Série de azar em Le Mans faz pilotos da Toyota pedirem raça. E todos concordam: “Temos que ganhar essa corrida”
Kamui Kobayashi, Kazuki Nakajima e Nicolas Lapierre lamentaram contratempos durante a tradicional prova e não querem desistir do sonho de vencer a corrida com a montadora japonesa
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Nada deu certo para a Toyota durante a edição 85 das 24 Horas de Le Mans. Com três carros na prova e um rendimento impressionante nas primeiras horas, o sonho da montadora japonesa se transformou em pesadelo ao longo da tradicional corrida. O drama vivido foi tão grande que dois carros abandonaram antes da marca de metade de prova e outro ficou por duas horas no pit-lane. Para os pilotos, virou questão de honra voltar na próxima edição e trazer a vitória.
"Temos que continuar lutando e tentando vencer esta corrida. Assim que você para [de tentar], você perde o direito de brigar pela vitória. A gente deve seguir adiante, acontece o mesmo com todo mundo. Todos tiveram problemas. Para nós, [o problema] aconteceu muito cedo para ter chance de vitória, mas eu ainda esperava que os carros #7 e #9 tivessem uma boa corrida", comentou o japonês Kazuki Nakajima em entrevista à revista inglesa 'Autosport'
Um dos protótipos com mais chances de vitória foi o carro #7, que liderou que liderou com folga a primeira parte da prova, mas sofreu com problemas de embreagem e teve que abandonar ainda na 10ª hora. Não muito mais tarde, foi a vez do carro #7 apresentar problemas e também deixar o circuito. E para completar, o carro #8 perdeu 30 voltas por um problema no início da corrida.
Novo pesadelo: líder da prova, o Toyota TS050 #7 abandonou com Kobayashi ao volante (Foto: Reprodução)
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"Foi um azar, detritos causaram danos ao nosso carro. Perdemos em downforce e 35s quando trocamos o bico. No próximo stint, a porta estava abrindo. E no começo da noite tivemos problemas com o painel, mas estávamos apenas uma volta atrás [dos líderes]. Tudo foi azar. Não queremos acreditar em maldição, mas as estatísticas estão contra nós", lamentou Nicolas Lapierre.
Na análise de Kobayashi, seu carro poderia ter vencido a corrida se tivesse conseguido trazer o carro para os boxes, mesmo que houvesse a necessidade de fazer um longo e lento conserto para que o carro pudesse retornar à pista.
"Nós vimos o carro #2 da Porsche ficar na garagem por um bom tempo, então pensamos que dava para ficar na frente deles, mas não deu para voltar [aos boxes]. É um momento muito difícil porque nós tinhamos um ritmo surpreendente. Éramos tão competitivos… Se tivéssemos voltado, teríamos trocado a embreagem e venceríamos. Mas eu não consegui fazer nada, o carro não se movia mais", lamentou o piloto, que foi obrigado a abandonar a prova sem conseguir mover o carro até os boxes.
Mesmo assim, a situação não desanima Kobayashi. Com o ânimo de ter, entre outras coisas, conseguido um novo recorde no tempo de volta dos treinos classificatórios para a corrida faturando a pole-position.
"Voltaremos no ano que vem e teremos essa oportunidade novamente. Para a Toyota é difícil, mas voltaremos muito fortes. Temos que ganhar essa corrida", decretou.
Em 2017, a vitória ficou mesmo com o #2 da Porsche.
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