Em edição repleta de dramas, Audi faz experiência valer e vence 24h de Le Mans com Lotterer/Fässler/Tréluyer

É preciso muito mais do que um carro rápido para vencer nas 24 Horas de Le Mans: experiência, poder de reação e inteligência são essenciais, e a Audi mostrou tudo isso na 82ª edição da prova para vencer pela 13ª vez, desbancando o favoritismo da Toyota e a surpreendente Porsche. Brasileiros Lucas Di Grassi e Bruno Senna chegaram a liderar, mas foram atrapalhados por problemas mecânicos

A cobertura completa de Le Mans no GRANDE PRÊMIO
As imagens da 82ª edição das 24 Horas de Le Mans

A edição de número 82 das 24 Horas de Le Mans foi tão boa quanto se esperava. A disputa entre Audi, Toyota e Porsche entre o sábado e o domingo no tradicional circuito de Sarthe foi espetacular e repleta de dramas, sustos e momentos em que foi preciso se superar. Todos os protótipos LMP1 apresentaram problemas, mas aí valeu a experiência do esquadrão de Ingolstadt, que não venceu por acaso 13 das últimas 15 edições da maior corrida de endurance do planeta. A Audi soube contornar os contratempos que surgiram com seus três protótipos ao longo das 24 horas de disputa na França para ganhar pela quinta vez consecutiva e com direito a dobradinha. Pela terceira vez na carreira — e juntos —, André Lotterer, Marcel Fässler e Benoît Tréluyer subiram ao degrau mais alto do pódio em Le Mans, enquanto Tom Kristensen, Marc Gené e o brasileiro Lucas Di Grassi terminaram na segunda colocação.

O Audi R18 e-tron quattro #2, com seu motor V6 turbo e um sistema de recuperação de energia baseado no movimento das rodas, desde o princípio se mostrou como o mais veloz dos carros de Ingolstadt.

Sexto no grid, o trio Lotterer/Fässler/Tréluyer precisou de poucas horas para se consolidar na segunda posição. Alcançar a Toyota, contudo, não estava sendo nada fácil. O TS-040 #7, de Alexander Wurz, Stéphane Sarrazin e Kazuki Nakajima largou na pole-position e ia confirmando o favoritismo nipônico com uma performance irrepreensível. Nada deu errado para eles até o fim da 14ª hora.

De repente, Nakajima se viu no mato sem cachorro quando um problema elétrico o deixou parado na pista no meio da madrugada. O sumiço do protótipo dos radares fez todo o time ficar aflito na garagem, e o abandono foi confirmado alguns minutos mais tarde.

Como o outro protótipo estava voltas atrás devido a um acidente sofrido na segunda hora da prova, a Toyota lamentou o fim das esperanças de vencer em Le Mans na terceira tentativa desde o retorno às competições de endurance em 2012. A montadora nunca havia se mostrado tão forte.

A Audi ainda precisou derrotar a Porsche e consertar dois turbos quebrados nas dez horas finais para poder cruzar a linha de chegada na liderança. O #2 assustou primeiro, na hora 16. O #1 assumiu a ponta por cinco horas até sofrer do mesmo mal na hora 21. E só foi possível respirar mais tranquilamente depois que o #20, de Timo Bernhard, Mark Webber e Neel Jani sucumbiu na hora 22. O trem de força não mais funcionava.

Dali em diante, passou a ser uma questão de administrar a confortável vantagem e cuidar para que nenhum problema mecânico acontecesse. Vitória merecidíssima de Lotterer, Fässler e Tréluyer.

Anthony Davidson, Nicolas Lapierre e Sébastien Buemi, numa aula de persistência, foram ao pódio para receber troféus pela terceira classificação. E a Rebellion conquistou um digníssimo quarto lugar na classificação geral, excelente resultado para uma equipe privada. A quinta posição ficou para os vencedores da LMP2: Oliver Turvey, Harry Tincknell e Simon Dolan, ingleses da Jota Sport.

Pódio das 24 Horas de Le Mans de 2014 (Foto: Getty Images)

Confira como foi a 82ª edição das 24 Horas de Le Mans:

Toyota começa forte

A corrida começou numa quente tarde de sábado em Le Mans com a Toyota na pole-position e guiada pelo austríaco Alexander Wurz, disparou na dianteira. O #7 imprimiu um ritmo forte logo de cara para mostrar a força do TS-040 e só era acompanhado por Nicolas Lapierre no outro carro do time. A perseguição continuou até que Lapierre cometeu um erro na segunda chicane da Mulsanne e rodou para evitar o impacto com um retardatário do qual se aproximou demais.

A saída de pista de Lapierre inclusive fez a direção de prova acionar uma zona de desaceleração pela primeira vez na corrida. Novidade, essa zona evita que o safety-car precise neutralizar toda a disputa no extenso circuito de Sarthe: os pilotos apenas devem respeitar a velocidade de 60 km/h em determinado trecho da pista. Enquanto todo mundo passava lentamente pelo local, fiscais entraram na pista para varrer a enorme quantidade de sujeira que o #8 jogou no asfalto.

E foi ali que o Porsche #14 apresentou o primeiro problema de confiabilidade dos LMP1 na prova, ainda na hora inicial: a pressão de combustível do 919 que era pilotado por Neel Jani baixou, fazendo o suíço retornar lentamente para os boxes. Ao todo, 15 minutos e quase cinco voltas foram perdidas.

Mas tudo acontece em Le Mans, e Jani, junto dos parceiros Marc Lieb e Romain Dumas ainda brigaria pelo pódio na tarde de domingo na França.

O outro Porsche, o #20, não apresentava muita velocidade e rapidamente foi ultrapassado pelos três carros da Audi. Ainda assim, as disputas na pista foram ótimas, especialmente entre André Lotterer e Jani, que inclusive trocaram uma ideia pelo Twitter quando desceram dos seus respectivos carros.

Audi e Porsche brigaram bastante no começo da prova (Foto: Audi)

Deu ruim para a Nissan

O Garage 56, projeto experimental que participa todo ano das 24 Horas de Le Mans, sempre é uma atração à parte, mas durou pouco em 2014. O Zeod RC, protótipo elétrico da Nissan, parou na pista na aproximação da curva Indianápolis e abandonou. Agora a montadora japonesa vai se concentrar para voltar com tudo na operação que está preparando para competir na LMP1 em 2015.

Chuva chega e provoca acidente entre Audi e Toyota

Uma inesperada chuva começou a cair sobre Sarthe no início da segunda hora da prova — mas não em todo o traçado. Aí bateu aquela dúvida cruel na cabeça de todo mundo: colocar ou não pneus de chuva?

Antes de decidirem se trocariam ou não, os pilotos iam de pé levantado mesmo em trechos de alta velocidade, como a Mulsanne. Quase todos, pelo menos. No Audi #3 e lutando pelas primeiras posições, Marco Bonanomi tomava todo o cuidado do mundo enquanto era ultrapassado por Lapierre. E então o líder da GTE Am, Sam Bird, um promissor novato de Le Mans, cometeu um erro crasso: veio andando a toda velocidade e acertou por trás os protótipos LMP1 de Audi e Toyota.

Um bateu do lado externo da pista, outro, do interno — e ambos com alguma intensidade. Porém, Lapierre foi capaz de levar seu TS-040 de volta à garagem lentamente, já com o safety-car na pista, onde a equipe trabalhou para recuperar a carenagem e passar o bastão para Sébastien Buemi.

Bonanomi não teve a mesma sorte e deixou a disputa. Ficou frustradíssimo por perder a chance de conseguir um bom resultado tão cedo. Filipe Albuquerque e Oliver Jarvis nem chegaram a entrar no carro. Bird também abandonou.

Chuva vai embora, e Toyota se firma na liderança

Enquanto chovia, as equipes acabaram partindo para táticas diferentes de pneus e combustível, e a Porsche, com Timo Bernhard, chegou a ameaçar a hegemonia da Toyota. Por três stints, o #20 e o #7 se alternaram na liderança, até que Wurz e depois Stéphane Sarrazin fizeram a diferença crescer o bastante ao ponto de conseguirem se manter na ponta mesmo após os pit-stops.

Então a Audi também deixou a Porsche para trás, primeiro com o #2 e depois com o #1. A montadora de Ingolstadt tentava compensar a desvantagem que tinha no consumo de combustível fazendo os pneus durarem quatro stints. Estava dando certo.

Lucas Di Grassi, segundo a andar no #1, já ia se aproximando de Brendon Hartley no #20 quando o neozelandês saiu da pista travando as rodas na Arnage. Ele ia parar nos boxes naquela volta para entregar o protótipo a Mark Webber e perdeu mais de dois minutos, saindo da volta do líder. O australiano entrou na prova na quarta posição e foi andando com extrema cautela para não se complicar, afinal, não brigava por nada naquele momento.

Porsche era a segunda colocada na metade da prova (Foto: Getty Images)

Audi ensaia aproximação, mas Toyota se segura bem

Ao anoitecer, a Audi passou a andar mais rápido que a Toyota. O #2 estava quase dois minutos atrás do #7 quando Marcel Fässler encaixou uma boa sequência de voltas rápidas e tirou cerca de 15s, mas foi aí que Wurz retomou o volante do carro e pisou fundo. Kazuki Nakajima fizera um bom trabalho e contribuíra para o crescimento da vantagem, e agora Wurz tratava de conter a empolgação da Audi com uma resposta à altura. No stint do austríaco, a diferença passou dos dois minutos.

Para completar, o R18 e-tron quattro #1 de repente ficou lento com Tom Kristensen no comando. Culpa do injetor de combustível, que não funcionava muito bem e teve de ser trocado. Como se não bastasse, Di Grassi fez novo pit-stop emergencial instantes mais tarde para substituir um pneu furado.

Tudo encaminhado para a Toyota, até que…

A Toyota estava tão bem preparada quanto podia estar. Fez tudo certo e não sofrera com grandes problemas até o acidente de Lapierre na segunda hora da prova — aliás, o #8 teve de parar mais duas vezes na metade inicial da disputa para fazer reparos que ainda perturbavam o desempenho devido ao choque com o Audi #3.

Mas, com o #7 liderando daquela forma, os contratempos do #8 nem incomodavam tanto assim.

Só que Le Mans sempre prepara surpresas e revela problemas nunca antes vistos. Como num acidente de avião, Nakajima de repente sumiu dos radares. No fim da 14ª hora, veio a informação de que estava parado na pista, mas não se sabia como, tampouco haviam imagens do #7 na calada da madrugada em Sarthe.

O #7 foi superado pelo #2, perdeu uma volta, perdeu duas voltas, perdeu três, e ai oficializou o abandono. A consternação na garagem era visível: mecânicos, engenheiros e pilotos não acreditavam Wurz, que tem no currículo uma vitória em Le Mans, lamentou demais. “Estou devastado e quero chorar”, escreveu no Twitter. “Liderar as 24 Horas de Le Mans por 14 horas, forçar a cada centímetro, e agora essa falha mecânica…” Tratou-se de uma pane elétrica.

Vantagem da Toyota era grande, mas virou pó devido a um problema mecânico (Foto: Getty Images)

Audi na frente, mas com emoção

Sem a Toyota pela frente e com a Porsche para trás, do nada a Audi se viu com uma dobradinha nas mãos mesmo sem ter o carro mais rápido de Sarthe. Entretanto, não se pode colocar o carro à frente dos bois. Faltando dez horas para o final, o único LMP1 que estava invicto era o #2. Questão de tempo até que algo desse errado.

Foi na 16ª hora que o turbo falhou e transformou uma vantagem de duas voltas em um déficit de duas. Kristensen, Di Grassi e Gené estavam na ponta. O dinamarquês vislumbrava a décima vitória na maior corrida de endurance do planeta e o brasileiro buscava se tornar o primeiro piloto de seu país a ganhar na classificação geral.

Mas calma, muita calma nessa hora.

O problema do turbo aparentemente era crônico: na 21ª hora, o #1 também perdeu potência subitamente e foi aos boxes para fazer reparos no motor TDI construído em Ingolstadt. E o resultado foi que a Porsche se viu na liderança a três horas do fim no ano do retorno a Le Mans — eles não imaginavam estar em tal posição.

As lições que Le Mans ensina

Tem uma coisa que a história de 91 anos das 24 Horas de Le Mans já tratou de ensinar a todos e que essa 82ª edição, a primeira desse complexo regulamento técnico que entrou em vigor em 2014, reforçou ainda mais: nunca pode se dar nada como garantido. Sempre tem um retardatário pelo caminho, uma distração, um defeito no carro, um safety-car em momento inesperado… Sempre tem algo para frustrar o sonho de gente aplicada que trabalha um ano inteiro por essas 24 horas.

A disputa entre Porsche e Audi estava aberta no terço final da briga na França e prometia se tornar uma batalha estratégica. Webber conduzia o #20 na tentativa de alcançar o maior feito de sua carreira no automobilismo quando se viu sem potência. O trem de força estava quebrado a pouco mais de duas horas do fim.

Muito, mas muito lentamente, Webber retornou aos boxes já ciente de que não venceria. O #20 foi recolhido para a garagem, o time trabalhou por alguns minutos na parte traseira do protótipo e disse para o australiano descer do cockpit. O dano encontrado no 919 era irrecuperável.

Assim que ficou sabendo que a Porsche estava fora, a Audi já avisou Lotterer pelo rádio que ele poderia tirar o pé para administrar. Tudo que pudesse minimizar o risco de uma quebra deveria ser feito: a vantagem para o #1 era de três voltas.

E Lotterer entregou o carro para Tréluyer nessa confortável situação a pouco mais de uma hora para a bandeirada quadriculada.

Na meia-hora final, o #2 e o #1 se encontraram na pista, e Kristensen foi escoltando Tréluyer pelos últimos quilômetros até a chegada enquanto a equipe já demonstrava enorme ansiedade e preparava a festa nos boxes.

Toda a festa do champanhe no pódio para os pilotos da Audi (Foto: Getty Images)

LMP2: Jota Sport cresce no fim para ficar com vitória

Os chassi Ligier dominaram a maior parte das 24 Horas de Le Mans na classe LMP2, mas não deram conta do recado no trecho final da prova. O #38 da Jota Sport cresceu no terço final da prova para saltar de terceiro para primeiro e cruzar a linha de chegada na frente e numa impressionante quinta posição na classificação geral.

Muita festa, é claro, para os pilotos Oliver Turvey, Harry Tincknell e Simon Dolan, sendo que, para Turvey, essa provavelmente foi a vitória mais inesperada da vida. Ele não estava na lista de inscritos até a última quarta-feira à noite, quando a Audi chamou Marc Gené, o titular do #38, para substituir o lesionado Loïc Duval na LMP1. A Jota então recorreu para o britânico, que encaixou bem no time e deu conta do recado.

A Thiriet by TDS também cresceu no final e garantiu a segunda colocação na classe com os pilotos Ludovic Bady, Tristan Gommendy e Pierre Thiriet — o trio chegou a liderar nas voltas finais.

Completa o pódio o #36 da Signatech Alpine, que liderou boa parte da disputa, com Nelson Panciatici, Paul-Loup Chatin e Oliver Webb. Outro carro que permaneceu bastante tempo na dianteira — inclusive era o primeiro a três horas do fim —, o #35 de Alex Brundle, Jann Mardenborough e Mark Shulzhitskiy teve problema mecânico  e caiu para o quinto lugar.

GTE Pro: Ferrari sobressai em excelente batalha com Corvette e Aston

A vitória da AF Corse na GTE Pro foi igualmente concorrida. A Aston Martin liderou durante um bom tempo na calada da madrugada em Le Mans com Bruno Senna, Darren Turner e Stefan Mücke, mas um problema na direção jogou o trio do #97 para trás na classificação.

Bom para a Ferrari e a Corvette, que vinham lutando incessantemente com o Vantage V8 pelo triunfo. E aí valeu a experiência de Gianmaria Bruni, Giancarlo Fisichella e Toni Vilander em Le Mans. Eles não cometeram erros e souberam fugir dos problemas para bater o Corvette #73 de Antonio Garcia, Jan Magnussen e Jordan Taylor.

Senna acabou completando a corrida só na quinta posição da GTE Pro — mas pelo menos terminou, algo que não conseguira em suas duas primeiras participações nas 24 Horas: em 2009, com a Oreca na LMP2, e em 2013, já com a Aston Martin. No ano passado, aliás, Bruno estava na frente até o companheiro Fred Makowiecki sofrer um forte acidente.

GTE Am: Um ano após morte de Simonsen, dinamarqueses vencem

Ganhar na GTE Am depois de fracassar na Pro foi muito mais do que uma consolação para a Aston Martin. A vitória é uma homenagem à memória de Allan Simonsen, dinamarquês que morreu em um acidente sofrido na terceira volta da edição de 2013 das 24 Horas de Le Mans.

Seus companheiros, Kristian Poulsen e David Heinemeier-Hansson, continuaram na ativa e ganharam a companhia do também dinamarquês Nicki Thiim no time. E, neste ano, eles assumiram o comando na metade da prova e levaram um susto no final, mas nada que abalasse a soberania do carro inglês.

A Proton completou na segunda posição duas voltas atrás com Klaus Bachler, Christian Ried e Khaled Al Qubaisi, e Luís Pérez-Companc, Marco Cioci e Mirko Venturi chegaram no terceiro posto com a Ferrari da AF Corse.

Mundial de Endurance, 24 Horas de Le Mans:

1 2 MARCEL FÄSSLER
ANDRÉ LOTTERER
BENOÎT TRÉLUYER
SUI
ALE
FRA
P1 AUDI SPORT TEAM JOEST
Audi R18 e-tron quattro
Híbrido
379 voltas  
 
 
2 1 LUCAS DI GRASSI
MARC GENÉ
TOM KRISTENSEN
BRA
ESP
DIN
P1 AUDI SPORT TEAM JOEST
Audi R18 e-tron quattro
Híbrido
+3 voltas  
 
 
3 8 ANTHONY DAVIDSON
NICOLAS LAPIERRE
SÉBASTIEN BUEMI
ING
FRA
SUI
P1 TOYOTA
TS 040 Híbrido
+5 voltas  
 
 
4 12 NICOLAS PROST
NICK HEIDFELD
MATHIAS BECHE
FRA
ALE
SUI
P1 REBELLION
R-One Toyota
+19 voltas  
 
 
5 38 SIMON DOLAN
HARRY TINCKNELL
OLIVER TURVEY
ING
ING
ING
P2 JOTA SPORT
Zytek Z11SN Nissan
+23 voltas  
 
 
6 46 PIERRE THIRIET
LUDOVIC BADEY
TRISTAN GOMMENDY
FRA
FRA
FRA
P2 THIRIET
Ligier JS P2
+24 voltas  
 
 
7 36 PAUL-LOUP CHATIN
NELSON PANCIATICI
OLIVER WEBB
FRA
FRA
ING
P2 SIGNATECH ALPINE
Alpine A450b Nissan
+24 voltas  
 
 
8 24 RENÉ RAST
JAN CHAROUZ
VINCENT CAPILLAIRE
ALE
TCH
FRA
P2 SÉBASTIEN LOEB RACING
Oreca 03R Nissan
+25 voltas  
 
 
9 35 ALEX BRUNDLE
JANN MARDENBOROUGH
MARK SHULZHITSKIY
ING
ING
RUS
P2 OAK RACING
Ligier JS P2
+25 voltas  
 
 
10 43 CHRISTIAN KLIEN
GARY HIRSCH
ROMAIN BRANDELA
AUT
SUI
FRA
P2 NEW BLOOD
Morgan Judd
+27 voltas  
 
 
11 33 DAVID CHENG
HO-PIN TUNG
ADDERLY FONG
CHN
CHN
HKG
P2 OAK RACING
Ligier JS P2
+32 voltas  
 
 
12 34 MICHEL FREY
FRANCK MAILLEUX
JON LANCASTER
SUI
FRA
ING
P2 RACE PERFORMANCE
Oreca 03R Judd
+37 voltas  
 
 
13 51 GIANMARIA BRUNI
TONI VILANDER
GIANCARLO FISICHELLA
ITA
FIN
ITA
GTE
PRO
AF CORSE
Ferrari F458 Italia
+40 voltas  
 
 
14 73 JAN MAGNUSSEN
ANTONIO GARCIA
JORDAN TAYLOR
DIN
ESP
EUA
GTE PRO CORVETTE
Chevrolet Corvette C7.R
+41 voltas  
 
 
15 92 MARCO HOLZER
FRÉDÉRIC MAKOWIECKI
RICHARD LIETZ
ALE
FRA
AUT
GTE
PRO
PORSCHE MANTHEY
Porsche 911 RSR
+42 voltas  
 
 
16 29 JULIEN SCHELL
NICOLAS LEUTWILER
LEO ROUSSEL
FRA
SUI
FRA
P2 PEGASUS RACING
Morgan Nissan
+43 voltas  
 
 
17 95 KRISTIAN POULSEN
DAVID HEINEMEIER HANSSON
NICKI THIIM
DIN
DIN
NZL
GTE
AM
ASTON MARTIN
Aston Martin Vantage V8
+45 voltas  
 
 
18 74 OLIVER GAVIN
TOMMY MILNER
RICHARD WESTBROOK
ING
EUA
ING
GTE PRO CORVETTE
Chevrolet Corvette C7.R
+46 voltas  
 
 
19 88 CHRISTIAN RIED
KLAUS BACHLER
KHALED AL QUBAISI
ALE
AUT
EAU
GTE
AM
PROTON
Porsche 911 RSR
+47 voltas  
 
 
20 61 LUIS PÉREZ-COMPANC
MARCO CIOCI
MIRKO VENTURI
ARG
ITA
ITA
GTE
AM
AF CORSE
Ferrari F458 Italia
+48 voltas  
 
 
21 90 FRANCK MONTECALVO
GIANLUCA RODA
PAOLO RUBERTI
EUA
ITA
ITA
GTE
AM
8 STAR
Ferrari F458 Italia
+49 voltas  
 
 
22 77 PATRICK DEMPSEY
JOE FOSTER
PATRICK LONG
EUA
EUA
EUA
GTE AM DEMPSEY – PROTON
Porsche 911 GT3 RSR
+50 voltas  
 
 
23 42 THOMAS KIMBER-SMITH
MATTHEW MCMURRY
CHRIS DYSON
ING
ING
EUA
P2 CATERHAM
Zytek Z11SN Nissan
+50 voltas  
 
 
24 98 PAUL DALLA LANA
PEDRO LAMY
CHRISTOFFER NYGAARD
CAN
POR
DIN
GTE
AM
ASTON MARTIN
Aston Martin Vantage V8
+50 voltas  
 
 
25 66 ABDULAZIZ AL FAISAL
SETH NEIMAN
SPENCER PUMPELLY
SAU
EUA
EUA
GTE AM JMW MOTORSPORT
Ferrari 458 Italia
+52 voltas  
 
 
26 70 SHINJI NAKANO
PIERRE EHRET
MARTIN RICH
JAP
ALE
ING
GTE AM TEAM TAISAN
Ferrari 458 Italia
+52 voltas  
 
 
27 58 FABIEN BARTHEZ
ANTHONY PONS
SOHELL AYARI
FRA
FRA
FRA
GTE AM TEAM SOFREV ASP
Ferrari 458 Italia
+54 voltas  
 
 
28 57 TRACY KROHN
NICLAS JÖNSSON
BEN COLLINS
EUA
SUE
ING
GTE AM KROHN RACING
Ferrari 458 Italia
+55 voltas  
 
 
29 76 RAYMOND NARAC
NICOLAS ARMINDO
DAVID HALLYDAY
FRA
FRA
FRA
GTE AM IMSA MATMUT
Porsche 911 GT3 RSR
+56 voltas  
 
 
30 53 JOHNNY MOWLEM
MARK PATTERSON
ARCHIE HAMILTON
ING
EUA
ING
GTE
AM
RAM
Ferrari F458 Italia
+60 voltas  
 
 
31 79 COOPER MACNEIL
JEROEN BLEEKEMOLEN
EUA
HOL
GTE AM PROSPEED
Porsche 911 GT3 RSR
+60 voltas  
 
 
32 67 ERIC MARIS
JEAN-MARC MERLIN
ERC HELARY
FRA
FRA
FRA
GTE AM IMSA MATMUT
Porsche 911 GT3 RSR
+62 voltas  
 
 
33 97 DARREN TURNER
STEFAN MÜCKER
BRUNO SENNA
ING
ALE
BRA
GTE
PRO
ASTON MARTIN
Aston Martin Vantage V8
+69 voltas  
 
 
34 91 PATRICK PILET
JÖRG BERGMEISTER
NICK TANDY
FRA
ALE
ING
GTE
PRO
PORSCHE MANTHEY
Porsche 911 RSR
+70 voltas  
 
 
35 27 SERGEY ZLOBIN
MIKA SALO
ANTON LADYGIN
RUS
FIN
RUS
P2 SMP
Oreca 03R Nissan
+76 voltas  
 
 
36 62 YANNICK MALLEGOL
JEAN-MARC BACHELER
HOWARD BLANK
FRA
FRA
EUA
GTE AM AF CORSE
Ferrari 458 Italia
+84 voltas  
 
 
  14 ROMAIN DUMAS
NEEL JANI
MARC LIEB
FRA
SUI
ALE
P1 PORSCHE
Porsche 919 Híbrido
   
 
 
  20 TIMO BERNHARD
MARK WEBBER
BRANDON HARTLEY
ALE
AUS
NZL
P1 PORSCHE
Porsche 919 Híbrido
   
 
 
  50 PIERRE RAGUES
RICKY TAYLOR
KEIKO IHARA
FRA
EUA
JAP
P2 LARBRE COMPETITION
Morgan Judd
   
 
 
  7 ALEXANDER WURZ
STÉPHANE SARRAZIN
KAZUKI NAKAJIMA
AUT
FRA
JAP
P1 TOYOTA
TS 040 Híbrido
NC  
 
 
  72 ANDREA BERTOLINI
VIKTOR SHAITAR
ALEKSEY BASOV
ITA
RUS
RUS
GTE AM SMP
Ferrari 458 Italia
NC  
 
 
  75 FRANÇOIS PERRODO
EMMANUEL COLLARD
MARKUS PALTTALA
FRA
FRA
FIN
GTE
AM
PROSPEED
Porsche 911 GT3 RSR
NC  
 
 
  52 MATT GRIFFIN
ÁLVARO PARENTE
FEDERIC LEO
IRL
POR
ITA
GTE
PRO
RAM
Ferrari F458 Italia
NC  
 
 
  26 ROMAN RUSINOV
OLIVIER PLA
JULIEN CANAL
RUS
FRA
FRA
P2 G-DRIVE
Morgan Nissan
NC  
 
 
  60 PETER MANN
LORENZO CASE
RAFFAELE GIAMMARIA
EUA
ITA
ITA
GTE AM AF CORSE
Ferrari 458 Italia
NC  
 
 
  47 MATTHEW HOWSON
RICHARD BRADLEY
ALEXANDRE IMPERATORI
ING
ING
SUI
P2 KCMG
Oreca 03 Q21Nissan
NC  
 
 
  13 DOMINIK KRAIHAMER
ANDREA BELICHI
FABIO LEIMER
AUT
ITA
SUI
P1 REBELLION
R-One Toyota
NC  
 
 
  48 NATHANAËL BERTHON
RICARDO GONZALEZ
KARUN CHANDHOK
FRA
MEX
IND
P2 MURPHY PROTOTYPES
Oreca 03R Nissan
NC  
 
 
  41 MICHAEL NUNEMANN
ALESSANDRO LATIF
JAMES WINSLOW
ING
ING
ESP
P2 GREAVES
Zytek Z11SN Nissan
NC  
 
 
  71 DAVIDE RIGON
PIERRE KAFFER
OLIVIER BERETTA
ITA
FRA
MON
GTE
PRO
AF CORSE
Ferrari F458 Italia
NC  
 
 
  3 FILIPE ALBUQUERQUE
MARCO BONANOMI
OLIVER JARVIS
POR
ITA
ING
P1 AUDI SPORT TEAM JOEST
Audi R18 e-tron quattro
Híbrido
NC  
 
 
  81 STEPHEN WYATT
MICHELE RUGOLO
SAM BIRD
AUS
ITA
ING
GTE
AM
AF CORSE
Ferrari F458 Italia
NC  
 
 
  37 KIRILL LADYGIN
NICOLAS MINASSIAN
MAURIZIO MEDIANI
RUS
FRA
ITA
P2 SMP
Oreca 03R Nissan
NC  
 
 
  0 LUCAS ORDOÑEZ
WOLFGANG REIP
SATOSHI MOTOYAMA
ESP
BEL
JAP
CTDN NISSAN
Zeod RC
NC  
 
 

 

Rodrigo Mattar comenta tudo sobre as 24 Horas de Le Mans no A mil por hora. Leia mais aqui.

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