“Adrenalina” e “reação emocional”: chefes defendem pilotos por palavrões na F1

Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari, e James Vowles, dirigente da Williams, saíram em defesa do comportamento dos pilotos durante as atividades de pista da F1

Os chefes de equipe saíram em defesa dos pilotos a respeito do uso de palavrões durante o fim de semana de corridas da F1. Embora reconheçam a importância de tentar controlar o ímpeto em alguns momentos, os dirigentes afirmaram que é quase impossível não fazer uso das palavras de baixo calão durante as atividades de pista. Afinal, o nível de adrenalina sobe consideravelmente quando se está no carro. Por isso, a reação acalorada acaba sendo algo natural.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) está fazendo um esforço para os pilotos reduzirem o uso de palavrões durante os fins de semana de corrida de F1, mas a medida não está agradando a todos. Depois de Max Verstappen ser punido por criticar o presidente Mohammed Ben Sulayem e usar um linguajar “indevido”, alguns chefes de equipe saíram em defesa dos pilotos. 

Na visão dos dirigentes, o uso das palavras de baixo calão é algo normal, visto que é uma reação emocional à adrenalina que os competidores estão submetidos durante a prática do esporte. De acordo com Frédéric Vasseur, chefe da Ferrari, é possível policiar o comportamento dos pilotos em momentos mais tranquilos. Porém, é quase impossível fazer o mesmo durante as atividades em pista.

“Você não tem um microfone no jogador de futebol ou algo assim. Não quero dizer que o jogador de futebol é uma referência, mas temos de entender que eles [pilotos] estão guiando o carro a 350 km/h e não tenho certeza se a linguagem é a prioridade para eles nesse momento, então entendo perfeitamente. Podemos discutir sobre a abordagem em outros momentos, mas acho que quando eles estão no carro é um pouco difícil”, destacou o mandatário da Ferrari na F1.

James Vowles também não concordou totalmente com a decisão da FIA (Foto: Marco Miltenburg)

James Vowles, dirigente da Williams, tem um pensamento parecido com o de Vasseur. Ainda que reconheça que o linguajar rude tem sido usado de forma desnecessária em alguns momentos, o britânico admitiu que o uso do palavrão é algo inevitável, visto que isso é uma reação a uma situação de risco.

“Quando você está na pista ou em um um momento em que está desafiando sua vida, é normal que todos tenham uma reação emocional. Entendo que somos um esporte mundial e há elementos que temos de manter sob controle. Há outras situações em que talvez a linguagem tenha sido usada de forma desnecessária, como em uma volta lenta ou parado no pit-lane, situações que podem ser evitadas”, disse Vowles.

“Mas também temos de tentar ter em mente que temos alguns dos atletas de elite do mundo colocando suas vidas em risco como gladiadores, e isso causa uma reação emocional. E por mais palavras que eu possa usar com eles aqui na calma do momento, você ainda tem adrenalina fluindo pelo corpo, e seria muito difícil mudar isso”, finalizou o chefe da Williams na F1.

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