5 coisas que aprendemos no GP do Catar, 17ª etapa da Fórmula 1 2023
Max Verstappen, a McLaren e até a Alfa Romeo brilharam em um GP do Catar inesquecível no pior sentido, num verdadeiro papelão pelas condições dos pneus na pista de Lusail
O GP do Catar entrou para a história por péssimos motivos. A corrida deste domingo (8) vai ficar para sempre marcada como aquela em que FIA e Pirelli exigiram três paradas para todas as equipes e, no máximo, 18 voltas em cada jogo de pneus. O caos gerado por uma pista de novo asfalto e zebras agressivas fez a fabricante italiana se expor e a etapa virar um tremendo fiasco.
Sem culpas nisso, Max Verstappen teve mais uma ótima atuação e venceu com autoridade, quase de ponta a ponta, com volta mais rápida e tudo. A McLaren, em grande fase, teve pódio duplo com Oscar Piastri e Lando Norris.
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George Russell chegou em quarto em corrida que viu as duas Mercedes batendo na largada. Lewis Hamilton, predominantemente culpado no lance, abandonou na hora. Assim, a Ferrari conseguiu estancar a sangria com Charles Leclerc em quinto, mesmo que Carlos Sainz não tenha nem largado, com vazamento no carro.
Fernando Alonso foi sexto em uma Aston Martin cada vez mais fraca, seguido por Esteban Ocon. A Alfa Romeo deu sinais de vida fundamentais com Valtteri Bottas e Guanyu Zhou nos pontos, em top-10 que ainda teve um terrível Sergio Pérez, triplamente punido nos limites de pista.
Diante deste cenário, o GRANDE PRÊMIO aponta cinco coisas que aprendemos na 17ª etapa da F1 2023, no Catar:
GP do Catar entra para história com fiasco completo
O sábado foi patético com treino extra antes da classificação da sprint, mas o título de Verstappen ainda salvou. O domingo, no entanto, piorou tudo: o festival de limites de pista, um calor absurdo fazendo boa parte do grid passar mal, os pneus que não aguentavam mais de 18 voltas e que obrigaram todo mundo a parar três vezes por ordem da FIA. Uma corrida que se tornou completamente artificial, que marcou a Pirelli e assusta, num circuito que tem mais uma década de F1 pela frente. Um horror.
Tri, Verstappen reafirma domínio, mas vê McLaren chegando
Olhando só para a corrida e os resultados, Verstappen teve performance irretocável depois de um sábado complicado. O holandês segurou bem os avanços de uma cada vez mais engraçadinha McLaren e venceu de novo, com os dois laranjinhas fechando o pódio. Pensando em 2024, parece claro que a Red Bull segue na frente, mas talvez precise de um segundo piloto que faça tudo ao contrário do que vem fazendo Pérez. E o 104 x 74 para a McLaren nas últimas três etapas prova isso.
Mercedes perde chance de ouro e ganha treta enorme para cuidar
A Mercedes tinha tudo para praticamente sacramentar o vice-campeonato já no Catar, mas deu tudo errado. Russell e Hamilton bateram, o veterano abandonou, a guerra entre os dois explodiu de vez. Lewis tentou botar panos quentes depois, pediu desculpas, mas é fato que há um problema grande ali para as Flechas de Prata manejarem. E, olhando para a tabela, sair do domingo de Lusail com apenas 12 pontos é muito frustrante para quem largou em segundo e terceiro e conseguiu sair de último para quarto sem grandes esforços depois.
Ferrari se salva em fim de semana medíocre e mantém acesa chama do vice
E o caos na Mercedes é grande notícia para uma Ferrari para lá de cambaleante no Catar. Os italianos fizeram praticamente tudo errado nos três dias, não conseguiram nem largar com Sainz e, mesmo assim, só fizeram 8 pontos a menos que os carros pretos no fim de semana, 2 a menos no domingo, saindo apenas com Leclerc no grid. O desempenho preocupa, claro, mas a prova em Lusail tem mais cara de exceção do que regra para uma Ferrari que reage e ainda sonha com o vice.
Alfa Romeo pontua em dose dupla, tira Haas do caminho e ameaça até Williams
Numa briga bem mais inglória, a Alfa Romeo respira fundo. Bottas e Zhou foram aos pontos e os ítalo-suíços passaram com folgas pela Haas, assumindo o oitavo lugar. E são 7 pontinhos até a Williams, hein? A tendência é de estabilização ali nas quatro últimas colocações, sim, mas a Alfa Romeo pode sonhar. E são milhões de dólares fundamentais em jogo por ali.
A Fórmula 1 volta daqui a duas semanas, entre os dias 20 e 22 de outubro, em Austin, com o GP dos Estados Unidos, o primeiro da última perna tripla da temporada. E o GRANDE PRÊMIO acompanha tudo.
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