Toyota desiste de recorrer após sofrer dupla desclassificação e perder vitória nas 6h de Silverstone

Depois de fazer a dobradinha nas 6 Horas de Silverstone pelo WEC no último domingo, a Toyota viu seus dois carros serem eliminados por conta de uma irregularidade com a parte dianteira dos TS050 Hybrid, detectada durante os testes de deflexão. Ainda assim, a equipe não vai recorrer da decisão e se prepara para a próxima etapa, em outubro

A Toyota decidiu não apelar da decisão da dupla exclusão ocorrida nas 6 Horas de Silverstone, etapa do Campeonato Mundial de Endurance que aconteceu no último domingo. A equipe tinha notificado a intenção de recorrer logo após a prova, quando os TS050 Hybrid #7, de Kamui Kobayashi, José María López e Mike Conway, e o #8, da tripulação que venceu na pista e foi formada por Fernando Alonso, Sébastien Buemi e Kazuki Nakajima, foram desclassificados. A informação foi confirmada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) na manhã desta terça-feira (21).
 
O presidente da Toyota, Akio Toyoda, emitiu um comunicado de desculpas para os pilotos e para a equipe. O motivo da exclusão foi a reprovação nos testes de deflexão da parte dianteira do carro. 
 
“Eu gostaria de pedir desculpas aos seis pilotos que não pudemos dar um carro com o qual fosse possível ganhar, apesar da exclusão. Por outro lado, eu também gostaria de agradecer aos nossos pilotos pela confiança em nossos carros e por chegarem ao limite, porque isso significou que vamos poder aprender sobre melhorias que podem ser feitas”, afirmou.
 
"Vamos tornar os nossos carros ainda mais fortes para a próxima corrida [em outubro], para que os pilotos possam guiar com tudo novamente em Fuji e lutar por mais uma dobradinha para fortalecer nosso desafio no Mundial", acrescentou.
O Toyota #8 foi desclassificado e perdeu a vitória nas 6h de Silverstone (Foto: FIAWEC)
As regras permitem um movimento máximo de 5mm na parte dianteira e ambos os carros da Toyota ultrapassaram o limite de deflexão nos testes. No carro vencedor, compartilhado por Alonso, Buemi e Nakajima, a deflexão foi de 6mm do lado direito e 8mm do lado esquerdo, quando submetidos a uma carga de 2500N m — newton-metro, que equivale ao torque provocado pela força de um newton exercida a uma distância de um metro do ponto de rotação.
 
No segundo colocado, o carro #7 de Kobayashi, Conway e 'Pechito' López, a deflexão foi de 9mm dos dois lados, nas mesmas condições. 
 
A Toyota alegou que o único motivo do desvio era a passagem de ambos pelas zebras e saídas da pista, causando dano na parte dianteira do carro. Os comissários, porém, rejeitaram o argumento, rebatendo que o projeto deve ser capaz de suportar "os rigores normais de uma corrida de resistência de seis horas".
 
A equipe japonesa destacou, ainda, que o projeto e a construção da parte dianteira são do modelo de 2017, que foi aprovado com sucesso pelos testes de deflexão anteriores, sendo o mais recente em maio deste ano, durante a etapa da WEC de Spa-Francorchamps.
 
A dupla exclusão da Toyota resultou na subida do Rebellion-Gibson R-13 #3 ao primeiro lugar, comandado por Gustavo Menezes, Thomas Laurent e Mathias Beche. 
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