindo vantagem neste ponto da temporada. E não está nem perto disso, embora a liderança do campeonato seja de Marc Lieb/Neel Jani/Romain Dumas. A proximidade é perigosa.
Se entre os pilotos citados como melhores da história fora da F1 há em comum um traço que falta a Lucas – os títulos -, isso é o que está em jogo aqui. Di Grassi é um sério candidato a vencer não apenas em Le Mans, mas a ser campeão do WEC. E é o favorito a ser campeão da F-E. Nunca na história do automobilismo um piloto venceu duas das categorias top do cenário mundial no mesmo ano. Nem em tempos que Jim Clark vencia a Indy 500 e a F1, ou Juan Manuel Fangio faturava as 24 Horas de Le Mans e a F1. Os pilotos não disputavam duas categorias completas.
Não é algo que passe despercebido. Certamente a ideia de entrar na história desta forma é algo que delicia os pensamentos de um piloto. Lucas está na trilha para vencer a F-E e agora provou que pode ser o primeiro brasileiro desde Raul Boesel, em 1987, a ser campeão mundial de endurance. E quem é que vai dizer que não é um baita feito?
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Mais ainda: já que Indy e F-E não possuem a chancela de Campeonato Mundial de acordo com a FIA – então os títulos de Gil de Ferran, Tony Kanaan e Nelsinho Piquet não entram nesta discussão -, o automobilismo brasileiro não vence um título mundial desde Ayrton Senna ganhar o tricampeonato da F1 em 1991. São 25 anos. Lucas é quem pode quebrar o jejum de duas décadas e meia ao vencer o WEC.
Se na primeira metade de 2015 dizíamos que era um bom momento para ser o grande rival de Lucas, Nelsinho – que vencia a F-E e mostrava seus dotes em várias categorias e tipos de carro pelo mundo -, este maio de 2016 é o melhor período possível para ser Di Grassi. Que fase.
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