Retornos, sonhos de vitórias e pódios: os seis brasileiros das 24 Horas de Le Mans

Chances de vitória para Daniel Serra, André Negrão na briga por pódio no geral e retornos de Felipe Nasr e Pipo Derani marcam participação brasileira na edição 2021 das 24 Horas de Le Mans

A 89ª edição das 24 Horas de Le Mans acontece tentando trazer a normalidade de volta. Não acontece na data tradicional, no mês de junho, e sim entre o próximo sábado (21) e domingo (22), permitindo a presença de 50 mil fãs no Circuit de La Sarthe.

O número de brasileiros caiu em comparação com a edição pandêmica em 2020. Serão 6 em vez de 7, mas com algumas novas caras que retornam ao maior palco do endurance mundial. Com representante nas quatro categorias, os pilotos André Negrão, Pipo Derani, Felipe Nasr, Daniel Serra, Felipe Fraga e Marcos Gomes sonham com pódios e até vitórias no fim de semana.

A largada está agendada para às 11h (de Brasília) do sábado.

A classe dos hipercarros, com 5 inscrições, terá dois brasileiros: André Negrão e Pipo Derani. Guiando pela Alpine, André fará sua quinta participação na tradicional corrida, mas apenas a primeira na classe principal. Em 2018 e 2019, saiu com a vitória na classe LMP2. Na edição passada, teve um problema antes mesmo da prova começar e amargou apenas o quarto lugar na categoria.

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André Negrão já venceu na LMP2 (Foto: François Flamand/DPPI

Na atual temporada, o piloto de Campinas foi ao pódio em todas as corridas que disputou, até flertando com vitória em Portimão e Monza, mas superado no fim pelos dois carros da Toyota. Junto dos franceses Nicolas Lapierre e Matthieu Vaxivière, a esperança de pódio – sonhando até em igualar os resultados de José Carlos Pace, Raul Boesel, Lucas di Grassi e Bruno Senna – é o grande objetivo realista.

Teve big one em circuito misto: eis o caos provocado por um dano na zebra na curva 6 (Vídeo: Reprodução)

Um dos principais nomes do endurance americano nos últimos anos, Pipo Derani retorna ao Circuit de la Sarthe após ausência em 2020. Será a sexta participação do paulista, que guiará o hipercarro #708 da Glickenhaus junto dos franceses Olivier Pla e Franck Mailleux.

Mesmo acostumado em andar na principal categoria do IMSA, Derani fará a estreia na elite do WEC, já que suas outras participações vieram na LMP2 e na GTE-Pro, onde conseguiu seu melhor resultado de classe, ao fechar a prova de 2015 no segundo lugar, competindo pela Ganassi com Harry Tincknell e Andy Priaulx.

PIPO DERANI; FELIPE NASR; ELKHART LAKE; IMSA SPORTSCAR;
Derani e Nasr estão de volta em Le Mans (Foto: ImSA SportsCar)

A Glickenhaus ainda está se introduzindo aos poucos dentro dos hipercarros. Na atual temporada, não participou da etapa de abertura em Spa-Francorchamps, foi ao pódio com Mailleux, Romain Dumas e Richard Westbrook em Monza. Terminar a corrida vira o grande objetivo para o trio do brasileiro.

Quem também está de volta em Le Mans é o parceiro de Derani no IMSA: Felipe Nasr. Depois de uma participação em 2018 pela Cetillar, junto de Roberto Lacorte e Giorgio Sernagiotto, terminando em 19º no geral, o brasiliense campeão do SportsCar em 2018 fechou com a Risi Competizione para dividir um Oreca 07-Gibson com o inglês Oliver Jarvis e o irlandês Ryan Cullen na classe LMP2.

O favoritismo na classe certamente é dividido pelos protótipos da United Autosports e da Jota, que constantemente dividem as vitórias no WEC. Com um grid muito mais cheio do que em outras provas da LMP2 no Mundial de Endurance, Nasr certamente está na briga por um top-10 na classe, quem sabe até sonhando com um pódio.

A principal chance de vitória brasileira em alguma classe está nas mãos de Daniel Serra. Além de tricampeão na Stock Car, o piloto já carrega duas vitórias em Le Mans nas edições 2017 e 2019.

Serra vai disputar Le Mans pela AF Corse novamente (Foto: WEC)

Para 2021, o brasileiro foi mantido na AF Corse, mas dividirá a Ferrari 488 GTE Evo com pilotos diferentes. Em vez de Alessandro Pier Guidi e James Calado, terá o espanhol Miguel Molina e o inglês Sam Bird ao seu lado. 

A disputa na categoria tem o favoritismo mais destacado de AF Corse e Porsche, que dividem as vitórias no WEC. A fase de Serra no Mundial não indica altíssimas chances de vitórias, mas não se pode duvidar de um bicampeão em La Sarthe.

Pela classe GTE Am, serão dois pilotos brasileiros: Marcos Gomes, que guiará pela Aston Martin junto de Paul Dalla Lana e Nicki Thiim, além de Felipe Fraga, que também vai guiar um carro da montadora inglesa, mas representando a TF Sport junto de Ben Keating e Dylan Pereira.

Gomes, que abandonou na sua estreia em Le Mans na edição 2020, inicialmente teria o compatriota Augusto Farfus, com quem disputa a temporada do WEC, no time. Porém, o paranaense abdicou de disputar a tradicional corrida para priorizar a etapa de Hungaroring do Pure ETCR. Para o lugar de Augusto, veio o dinamarquês Thiim, vencedor na classe de 2014 e que deve impulsionar as chances de pódio de Marcos.

Felipe Fraga teve uma vitória em Le Mans negada na edição de 2019 por uma desclassificação. Para este ano, ele segue a parceria com o amigo americano Ben Keating, mas agora guiando uma Aston Martin e se juntando ao luxemburguês Dylan Pereira. Os resultados prévios do time não empolgaram, apesar do pódio em Spa-Francorchamps. É mais um time que vive a esperança de pódio dado o favoritismo da Ferrari na classe, com as equipes AF Corse, Cetilar e Iron Lynx.

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